14 de jun. de 2012

Volvo Hibribus propõe sustentabilidade coletiva na Rio+20

Fotos: Divulgação
Volvo Hibribus propõe sustentabilidade coletiva na Rio+20 Volvo apresenta Hibribus na Rio+20 como alternativa ecologicamente correta para mobilidade urbana

Não são apenas os carros que precisam se adaptar às novas legislações sobre emissões de poluentes. O setor de ônibus urbanos – responsáveis por boa parte da poluição dos grandes centros – tem sido chacoalhado pela necessidade de reduzir gradativamente a produção de gases nocivos ao meio ambiente.
Para atender às novas exigências, combustíveis alternativos e sistemas de propulsão híbrida começam a mover coletivos comuns. Enquanto em algumas cidades europeias, como Londres e Gotemburgo, eles já constituem boa parte da frota, no Brasil, ainda são raridade. E a Volvo Bus Latin America aproveita o embalo das reuniões da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, para mostrar oficialmente o Hibribus. Por aqui, o primeiro ônibus híbrido montado no país começou a ser produzido no começo desse ano na fábrica da marca em Curitiba, no Paraná.

O Hibribus usa um motor elétrico montado em paralelo ao diesel – que aqui bebe biodiesel e está de acordo com as normas Proconve P7/Euro 5 – para diminuir as emissões de poluentes na atmosfera em até 90%, em comparação a um ônibus semelhante com motor Euro 3. O Hibribus expele a metade dos óxidos de nitrogênio e materiais particulados que os ônibus que já usam motor Euro 5. A ideia é usar a energia elétrica para mover o veículo da parada total a velocidades de até 20 km/h – que, segundo a Volvo, correspondem a cerca de 40% de sua utilização. Durante esse período, o motor diesel é desligado e cessa a emissão de qualquer gás nocivo, além de reduzir a poluição sonora. O consumo de combustível cai na ordem de 35%, já que o trabalho conjunto dos dois propulsores ainda permite a instalação de uma unidade diesel menor.

As baterias são recarregadas tanto pelo motor diesel quanto pelo sistema de freios regenerativos, que capta a energia cinética das frenagens. Além disso, periféricos como compressor de ar e bomba hidráulica que operam na abertura de portas, são movidos por motores elétricos, liberando o propulsor diesel da função, o que ajuda a diminuir um pouco mais o consumo. O sistema é semelhante ao utilizado pela maior parte dos carros híbridos, como o Toyota Prius. A Volvo Latin America não divulgou oficialmente as especificações dos motores do ônibus. Mas na Europa, ele é oferecido com o propulsor de cinco litros e 210 cv acoplado a um motor elétrico de 120 kW, ambos gerenciados pelo câmbio automatizado I-Shift. Nos ônibus convencionais europeus, é utilizado o propulsor de 9 litros diesel.

No entanto, apesar de ser mostrado no Rio de Janeiro, as primeiras 60 unidades do Hibribus rodarão pelo trânsito de Curitiba, sede da Volvo Bus Latin America. Os 30 primeiros ônibus começam a circular ainda em 2012 em linhas convencionais do sistema de transporte da cidade, mas que ainda não passam pelo centro da capital paranaense. Os 30 restantes, ainda do lote inicial, serão entregues às operadoras de transporte público local em 2013. Ainda não há previsão para o emprego do Hibribus em outras cidades do país.

Para produzir o modelo no Brasil, a Volvo precisou investir cerca de R$ 16 milhões na implantação de uma nova linha de montagem na fábrica de Curitiba. A unidade também foi responsável pelo desenvolvimento do chassi do modelo brasileiro, diferente do usado na Europa. A base é a padrão para ônibus urbanos, sempre na configuração 4X2. A carroceria fica por conta das encarroçadoras locais, que terão assessoria da Volvo para a confecção de carcaças específicas. A fábrica do Paraná é a única fora da Europa a produzir o Hibribus – ele é também é feito em Boros, na Suécia.



Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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