Veterano lamenta falta de pilotos italianos na F1 e critica falta de apoio ao automobilismo no país
Jarno Trulli: 15 anos de história na F1 (Daniel Kalisz/LAT Photographic)
Substituído por Vitaly Petrov na Caterham, Jarno Trulli foi filosófico ao comentar sua saída da equipe malaia.
Com um currículo de 256 GPs, o italiano iniciará uma temporada fora do grid pela primeira vez desde sua estreia, em 1997. O veterano tinha um contrato com a Caterham para 2012, mas a equipe o substituiu por Petrov, considerado um dos “pilotos pagantes” na F1.
Trulli diz que a demissão não o surpreendeu e espera que o patrocínio de Petrov ajude a Caterham a assegurar um futuro melhor.
“Pessoalmente, não estou descontente. Estava preparado para um possível divórcio da Caterham, porque sei que a difícil situação econômica levaria a equipe a achar um piloto com um patrocínio adequado”, disse Trulli à agência de notícias Ansa.
“Equipes pequenas têm certas necessidades e os contratos são claros. Espero que, com a contribuição de Petrov, todas as pessoas que trabalhem lá tenham um futuro mais tranquilo.”
Com a saída de Trulli, é a primeira vez, desde 1970, que nenhum piloto italiano alinhará ao grid na primeira prova da temporada. Por conta da falta de apoio aos jovens pilotos na Itália, o piloto de Pescara reconhece que a situação era inevitável.
“A F1 sem pilotos italianos é uma pena. Lamento, mas o problema não é meu: outros devem assumir a responsabilidade por este empobrecimento, uma situação que, no final das contas, não começou ontem, e até agora, ninguém resolveu”, explicou.
“Na Itália, não há nenhum sistema que ajude os pilotos a subir até um alto nível, portanto é normal que a situação termine desta forma. Há talentos, mas sem o paoio de ninguém, eles perdem a esperança.”
“Gostaria de ver mais envolvimento de todos, mas em tempo de crise no país, não vejo como um jovem piloto encontrar ajuda para lutar por uma vaga em qualquer equipe.”
Aos 37 anos, Trulli planeja seguir no automobilismo, mesmo saindo da F1.
“Tenho uma empresa de vinhos e um hotel na Suíça, portanto sou um cara ocupado. Meu emprego, no entanto, é de piloto e é isso que quero continuar fazendo: na F1 ou em qualquer lugar.”
Italiano disputou 15 temporadas completas na F1 e conquistou uma vitória
Filho de fãs de automobilismo, Trulli venceu o Mundial de Kart em 1991 e passou por diversas categorias de monopostos até conquistar o título da F3 alemã em 1996, pela Benetton. No ano seguinte, transferiu-se para a F1, onde disputou a primeira parte do campeonato pela Minardi e a outra metade pela Prost, substituindo o lesionado Olivier Panis.
O primeiro pódio veio em setembro de 1999, com um segundo lugar no emocionante GP da Europa. Na ocasião, o jovem italiano de 25 anos segurou Rubens Barrichello até o fim da prova e evitou a primeira dobradinha da Stewart na história da F1 – a corrida seria vencida pelo inglês Johnny Herbert.
Em 2000, transferiu-se para a Jordan, mas terminou a temporada sem pódios, em décimo lugar. A temporada de 2001 foi um pouco melhor, com dois quarto lugares em Barcelona e Indianápolis.
No ano seguinte, Trulli migrou para a Renault, equipe administrada por seu então empresário Flavio Briatore. No time francês, o italiano viveu seu melhor momento na categoria, conquistando uma vitória em Mônaco e dois pódios – Barcelona e Hockenheim. Já preterido pela equipe em favor da revelação Fernando Alonso, Trulli se mudou para a Toyota no fim de 2004.
Na equipe japonesa, Jarno alternou momentos bons e ruins. Conquistou oito pódios em cinco temporadas disputadas, mas passou duas delas – 2006 e 2007 – fora da lista dos três primeiros. Em 2007, o italiano sofreu quatro abandonos e não fechou nenhum GP entre os cinco primeiros pilotos.
Com a saída da Toyota da F1, Trulli disputou suas duas últimas temporadas na F1 pela Lotus (atual Caterham). No time malaio, seu melhor resultado em um GP foram três 13º lugares em Suzuka-10, Melbourne-11 e Monte Carlo-11.
Com um currículo de 256 GPs, o italiano iniciará uma temporada fora do grid pela primeira vez desde sua estreia, em 1997. O veterano tinha um contrato com a Caterham para 2012, mas a equipe o substituiu por Petrov, considerado um dos “pilotos pagantes” na F1.
Trulli diz que a demissão não o surpreendeu e espera que o patrocínio de Petrov ajude a Caterham a assegurar um futuro melhor.
“Pessoalmente, não estou descontente. Estava preparado para um possível divórcio da Caterham, porque sei que a difícil situação econômica levaria a equipe a achar um piloto com um patrocínio adequado”, disse Trulli à agência de notícias Ansa.
“Equipes pequenas têm certas necessidades e os contratos são claros. Espero que, com a contribuição de Petrov, todas as pessoas que trabalhem lá tenham um futuro mais tranquilo.”
Com a saída de Trulli, é a primeira vez, desde 1970, que nenhum piloto italiano alinhará ao grid na primeira prova da temporada. Por conta da falta de apoio aos jovens pilotos na Itália, o piloto de Pescara reconhece que a situação era inevitável.
“A F1 sem pilotos italianos é uma pena. Lamento, mas o problema não é meu: outros devem assumir a responsabilidade por este empobrecimento, uma situação que, no final das contas, não começou ontem, e até agora, ninguém resolveu”, explicou.
“Na Itália, não há nenhum sistema que ajude os pilotos a subir até um alto nível, portanto é normal que a situação termine desta forma. Há talentos, mas sem o paoio de ninguém, eles perdem a esperança.”
“Gostaria de ver mais envolvimento de todos, mas em tempo de crise no país, não vejo como um jovem piloto encontrar ajuda para lutar por uma vaga em qualquer equipe.”
Aos 37 anos, Trulli planeja seguir no automobilismo, mesmo saindo da F1.
“Tenho uma empresa de vinhos e um hotel na Suíça, portanto sou um cara ocupado. Meu emprego, no entanto, é de piloto e é isso que quero continuar fazendo: na F1 ou em qualquer lugar.”
Italiano disputou 15 temporadas completas na F1 e conquistou uma vitória
Filho de fãs de automobilismo, Trulli venceu o Mundial de Kart em 1991 e passou por diversas categorias de monopostos até conquistar o título da F3 alemã em 1996, pela Benetton. No ano seguinte, transferiu-se para a F1, onde disputou a primeira parte do campeonato pela Minardi e a outra metade pela Prost, substituindo o lesionado Olivier Panis.
O primeiro pódio veio em setembro de 1999, com um segundo lugar no emocionante GP da Europa. Na ocasião, o jovem italiano de 25 anos segurou Rubens Barrichello até o fim da prova e evitou a primeira dobradinha da Stewart na história da F1 – a corrida seria vencida pelo inglês Johnny Herbert.
Em 2000, transferiu-se para a Jordan, mas terminou a temporada sem pódios, em décimo lugar. A temporada de 2001 foi um pouco melhor, com dois quarto lugares em Barcelona e Indianápolis.
No ano seguinte, Trulli migrou para a Renault, equipe administrada por seu então empresário Flavio Briatore. No time francês, o italiano viveu seu melhor momento na categoria, conquistando uma vitória em Mônaco e dois pódios – Barcelona e Hockenheim. Já preterido pela equipe em favor da revelação Fernando Alonso, Trulli se mudou para a Toyota no fim de 2004.
Na equipe japonesa, Jarno alternou momentos bons e ruins. Conquistou oito pódios em cinco temporadas disputadas, mas passou duas delas – 2006 e 2007 – fora da lista dos três primeiros. Em 2007, o italiano sofreu quatro abandonos e não fechou nenhum GP entre os cinco primeiros pilotos.
Com a saída da Toyota da F1, Trulli disputou suas duas últimas temporadas na F1 pela Lotus (atual Caterham). No time malaio, seu melhor resultado em um GP foram três 13º lugares em Suzuka-10, Melbourne-11 e Monte Carlo-11.
Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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