Treino também serviu para analisar o comportamento do carro em diferentes condições
Kanaan testa no Texas com a nova pintura verde e amarela da KV (Divulgação/IndyCar)
O brasileiro Tony Kanaan realizou na última terça-feira, ao lado do australiano Ryan Briscoe e do canadense Alex Tagliani, um programa de testes da Indy no circuito de 1,5 milha do Texas.
Os três pilotos avaliaram o comportamento do novo chassi da Dallara, o DW12, em situação de pista livre e tráfego em um oval de alta velocidade. Durante as saídas conjuntas à pista, eles alternaram trechos em condições de vácuo e linha dupla.
De acordo com a organização da categoria, a fabricante italiana levou para o autódromo texan uma versão atualizada do carro, com alguns componentes diferentes daqueles testados nos ovais de Homestead, Fontana, Iowa e Indianápolis. Entre os itens alterados, estão os espelhos retrovisores, as caranagens da asa traseira, os painéis laterais, além de outras alterações sutis na estrutura do chassi.
"Este foi o primeiro passo para determinarmos o pacote aerodinâmico, baseado nos dados e impressões de equipes e pilotos", explicou o vice-presidente de tecnologia da Indy, Will Phillips. "Esta foi a base. Nada de ruim aconteceu e nenhum dos pilotos saiu com reclamações graves. Agora decidiremos qual será o próximo passo antes do próximo teste", afirmou.
Pelo Twitter, Briscoe informou que as velocidades médias registradas pelo DW12 ficaram entre 210 e 212 mph (de 336 a 339 km/h). O número ainda está abaixo daquele alcançado por Tagliani no ano passado, quando marcou a pole com média de 215 mph (346 km/h).
No entanto, Kanaan salientou, também pelo microblog, que o objetivo não era testar a velocidade pura. "Durante o teste, o foco nunca esteve na velocidade", declarou o brasileiro.
Em entrevista ao site oficial da categoria, Briscoe considerou o treino "normal, porém positivo", e destacou as novas possibilidades de acerto que o carro da Dallara proporciona. "Ainda estamos sentindo o comportamento em diferentes níveis de arrasto aerodinâmico e diferentes opções de suspensões. [Com o DW12], conseguimos explorar mais os níveis de downforce. O carro antigo limitava a 10 graus o ângulo da asa, enquanto este não possui uma limitação, o que nos deixa livres para explorar os limites", detalhou.
Na semana passada, a dupla Graham Rahal e Charlie Kimball, da Ganassi, já havia realizado um teste de distribuição de peso do novo carro no oval de duas milhas de Fontana. Outro teste está sendo realizado nesta semana por JR Hildebrand, da Panther, e Marco Andretti, da Andretti, no oval curto de Phoenix.
Testes em mistos
Na última terça-feira, 11 representantes de seis equipes diferentes encerraram uma bateria de dois dias de testes no circuito misto de Barber.
Embora não tenha havido uma divulgação oficial dos tempos registrados, o brasileiro Hélio Castroneves relatou que as voltas com o DW12 estão quase um segundo mais rápidas com relação ao carro anterior.
"Já estamos rodando na casa de 1min10s e ainda temos muito trabalho. Quando voltarmos aqui para a corrida, certamente estaremos mais rápidos ainda", relatou. Em 2011, a pole position, anotada por Will Power, foi de 1min11s454.
"Foram [dois dias] muito proveitosos, porque conseguimos evoluir bastante o carro e comprovar sua durabilidade", acrescentou o piloto da Penske, que completou um total de 120 voltas.
A partir de quinta-feira, o circuito aeroportuário de Sebring recebe mais uma bateria de dois dias de testes, envolvendo cinco escuderias.
No final de semana, outros quatro times treinarão em Sonoma, incluindo a KV, que será representada pelo venezuelano Ernesto Viso e pelo brasileiro Rubens Barrichello.
Fonte:tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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