Fotos: Autocosmos/México
Topo de linha, a versão EXL chegará ao Brasil por R$ 103.200
por Alejandro Konstantonis e Bernardo Maldonado
do AutoCosmos/México
A apresentação brasileira da quarta geração do Honda CR-V está marcada
para os dias 13 e 14 de março para a imprensa especializada, mas o
modelo já pode ser encomendado nas concessionárias da marca japonesa no
país. As primeiras unidades, trazidas do México, devem aparecer nas
lojas a partir da próxima segunda-feira (27). De acordo com o site Autos
Segredos, a versão de entrada do utilitário esportivo, com tração 4X2,
custará R$ 87.900 – R$ 2.200 a mais que o modelo atual. A topo de linha,
com tração integral, sairá por R$ 103.200 – R$ 5.820 mais cara.
Em janeiro deste ano, o modelo ultrapassou os concorrentes e se tornou,
pela primeira vez, o utilitário esportivo mais vendido no Brasil. Foram
2310 unidades emplacadas no primeiro mês de 2012, uma alta de 22% em
relação a dezembro de 2011, ano no qual o 16.282 CR-V foram emplacados. A
nova geração chega 17 anos depois da primeira para dar continuidade a
um modelo bem aceito no mundo todo.
Enquanto a largura (1,82 metro) e o entre-eixos (2,62 m) pouco mudaram
em relação ao CR-V anterior, a quarta geração está 27 mais comprida e
quase 5 cm mais baixa que a antecessora. Sob o capô da versão EXL, o
motor a gasolina de 2.4 litros e quatro cilindros em linha conta com o
sistema i-VTEC de abertura e fechamento variável de válvulas criado pela
Honda. Esse propulsor entrega 177 cv de potência e 22,67 kgfm de
torque. O câmbio dessa versão é automático de cinco velocidades.
O CR-V EXL é equipado com um sistema de tração integral chamado de “Real
Time 4-wheel Drive”. É ele que faz as decisões, sem a influência do
motorista, de qual a melhor tração para cada situação. Na maior parte do
tempo, o utilitário roda com tração dianteira. Mas, caso seja detectada
a perda de aderência das rodas com tração, o eixo traseiro passa a
tracionar também. Em terrenos com pouca aderência, como pisos com lama,
neve ou gelo, o poder de tração do eixo traseiro pode chegar a 52% do
torque entregue pelo motor.
No exterior, linhas com ângulos acentuados, uma grade dianteira de
formas simples – apenas três barras cromadas e o logotipo da marca. As
laterais são limpas, sem vincos muito pronunciados, apenas as
extremidades dos para-lamas são cobertas por uma peça de plástico. Já as
janelas têm moldura cromada, e a terceira tem um design que evoca a do
Seat Leon. A tampa do porta-malas é de tamanho generoso, o que facilita
na hora de carregar e descarregar a bagagem ou as compras. As lanternas,
em conjunto com a peça plástica da área onde fica a placa, fazem
lembrar outro modelo europeu: a Volvo V60.
O interior mudou muito em relação ao modelo anterior. Os materiais
usados combinam até nas tonalidades. O enorme painel está integrado ao
console central, com instrumentos e telas bem posicionados. Uma dessas
telas, chamada de i-MID, está na parte superior do painel e mostra
informações do sistema de rádio e do celular que estiver conectado com o
carro por Bluetooth. A segunda tela tem 6,1 polegadas, é sensível ao
toque e foi instalada no centro do painel. Nela são mostrados os mapas
do GPS, informações da estação de rádio sintonizada e as imagens da
câmera de ré. O único detalhe que poderia ser questionado é a moldura
que imita mármore e atravessa o painel de um lado a outro.
Os bancos são revestidos de couro e o do motorista conta com ajustes
elétricos. Os bancos traseiros são rebatidos com um dos sistemas mais
cômodos e engenhosos do mercado. Basta abrir o porta-malas e puxar uma
alavanca e, com um simples movimento, a base do assento se dobra para
frente e o encosto se dobra sobre ela, liberando mais espaço para carga.
Apesar da transmissão do utilitário ter apenas cinco marchas, a resposta
é boa. O isolamento do motor é excelente e a visibilidade é muito boa,
com retrovisores exteriores de bom tamanho, o que facilita as manobras.
Bem diferente do que acontece com o retrovisor interno, que tem sua
visibilidade comprometida pelas dimensões reduzidas do vidro traseiro.
Por isso, as versões topo de gama são equipadas com câmera de ré que, no
caso de CR-V, deixa de ser um luxo para ser uma necessidade.
Na cidade, o desempenho é satisfatório. Mas essa performance fica um
pouco prejudicada qual o sistema ECON é ativado. Com ele. é preciso
acelerar ainda mais para que o carro possa mostrar sua capacidade, o que
acaba aumentando o consumo. Um botão verde no painel ativa o sistema
ECON que atua no motor, na direção, no sistema de ar condicionado e
cuidando do modo como o motorista dirige – se o condutor estiver
acelerando além do necessário, um sinal branco se acende no painel, mas,
se a aceleração for suave e gradual, essas luzes ficam verdes. Assim, o
sistema gera uma economia de combustível na ordem de 5% na cidade e de
11% na estrada.
Conclusão:
O Honda CR-V é um bom produto, com ótima reputação e os clientes têm uma
imagem muito boa da marca, o que os deixa dispostos a pagar por um
veículo um pouco mais do que o real valor deles. Um dos exemplos é o
sistema de tração integral. Em países sem gelo e neve, ele é quase
dispensável. Claro que ele propicia uma condução mais segura. Porém
muitos dos clientes que comprarem essa versão não precisarão da tração
integral, e o sistema representará apenas mais peso para o motor mover,
aumentando o combustível e diminuindo o consumo. Portanto, seria
interessante a oferta de versões com o mesmo nível de equipamentos da
EXL, mas com outro tipo de tração, o que refletiria no desempenho, no
consumo e, evidentemente, no preço final.
Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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