Aos 19 anos, piloto visa estar na categoria principal de monopostos até 2014
Após anunciar oficialmente a escalada para a GP2, onde
fará a temporada 2012 na equipe do atual campeão da categoria, Felipe
Nasr apontou nesta quinta-feira quais são seus planos para a nova fase
de sua carreira.
Campeão da F-BMW em 2009 e da F3 Inglesa no ano passado, ele vai correr a principal categoria de acesso à F1 pela Dams. Com essa escuderia, Romain Grosjean foi o campeão da GP2 em 2011, conquistando na sequência a vaga de titular da Lotus (antiga Renault) para este ano.
A nova empreitada foi garantida pelos patrocínios da empresa do milionário Eike Batista, a OGX, e do Banco do Brasil, em contratos que terão duração até o fim do ano.
Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, o brasiliense de 19 anos revelou os próximos passos que pretende seguir: adquirir a experiência necessária em um período máximo de dois anos e estar no principal campeonato de monopostos até 2014. Para isso, além de adquirir cancha no campeonato de acesso, o brasiliense pretende testar com alguma equipe da categoria principal ainda neste ano.
Uma das alternativas para o brasileiro é ingressar em algum dos programas de jovens pilotos desenvolvidos pelas equipes. Nasr confirmou que tem negociado com duas das principais escuderias, Ferrari e McLaren, mas disse que ainda não há nada concreto. Para ele, estar vinculado desde já a algum time da F1 não é preponderante para chegar à categoria: "Dá para entrar na F1 com ou sem um programa [de jovens pilotos]. Mas eu espero poder fechar com algum".
Questionado sobre como pretende lidar com o possível peso de ser o único brasileiro competindo na categoria daqui a alguns anos, Felipe foi enfático ao dizer que não liga para pressões externas. "A maior pressão é a que eu mesmo me imponho", resumiu.
"A melhor forma de lidar com a pressão é vencendo. Ganhando, você cala as críticas. Mas, se você não tiver um carro [bom], você não vence. Por isso, é preciso estar no lugar certo e na hora certa. O que eu quero é entrar no lugar certo e poder mostrar meus melhores resultados, porque já provei que tenho condições de vencer", prosseguiu.
Prognósticos para a temporada 2012
Felipe Nasr disse que pretende usar 2012 como um ano de aprendizado para atingir o nível mais alto de competição na GP2 na temporada 2013.
Conhecer o carro e algumas das pistas serão dois de seus desafios ao longo do ano. No caso do chassi, Felipe terá de se adaptar a um monoposto com quase o triplo de potência em relação ao que ele pilotou na última temporada.
O GP2 possui um motor V8 com 612 cavalos e 10 mil rpm, embutido em um chassi de 690 quilos. Já o F3, que pesa 550 quilos, é impulsionado por um propulsor de quatro cilindros alinhados, com 210 cavalos e 6 mil rpm. "Será um desafio, mas, para mim, os desafios são muito bem vindos", pontuou.
Já na primeira etapa do calendário, na Malásia, Nasr terá que aprender a pilotar em uma pista na qual nunca andou. Este também vai ser o caso das rodadas de Monte Carlo e Sakhir. Em contrapartida, o brasiliense já possui experiência em todos os autódromos do calendário europeu e é o único a já ter andado no traçado urbano de Marina Bay, em Cingapura.
Além disso, Nasr terá que buscar destaque contra um companheiro que já está na GP2 há quatro anos, tendo no currículo um título do campeonato asiático da classe em 2009: Davide Valsecchi. O italiano já teve como colegas de equipe na categoria outros dois brasileiros, Alberto Valério, na Durango, em 2008, e Luiz Razia, na última temporada, na Caterham AirAsia.
Felipe disse estar ciente de que vencer um companheiro calejado logo de cara será difícil e afirmou que pretende tê-lo como referencial para evoluir ao longo do primeiro semestre. "Obviamente, por já conhecer o carro, ele vai começar [a temporada] mais rápido e ditando o ritmo, mas eu vou tê-lo como uma boa referência", declarou.
"Como os treinos são limitados, eu vou precisar de tempo para me adaptar. A pressão estará toda nele. É claro que, se eu puder chegar na frente, será ótimo. A meta é tentar superá-lo a partir da segunda metade do ano", estabeleceu.
O jovem piloto disse não temer viver situação parecida com a do norueguês Pal Varhaug, que foi companheiro de Grosjean na Dams em 2011, mas terminou a temporada zerado na pontuação. "O conjunto e a combinação estão lá. Espero que eu consiga aproveitá-los", frisou. Segundo Nasr, uma boa campanha significará marcar pontos com frequência, conquistar pódios e brigar por eventuais vitórias.
Por quê não a World Series
Logo após a confirmação do título da F3 Inglesa, Nasr declarou em entrevista ao Tazio Autosport que tentaria direcionar sua carreira para a World Series by Renault.
Ao comentar o acordo com a Dams, ele explicou como foi levado a mudar os planos, motivado pela falta de opções em equipes competitivas da categoria subsidiada pela montadora francesa.
"Quando eu apresentei o projeto para conseguir os patrocínios, o que estava estipulado era fazer a temporada da World Series", salientou. "Mas os times bons foram fechando com outros pilotos e, ao mesmo tempo, equipes boas da GP2 começaram a abrir as portas. Por isso, optei por ir para um lugar onde eu pudesse me destacar", explicou.
A primeira experiência de Nasr com um carro da GP2 acontece nos dias 28, 29 de fevereiro e 1º de março, durante os testes coletivos da categoria, em Jerez. A temporada começa com a rodada dupla da Malásia, nos dias 24 e 25 de março.
Campeão da F-BMW em 2009 e da F3 Inglesa no ano passado, ele vai correr a principal categoria de acesso à F1 pela Dams. Com essa escuderia, Romain Grosjean foi o campeão da GP2 em 2011, conquistando na sequência a vaga de titular da Lotus (antiga Renault) para este ano.
A nova empreitada foi garantida pelos patrocínios da empresa do milionário Eike Batista, a OGX, e do Banco do Brasil, em contratos que terão duração até o fim do ano.
Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, o brasiliense de 19 anos revelou os próximos passos que pretende seguir: adquirir a experiência necessária em um período máximo de dois anos e estar no principal campeonato de monopostos até 2014. Para isso, além de adquirir cancha no campeonato de acesso, o brasiliense pretende testar com alguma equipe da categoria principal ainda neste ano.
Uma das alternativas para o brasileiro é ingressar em algum dos programas de jovens pilotos desenvolvidos pelas equipes. Nasr confirmou que tem negociado com duas das principais escuderias, Ferrari e McLaren, mas disse que ainda não há nada concreto. Para ele, estar vinculado desde já a algum time da F1 não é preponderante para chegar à categoria: "Dá para entrar na F1 com ou sem um programa [de jovens pilotos]. Mas eu espero poder fechar com algum".
Questionado sobre como pretende lidar com o possível peso de ser o único brasileiro competindo na categoria daqui a alguns anos, Felipe foi enfático ao dizer que não liga para pressões externas. "A maior pressão é a que eu mesmo me imponho", resumiu.
"A melhor forma de lidar com a pressão é vencendo. Ganhando, você cala as críticas. Mas, se você não tiver um carro [bom], você não vence. Por isso, é preciso estar no lugar certo e na hora certa. O que eu quero é entrar no lugar certo e poder mostrar meus melhores resultados, porque já provei que tenho condições de vencer", prosseguiu.
Prognósticos para a temporada 2012
Felipe Nasr disse que pretende usar 2012 como um ano de aprendizado para atingir o nível mais alto de competição na GP2 na temporada 2013.
Conhecer o carro e algumas das pistas serão dois de seus desafios ao longo do ano. No caso do chassi, Felipe terá de se adaptar a um monoposto com quase o triplo de potência em relação ao que ele pilotou na última temporada.
O GP2 possui um motor V8 com 612 cavalos e 10 mil rpm, embutido em um chassi de 690 quilos. Já o F3, que pesa 550 quilos, é impulsionado por um propulsor de quatro cilindros alinhados, com 210 cavalos e 6 mil rpm. "Será um desafio, mas, para mim, os desafios são muito bem vindos", pontuou.
Já na primeira etapa do calendário, na Malásia, Nasr terá que aprender a pilotar em uma pista na qual nunca andou. Este também vai ser o caso das rodadas de Monte Carlo e Sakhir. Em contrapartida, o brasiliense já possui experiência em todos os autódromos do calendário europeu e é o único a já ter andado no traçado urbano de Marina Bay, em Cingapura.
Além disso, Nasr terá que buscar destaque contra um companheiro que já está na GP2 há quatro anos, tendo no currículo um título do campeonato asiático da classe em 2009: Davide Valsecchi. O italiano já teve como colegas de equipe na categoria outros dois brasileiros, Alberto Valério, na Durango, em 2008, e Luiz Razia, na última temporada, na Caterham AirAsia.
Felipe disse estar ciente de que vencer um companheiro calejado logo de cara será difícil e afirmou que pretende tê-lo como referencial para evoluir ao longo do primeiro semestre. "Obviamente, por já conhecer o carro, ele vai começar [a temporada] mais rápido e ditando o ritmo, mas eu vou tê-lo como uma boa referência", declarou.
"Como os treinos são limitados, eu vou precisar de tempo para me adaptar. A pressão estará toda nele. É claro que, se eu puder chegar na frente, será ótimo. A meta é tentar superá-lo a partir da segunda metade do ano", estabeleceu.
O jovem piloto disse não temer viver situação parecida com a do norueguês Pal Varhaug, que foi companheiro de Grosjean na Dams em 2011, mas terminou a temporada zerado na pontuação. "O conjunto e a combinação estão lá. Espero que eu consiga aproveitá-los", frisou. Segundo Nasr, uma boa campanha significará marcar pontos com frequência, conquistar pódios e brigar por eventuais vitórias.
Por quê não a World Series
Logo após a confirmação do título da F3 Inglesa, Nasr declarou em entrevista ao Tazio Autosport que tentaria direcionar sua carreira para a World Series by Renault.
Ao comentar o acordo com a Dams, ele explicou como foi levado a mudar os planos, motivado pela falta de opções em equipes competitivas da categoria subsidiada pela montadora francesa.
"Quando eu apresentei o projeto para conseguir os patrocínios, o que estava estipulado era fazer a temporada da World Series", salientou. "Mas os times bons foram fechando com outros pilotos e, ao mesmo tempo, equipes boas da GP2 começaram a abrir as portas. Por isso, optei por ir para um lugar onde eu pudesse me destacar", explicou.
A primeira experiência de Nasr com um carro da GP2 acontece nos dias 28, 29 de fevereiro e 1º de março, durante os testes coletivos da categoria, em Jerez. A temporada começa com a rodada dupla da Malásia, nos dias 24 e 25 de março.
Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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