O executivo brasileiro Carlos Ghosn, CEO mundial da aliança Renault-Nissan, acredita que a estagnação no mercado automotivo europeu continuará pelos próximos três ou quatro anos, segundo declarações feitas durante entrevista em Nova York. De acordo com o site Inautonews, Ghosn acredita que as duas principais marcas da aliança estão “preparadas para o pior” diante da crise financeira cada vez mais grave que acomete o Velho Continente. Apesar do prognóstico pessimista sobre o prolongamento da recessão econômica, o CEO acredita na manutenção do euro e descarta um colapso total no continente.
Segundo Ghosn, o pior cenário cogitado pela Renault-Nissan seria um crescimento de zero a 1% no continente europeu, além da manutenção do desempenho positivo da marca nipônica no Japão. Apesar dos desastres naturais e do iene forte, o executivo acredita que o mercado japonês conseguirá reverter a situação e voltará a se firmar como uma economia pujante no atual cenário asiático. A Nissan, contudo, deve continuar sua estratégia de privilegiar a instalação de novas fábricas em outros países, com investimentos concentrados principalmente na América Latina, Europa e China. O objetivo é ficar cada vez menos dependente da produção japonesa.
Com queda de 6,6% em março passado, o mercado europeu atingiu o menor volume de emplacamentos desde março de 1998, com 1,5 milhão de carros. Para Sergio Marchionne, CEO do Grupo Fiat, um possível colapso na Zona do Euro poderia reduzir o volume anual de vendas no continente para 10 milhões de unidades, ante 13,1 milhões de emplacamentos registrados em 2011. Assim como Marchionne, Ghosn defende que a crise só poderá ser superada caso os governos europeus admitam a necessidade de demitir funcionários e fechar algumas fábricas. Representantes de países como Alemanha, França e Espanha, no entanto, são contra tais medidas.
Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
Comente está postagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário