Brasil tem pressa, porém ainda não apresentou uma proposta definida
por Alyne Bittencourt
A segunda rodada de negociações entre Brasil e México para revisar o acordo automotivo assinado pelos dois chegou ao fim sem acordo. A necessidade de revisão surgiu do desconforto gerado pelo déficit na balança comercial com o México. Outro fator que influenciou foi a suspeita de que fabricantes chinesas, europeias e norte-americanas estejam usando o México como plataforma de exportação para o Brasil, como forma de escapar ao aumento do IPI.
por Alyne Bittencourt
A segunda rodada de negociações entre Brasil e México para revisar o acordo automotivo assinado pelos dois chegou ao fim sem acordo. A necessidade de revisão surgiu do desconforto gerado pelo déficit na balança comercial com o México. Outro fator que influenciou foi a suspeita de que fabricantes chinesas, europeias e norte-americanas estejam usando o México como plataforma de exportação para o Brasil, como forma de escapar ao aumento do IPI.
Isso porque o IPI para carros com menos de 65% de componentes nacionais foi aumentado em 30 pontos percentuais. Já no México, os carros precisam ter apenas 30% de componentes feitos no país. A porcentagem menor de peças nacionais estaria sendo usada pelas fabricantes para escapar da cobrança do imposto brasileiro reajustado. O Brasil quer restringir as importações, o que desagrada ao México, que quer ver o fluxo de mercadorias ser intensificado. Contudo, os mexicanos já teriam acenado positivamente para a inclusão de caminhões e ônibus no acordo.
Uma possível solução apontada pelos negociadores brasileiros é a adoção do sistema “flex”, o mesmo usado no acordo entre Brasil e Argentina. Nesse sistema, o volume de exportações fica condicionado pelo total que ele importar do país parceiro. Outra possibilidade é criar um sistema de cotas de importação.
O governo brasileiro quer que a renegociação se dê em breve, apesar de ainda não ter apresentado uma proposta bem definida sobre as mudanças no acordo. As renegociações vão continuar e não têm uma data limite para acontecer. Mas a presidente Dilma Rousseff pode decidir cancelar o acordo a qualquer momento.
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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