Etanol de cana brasileiro
Há quase quarenta anos transformamos nossa imensa safra de cana em etanol combustível. Até hoje é o biocombustível mais bem sucedido do mundo. O único problema é que o modelo de produção de etanol não pode ser adaptado a qualquer país. É uma solução local, vantajosa em alguns lugares do país, excelente para carros de performance, mas que não resolve o problema no resto do mundo.
Refinamento aerodinâmico
Depois de sair de moda por quase 50 anos a aerodinâmica voltou à tona na década de 1980 com os Mercedes 190 W201, o Ford Taurus e o Audi 100. O mundo abandonou as grades enormes dos anos 70 em favor de curvas mais sensuais e suaves. O único problema é que os carros começaram a ficar parecidos demais quando o vento começou a ditar as regras do design.
Diesel com níveis ultra-baixos de enxofre
O diesel parece uma grande ideia até você passar intermináveis minutos atrás de um caminhão grande e velho. Eles tossem toneladas de fuligem fedida e negra que gruda nos prédios e nos seus pulmões. O enxofre é o que forma a fumaça preta (e o cheiro terrível) e por isso o diesel com baixo teor de enxofre – com apenas 15 ppm, contra 1000 ppp do atual – é uma boa ideia. Nós precisamos dele urgente.
Tecnologias modernas de válvulas
Há diversos tipos de tecnologias de válvulas que tornam os carros mais eficientes, mais potentes e mais adaptativos a diferentes formas de condução. O sistema de variação de comando da Honda é um deles, e as molas pneumáticas da Fórmula 1, que serão adotadas pela Koenigsegg, é outro.
As válvulas foram peça central de uma das primeiras tecnologias desenvolvidas para a redução de emissões, chamada de “Ventilação Positiva do Cárter”. Esse sistema expele os gases da combustão acumulados no carter, devolvendo-os para a câmara de combustão. Foi o primeiro sistema para aumentar a eficiência da queima, e hoje está presente em qualquer motor que tenha um carter.
Sistema de recuperação de energia cinética
Conhecido como KERS, este é um tipo de híbrido muito diferente do que se vê sob o capô do Prius, por exemplo. Em vez de usar uma bateria, o KERS converte a energia da desaceleração ou frenagens em eletricidade ao armazenar a energia em um volante inercial. O volante gira, mantendo a carga até que é direcionado para enviar a eletricidade a um motor elétrico.
É a mais pura tecnologia do automobilismo hoje, presente na F1, em um Porsche GT, e em breve nos dois protótipos Audi de Le Mans. O objetivo aqui não é apenas economizar combustível, mas também obter um botão de boost. Esse é o tipo de híbrido “ecológico” que a gente gosta.
Turbocompressão + downsizing
O turbo sozinho não economiza combustível. Mas a combinação de um turbo a um motor de deslocamento reduzido resulta em um trem-de-força tão potente quanto um carro de motor grande, que consome um pouco mais que um carro de motor pequeno sem turbo. Em carros pequenos como os compactos europeus, a potência permanece a mesma, mas o consumo diminui.
Injeção de combustível
A injeção de combustível é outra tecnologia que foi criada com foco na eficiência, que é alcançada ao fazer o carro queimar menos combustível e, por consequência, emitir menos gases. Os primeiros sistemas eram muito simplórios, mas a atual injeção direta de combustível e diesel são incrivelmente capazes de otimizar a queima do combustível injetado. Com controle computadorizado a injeção pode ser variável (é o que faz o Manetino da Ferrari, ou o iDrive da BMW, ou mesmo as chaves diferentes do Mustang), o que é essencial para aumentar a eficiência energética.
Conversores catalíticos
Esse negócio funciona da seguinte forma: os gases da exaustão entram no sistema e ali o monóxido de carbono, hidrocarbonetos não queimados e óxidos de nitrogênio reagem com um catalisador químico, que os convertem em dióxido de carbono, nitrogênio e água. Houve muita oposição à obrigatoriedade dos catalisadores no começo, mas hoje eles estão presentes em todos os motores e trabalhando em conjunto com as novas tecnologias.
Fim da adição de chumbo na gasolina
A ascensão e queda da gasolina com chumbo é uma história longa e fascinante, mas vamos resumi-la: no começo da década de 20 a divisão de pesquisas da GM encontrou uma forma barata de aumentar a octanagem da gasolina. Chamava-se chumbo tetraetila (ou tetraetilchumbo). Todo mundo sabia que isso causa vários problemas de saúde, mas o negócio foi bem sucedido. Mais de 90% da gasolina mundial na década de 30 tinha chumbo e nos EUA ela era tão apoiada que os concorrentes foram proibidos de mencionar a nocividade da gasolina com chumbo.
Foi apenas no fim dos anos 60 que o movimento ambientalista tentou e conseguiu banir a gasolina com chumbo. Isso também mostrou como as regulamentações na indústria automotiva são lentas: apenas em 1995 ela foi formalmente banida na maioria dos países.
Esse tipo de gasolina foi vendido na Europa até o ano 2000 e ainda pode ser encontrada em países em desenvolvimento, especialmente na África e Oriente Médio. Entre os aditivos que substituiram o chumbo tetraetila está o etanol, que não é uma grande vantagem, mas é bem melhor que ter uma frota de carros despejando chumbo pelas ruas e estradas do país.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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