10 de fev. de 2012

F-1-Degrau suave para tentar subir por Rafael Lopes

Novo Lotus E20
9 – Kimi Raikkonen (FIN) 
10 – Romain Grosjean (FRA) 

Entre as oito equipes que apresentaram carros com o horrendo degrau na parte dianteira, a Lotus (ex-Renault-Lotus, ex-Renault…) foi a mais discreta delas. Em vez de linhas retas e abruptas, os projetistas apostaram em uma variação mais suave no E20, menos agressiva, para se adaptar ao novo regulamento da categoria, que prevê que os bicos não devem ultrapassar a altura máxima de 55 centímetros por motivos de segurança (evitar que o piloto fosse atingido em uma batida em “T” – com ângulo de 90º).
O time também conta com dois retornos: o do finlandês Kimi Raikkonen, campeão de 2007, e o do francês Romain Grosjean, dono do título da GP2 em 2011. Se um dos principais problemas do ano passado foi resolvido nos tribunais (a paternidade da marca Lotus), a equipe precisa trabalhar duro para recuperar o bom ritmo do início de 2011, quando chegou a marcar dois pódios (com Vitaly Petrov e Nick Heidfeld). Para isso, o conceito do escapamento dianteiro foi abandonado. Por isso, a posição destas saídas foram alteradas e jogadas para a traseira, também de acordo com as novas regras, que proíbem o difusor soprado. O monocoque, por sua vez, teve sua altura mantida. Mas como ele não era tão alto quanto o das rivais RBR e Ferrari, o bico conseguiu escapar de um degrau muuito acentuado na dianteira do E20.
Novo Lotus E20
Além disso, os retornos de Raikkonen e Grosjean precisam render frutos. O finlandês precisa provar que a indicação de seu nome não foi apenas uma jogada de marketing dos dirigentes da Lotus. Campeão do mundo, ele ficou dois anos fora da Fórmula 1, quando se arriscou no Mundial de Rali (WRC) e até em uma corrida da Nascar Truck Series, em Charlotte, nos Estados Unidos. Já o francês conseguiu a vaga graças ao maciço apoio da petrolífera francesa Total, uma das patrocinadoras da equipe, e terá muito trabalho para mostrar que aquele piloto inexperiente e imaturo das corridas de 2009 ficou no passado apenas como uma lembrança ruim. Nos testes em Jerez de la Frontera, os resultados parecem ser promissores. Ainda que esteja muito cedo para avaliar qualquer coisa em termos de tempos, impressiona a regularidade que o carro da equipe tem andado. Raikkonen, em seus dois dias, conseguiu completar alguns trechos mais longos, mostrando a confiabilidade do E20. O francês conseguiu o mesmo. Mais do que as melhores voltas, a duração das atividades de pista tem uma grande possibilidade de indicar de sucesso. Ambiciosos, os dirigentes querem mais: pelo menos brigar pelo quarto lugar no Mundial de Construtores com a Mercedes. Será necessário muito trabalho. E duro.
Fonte: voandobaixo
Disponível no(a): http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo/
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