17 de fev. de 2012

Brasil-Governo vai flexibilizar IPI para importados em março

Empresas com planos de fábricas no país serão privilegiadas
Por Vitor Matsubara
Depois de elevar a alíquota do IPI em até 30% sobre os veículos com menos de 65% de nacionalização, o governo brasileiro vai flexibilizar o valor do Imposto sobre Produtos Industrializados para os carros importados. A medida, no entanto, será válida apenas para empresas que estejam construindo fábricas no Brasil, segundo o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Mauro Borges Lemos.

O novo IPI foi adotado em dezembro para conter o aumento nas vendas de veículos produzidos fora do país. A medida gerou revolta entre as fabricantes de automóveis estrangeiros, principalmente entre os filiados à Abeiva (Associação Brasileira de Empresas Importadoras de Veículos Automotores).
Segundo informações da agência de notícias Bloomberg, entre as companhias que podem ser beneficiadas pela flexibilização do IPI estão a JAC Motors, que deve construir uma fábrica em Camaçari (BA), e a BMW, que já manifestou intenção de erguer uma planta por aqui.
“O IPI foi usado como freio de arrumação, agora vamos flexibilizar, reduzir. É um incentivo para acelerar o investimento”, declarou Lemos.
O governo alega que a medida visa incentivar a competitividade dos fabricantes brasileiros. A alta de 35% do real frente ao dólar desde 2008 acabou barateando o valor dos carros importados, principalmente os vindos da China. Por conta disso, as importações de veículos tiveram alta de 30% em 2011.
Após a flexibilização, o governo brasileiro pretende reduzir a alíquota do IPI ao longo dos próximos quatro anos, começando em janeiro de 2013, adotando alíquotas menores para veículos que atendam níveis elevados de economia e segurança e que tenham maiores índices de nacionalização.
“Estamos abaixo do nível tecnológico mundial. O que a gente quer é uma modernização”, afirmou Lemos.
Além de JAC e BMW, outras montadoras “estrangeiras” também manifestaram desejo de construírem fábricas por aqui. O jornal Handesblatt afirmou que a Daimler estaria cogitando uma planta para produção de veículos compactos. Mais recentemente, foi a vez do presidente da Volvo, Paulo Solti, afirmar que a empresa estuda a possibilidade de ter uma fábrica brasileira, embora nenhuma decisão tenha sido tomada até agora.

Fonte: quatrorodas
Disponível no(a): http://quatrorodas.abril.com.br
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