3 de mar. de 2012

Mansell sobre os brasileiros: "Senna foi o mais duro na pista. Piquet era um pé no saco fora dela"



Conhecem a revista inglesa F1 Racing? Para mim, é a publicação mais interessante e bem-feita sobre automobilismo. Nossos colegas aqui do Tazio recebem alguns exemplares, e outro dia me deparei com uma entrevista de Nigel Mansell na edição de agosto de 2011. Ele fala bastante sobre seus rivais brasileiros. E solta algumas pérolas dignas de um verdadeiro leão da Fórmula 1.

Separei alguns pequenos trechos da matéria, que abre espaço para uma série de perguntas enviadas pelos leitores. Aproveitem – e se quiserem mais, assinem a revista. Não é barato, mas vale muito, muito a pena.
Pergunta: Nigel, você era conhecido por suas “bolas”. Acha que algum outro piloto as possui hoje em dia?
Vamos diferenciar os conceitos de ser corajoso, ter bolas de aço e ser estúpido. Acho que me enquadro em todas as categorias, mas o que eu tentava fazer anos atrás era me colocar no limite, porque aquilo significava muito para mim. Nem todas as pessoas fazem isso, e esta é a diferença entre ser um racer e ser um driver. Você tem grandes drivers que venceram campeonatos, e alguns racers muito excitantes que venceram campeonatos. Eu sou um racer. Ayrton Senna era um racer. Racers fazem as coisas acontecer – eles não esperam que elas aconteçam.
Quem foi seu oponente mais difícil: Senna, Piquet ou Prost?
Senna era o mais duro na pista. Piquet era difícil na pista, e muito cruel fora dela. E Prost era muito duro fora da pista com toda a politicagem, mas menos difícil nela.
Se você pudesse correr contra qualquer outro piloto de qualquer era, quem seria, onde, e por que?
Fangio, Rindt, Jimmy Clark, Ronnie Peterson, Jackie Stewart… mas o piloto com quem eu mais gostei de competir foi Ayrton, porque quando você o batia era de forma justa, por pouco, e você sabia que precisava fazer algo muito especial para vencê-lo – como minha ultrapassagem na Hungria ou no retão da Espanha.
Quão pé no saco era Nelson Piquet como companheiro de equipe?
Absolutamente enorme. A coisa triste é que Nelson pode ser um cara bem legal. O que me deixa mais fulo é que nos últimos anos ele admitiu que atacou deliberadamente minha esposa e meus filhos porque sabia que não poderia me pegar na pista: ao invés disso, ele tentou o jogo mental. Acho que isso é baixar o nível. Ameacei  rearranjar certas partes de sua anatomia algumas vezes, então nós tivemos um pleno entendimento de até onde ele poderia ir. Mas ele era um pé no saco.

Fonte: jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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