Autoridades estão temerosas com possibilidade de corte de funcionários das duas montadoraspor Túlio Moreira
O ministro francês da Indústria, Eric Besson, afirmou em comunicado oficial que a aliança estratégia entre GM e PSA Peugeot Citroën não inclui atividades produtivas. De acordo com ele, os dois fabricantes manterão operações fabris independentes. Com isso, os contratos da PSA com fornecedores na França serão respeitados. As declarações do ministro destoam das informações repassadas pelas duas montadoras durante o anúncio da parceria. Na ocasião, GM e PSA afirmaram que haverá compartilhamento de peças e compras conjuntas, sem determinar a origem dos componentes.
As declarações do ministro foram interpretadas como uma forma de acalmar os trabalhadores sobre possíveis cortes após o estabelecimento do acordo. A imprensa europeia já cogita alterações nas rotinas de fábricas da alemã Opel e da inglesa Vauxhall, as principais marcas da GM no continente. É possível que a atuação ao lado da PSA represente cortes de funcionários, principalmente nas unidades de Bochum, na Alemanha, e Ellesmere Port, na Inglaterra. Temeroso de que as unidades da PSA seguissem por caminho semelhante, o ministro francês do Trabalho, Xavier Bertrand, alertou o grupo automotivo sobre a demissão de funcionários.
As duas fábricas da GM citadas pela imprensa internacional correm até mesmo risco de fechar as portas. Elas só estão a salvo por causa do acordo de reestruturação da GM, assinado em 2009, quando o grupo norte-americano se comprometeu a não fechar nenhuma unidade até 2014. As operações de Opel e Vauxhall acumulam prejuízos na ordem de US$ 15,6 bilhões desde 1999. A PSA perdeu 92 milhões de euros no ano passado. E agora paira a dúvida sobre como a aliança de cooperação irá melhorar este panorama negativo.
Fonte: Disponível no(a): Comente está postagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário