Segundo Pimentel, Brasil tentará elevar conteúdo regional na produção.
Presidente mexicano disse a Dilma ter 'enorme interesse' em manter acordo.
Presidente mexicano disse a Dilma ter 'enorme interesse' em manter acordo.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando
Pimentel, afirmou nesta sexta-feira (3) que o país vai rever o acordo
automotivo que mantem com o México. Para o ministro, da forma como é
hoje o acordo é "desequilibrado contra o Brasil".
Em validade desde
2002, o acordo isenta veículos da taxa de importação de até 35%, cobrada
sobre carros de fora do México e do Mercosul.
O presidente do México, Felipe Calderón, telefonou nesta tarde para a
presidente Dilma Rousseff. Segundo informou Pimentel, o mexicano
demonstrou "enorme interesse" do México em manter o acordo. "Nessa
conversa ficou acertado que vamos abrir, vamos começar um processo de
negociação dos termos do acordo com o México já na semana que vem",
disse o ministro. Calderón demonstrou "abertura" em negociar. "No
momento atual, o acordo, de fato, é desequilibrado contra o Brasil. O
presidente Calderón entendeu as razões que a presidenta expos".
Pelo acordo, os carros mexicanos ficam isentos do imposto quando
agregam ao menos 30% de conteúdo nacional. O mesmo vale para carros
brasileiros exportados para o México. Dentre as exigências que o Brasil
tentará negociar está uma maior participação do conteúdo regional na
produção dos veículos e estender o benefício para caminhões e
utilitários.
"Nós queremos aumentar o conteúdo regional na produção dos veículos,
tanto no México quanto no Brasil e ampliar o escopo do acordo de forma
que ele não seja apenas para automóvel de passeio como é hoje e inclua
também caminhões, utilitários, o que poderia melhorar o saldo, que hoje é
totalmente negativo contra o Brasil", afirmou Pimentel.
Ruptura do acordo
Pimentel disse que o governo brasileiro chegou a colocar como
"alternativa" a utilização de uma cláusula de saída do acordo, o que, na
prática, significaria uma ruptura.
"O que existe é uma cláusula de saída, que está prevista no acordo, que
pode ser utilizada caso o acordo deixe de ser interessante. O que nós
apontamos como uma possibilidade foi a utilização da cláusula de saída",
disse.
Anfavea
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, disse nesta sexta-feira (3),
após reunião com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson
Barbosa, que o acordo automotivo com o México é importante para o país.
"Confirmamos a necessidade de manter esse acordo. O acordo não tem data
prevista para terminar. O que existe é um processo dentro do governo de
reavaliação do acordo, mas não tem nada definido ainda", declarou ele,
explicando que existe, atualmente, um déficit comercial do Brasil com o
México no setor de veículos.Segundo Belini, a indústria automobilística disse que aceita alterações no acordo existente. "Aceitamos alterações. Podemos discutir. Mas ainda não entramos em detalhes", afirmou. Ele lembrou que, atualmente, caminhões, ônibus e utilitários não estão no acordo automotivo com o México. "Mas já vimos movimento do lado do México de conversar sobre isso. Isso poderia ajudar o Brasil", disse Belini.
Questionado sobre a sinalização do presidente mexicano, Felipe Calderón, de que aceitaria negociar com o governo brasileiro, ele mostrou entusiasmo. "Isso é ótimo. É um passo importante que a gente vê com bons olhos. A gente vê que esse é o caminho", concluiu.
Veja quais modelos são importados do México | |
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Chevrolet Captiva (Foto: Divulgação)
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Dodge Journey (Foto: Divulgação)
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Fiat 500 (Foto: Divulgação) |
Fiat Freemont (Foto: Divulgação)
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Ford New Fiesta (Foto: Divulgação) |
Ford Fusion (Foto: Divulgação)
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Honda CR-V (Foto: Divulgação) |
Nissan March (Foto: Divulgação)
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Nissan Sentra (Foto: Divulgação) |
Nissan Tiida (Foto: Divulgação)
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Nissan Versa (Foto: Divulgação) |
VW Jetta/Jetta Variant (Foto: Divulgação)
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Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros
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