24 de fev. de 2012

Indústria :Fiat cogita fechar duas fábricas na Itália

Fotos: Divulgação
Fiat cogita fechar duas fábricas na Itália
Diante da crise europeia, as esperanças da marca italiana se voltam para a demanda crescente no mercado norte-americano

por Túlio Moreira

O CEO do Grupo Fiat, Sergio Marchionne, afirmou à imprensa europeia que a montadora terá que fechar duas de suas cinco fábricas na Itália caso os planos de exportar veículos para os Estados Unidos não se concretizem. De acordo com o jornal Corriere della Sera, as fábricas da Chrysler nos EUA já trabalham na capacidade máxima, enquanto que as unidades instaladas no México, Canadá e Europa precisarão complementar a demanda norte-americana.

Nas palavras de Marchionne, exportar para os EUA é a única salvação para a Fiat, já que a crise na Europa e a demanda decrescente por automóveis no continente inviabilizam a manutenção das cinco fábricas. Segundo o portal Automotive News, as fábricas de Mirafiori, em Turim, e Cassino, na região central do país, são as mais cotadas para encerrar as atividades.

A primeira tem capacidade para 200 mil unidades e está a cargo do compacto Alfa Romeo MiTo e do monovolume Lancia Musa. O plano de Marchionne é aproveitar as instalações para produzir um novo utilitário compacto da Jeep, conhecido por enquanto pelo codinome B-SUV. A partir de 2014, este modelo poderia ser vendido em outros mercados da Europa e nos EUA.

Já a fábrica de Cassino, responsável por Alfa Romeo Giulietta, Fiat Bravo e Lancia Delta, deverá ter sua capacidade anual para 300 mil unidades revertida em favor da produção da próxima geração do Giulietta, que deverá chegar ao mercado norte-americano após a retomada das operações do “cuore sportivo” naquele país. Outros modelos da Alfa, como o esportivo 4C e os vindouros Giulia – sedã baseado no Giulietta – e um utilitário esportivo, também devem chegar aos EUA.

O problema, de acordo com a imprensa europeia, é que a fama da Alfa Romeo dos EUA não é tão forte a ponto de justificar tantas expectativas por parte do Grupo Fiat. Durante a gestão de Marchionne, a Alfa já tentou retomar suas atividades no país por duas vezes, sem sucesso. Mesmo que a chegada do cupê 4C, marcada para 2013, seja concretizada, ainda não se sabe qual será a demanda pelos modelos da marca. Por enquanto, as previsões mais sólidas do executivo são de que a economia europeia não deve se recuperar antes de 2014 e as vendas de automóveis na Itália em 2012 devem chegar ao menor nível desde 1985.





Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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