Fotos: Reprodução e HowStuffWorks.com
Esse item de segurança reduz em 30% o risco de morte em acidentes
por Alyne Bittencourt
com AutoCosmos/México
Nos carros, há uma lista de itens voltados para a segurança dos
passageiros. O cinto de segurança é um desses componentes e está
presente há muito tempo nos carros, desde os mais simples. Um elemento
de proteção que ainda não é tão comum, estando restritos a automóveis
com nível de equipamento mais elevado, são os airbags, que reduzem o
risco de morte em 30%.
Apesar de ainda não terem se popularizado, os airbags não são novidades.
Eles surgiram há quase 30 anos. Os primeiros equiparam modelos da
Mercedes-Benz nos anos de 1980. Nos Estados Unidos, Canadá e em alguns
países europeus, os airbags são itens de série obrigatórios nos modelos
de entrada.
Situação bem diferente da encontrada no Brasil. Atualmente, uma
resolução do Contran determina que, a partir de 1º de janeiro de 2013,
picapes médias e caminhões leves terão que vir, de série, com airbag
para o condutor e freios ABS. A partir de 1º de janeiro de 2014, será
obrigatório o airbag para o passageiro, e automóveis de passeio, ônibus e
caminhões também serão obrigados a ter os equipamentos de segurança.
E como eles funcionam? Para entender o funcionamento dos airbags é
preciso recordar das leis do movimento. Primeiro: objetos em
deslocamento têm um “impulso” – o produto da massa e da velocidade do
objeto. E, a menos que uma força atue sobre esse corpo, ele continuará a
se deslocar na mesma velocidade e direção. Dentro dos veículos, os
passageiros são esses objetos e tendem a continuar se movendo na
velocidade em que o carro trafega, por isso são jogados para frente
quando o carro colide.
Parar o impulso de um objeto requer a ação de uma força em um
determinado período de tempo. Em uma colisão, a energia necessária para
deter um corpo é grande porque o empuxo do carro mudou instantaneamente –
já que ele encontrou uma barreira –, mas o empuxo dos passageiros se
manteve. Por isso o sistema deve agir rapidamente e de modo a conter o
deslocamento dos passageiros causando a eles os menores danos possíveis.
A função do airbag é justamente zerar a velocidade do passageiro, que
era igual à velocidade do automóvel, sem causar ferimentos ou com o
mínimo de lesões. As forças envolvidas no sistema são enormes. A bolsa
se infla, ocupa o espaço entre o motorista e o volante (ou entre o
passageiro e o painel, ou a lateral do carro, no caso do airbag de
cortina) em frações de segundo para impedir o choque da pessoa com a
superfície rígida.
O sistema de airbags é composto por três partes: a bolsa em si, o sensor
que indica quando a bolsa deve ser inflada, e o sistema de enchimento. A
bolsa é feita de um tecido de nylon muito fino e fica dobrada dentro do
volante, do painel e dentro de algumas colunas e até no teto do
veículo. O sensor recebe informações de um acelerômetro e, quando uma
colisão é detectada, ele faz com que a bolsa infle. Isto ocorre quando
há uma força de colisão equivalente ao choque contra uma parede a uma
velocidade de 16 km/h a 24 km/h.
As bolsas são infladas pelo deslocamento dos gases gerados por uma
reação química. No sistema de enchimento, o ácido de sódio reage com o
nitrato de potássio e produz nitrogênio. A forte explosão de nitrogênio
faz com que as bolsas se encham a uma velocidade de mais de 300 km/h. Um
segundo depois, o gás se dissipa rapidamente através de pequenos furos
na bolsa, para que o ocupante possa se mover. Após o processo, sai da
airbag uma substância em pó. Ela geralmente é amido de milho ou talco, e
é usada pelas fabricantes para manter as bolsas flexíveis e
lubrificadas enquanto estão “guardadas”.
Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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