Competição abre novos caminhos para versão mais endiabrada da linha
por Igor Macário
Auto Press
Desde que chegou oficialmente ao Brasil, em 2009, a Mini tem trabalhado para se tornar mais conhecida no país. A intenção é elevar as vendas para o patamar das 2.700 unidades em 2012, cerca de 60% a mais que em 2010, o primeiro ano inteiro da marca no Brasil. E superar a previsão para 2011, que estabilizou em cerca de 1.600 carros. Para isso, a fabricante investe em diversas frentes que ajudem a aumentar a visibilidade da marca e, consequentemente, as vendas. E, entre elas, as corridas. Como vitrine para os valentes carrinhos, foi criada há dois anos a Mini Challenge Cup, com oito etapas com 25 minutos de corrida mais uma volta,. Em 2012, o desafio ganhará mais uma corrida por etapa, com três largadas a cada fim de semana de provas.
As grandes estrelas da categoria são, obviamente, os Mini John Cooper Works importados da Inglaterra e preparados pela JL Racing, da conhecida família Giaffone. Os carros de competição mantiveram exatamente o mesmo conjunto mecânico do modelo original, mas ganharam amplas mudanças no acerto dinâmico. Apesar de até as rodas terem mantido os aros de 17 polegadas do JCW, os pneus são lisos, os "slicks", para melhor "pegada" nas pistas, além de amortecedores totalmente reguláveis, tanto em curso, quanto na rigidez. O Mini também ganhou novos anexos aerodinâmicos, como uma grande asa traseira, para segurar o carrinho nas retas.por Igor Macário
Auto Press
Desde que chegou oficialmente ao Brasil, em 2009, a Mini tem trabalhado para se tornar mais conhecida no país. A intenção é elevar as vendas para o patamar das 2.700 unidades em 2012, cerca de 60% a mais que em 2010, o primeiro ano inteiro da marca no Brasil. E superar a previsão para 2011, que estabilizou em cerca de 1.600 carros. Para isso, a fabricante investe em diversas frentes que ajudem a aumentar a visibilidade da marca e, consequentemente, as vendas. E, entre elas, as corridas. Como vitrine para os valentes carrinhos, foi criada há dois anos a Mini Challenge Cup, com oito etapas com 25 minutos de corrida mais uma volta,. Em 2012, o desafio ganhará mais uma corrida por etapa, com três largadas a cada fim de semana de provas.
O motor é o já conhecido 1.6 litro desenvolvido pela BMW com a PSA, e rende os mesmos 211 cv do carro de rua. Entretanto, o foco nas pistas veste o propulsor com um conjunto afinado inteiramente para esse propósito. A configuração mais "hardcore" do John Cooper Works, que o faziam ser até desconfortável em uso diário, parecem cair como uma luva para o Challenge. Tanto que foram feitas mudanças na suspensão e conjunto de pneus, além da instalação da gaiola de proteção e a retirada de itens "supérfluos", como bancos – os dianteiros foram substituídos por Recaros em concha –, revestimentos, ar-condicionado e rádio. O escapamento também foi redimensionado para melhorar o rendimento do quatro cilindros. O câmbio também não muda. O manual de seis marchas continua com os engates fáceis, precisos, e a embreagem segue pesada como no JCW.
É claro que o preço da brincadeira – bem séria, nesse caso – não é pequeno. Para disputar cada temporada, as equipes terão de dispor de R$ 220 mil, valor que não inclui os gastos com pneus, ainda que contemplem toda a infra-estrutura da categoria. A Mini espera que o aumento da exposição da marca através das corridas a mais dê à marca mais publicidade e maiores vendas em 2012.
Primeiras impressões
Pequeno frasco
Campinas/SP – Dirigir o Mini Challenge de competição pode ser uma experiência no mínimo incomum. Para enxergar, o piloto precisa driblar as barras da gaiola de proteção, o capacete e até a própria posição de dirigir. O corpo fica mais baixo, apoiado no banco do tipo concha, o que demonstra as intenções da marca ao deixar a versão topo de linha John Cooper Works "na casca" e manter o pequeno quatro cilindros de 1.6 litro turbinado com 211 cv – o mesmo do modelo de rua – sob o capô.
O ronco do escapamento invade o interior sem cerimônia, graças à ausência dos materiais de isolamento acústico no interior e da preparação esportiva do sistema de escape. O painel característico dos Mini foi mantido, assim como itens de conveniência como espelhos e vidros elétricos, mas todo o interior passou por uma dieta forçada para manter o peso baixo mesmo após as modificações. Foram retirados o banco traseiro, forrações, carpetes, e tudo o que seria peso morto durante uma competição. No entanto, ainda é possível perceber claramente os traços do Mini JCW na versão de competição.
Todo o possível desconforto do interior desaparece logo na primeira acelerada, quando o corpo é comprimido contra o banco e o horizonte se aproxima mais rapidamente. Os pneus "slicks" grudam no asfalto e dão confiança para atacar as curvas travadas da pista da Fazenda Capuava, nos arredores de Campinas, no interior paulista, com agressividade. Nem mesmo o calor a bordo – o ar-condicionado também foi embora –, ou a visibilidade limitada conseguem diminuir a excitação causada pelo acerto para as pistas e pelas respostas quase elétricas do motor. O modelo pareceu bem à vontade no circuito, que evidenciou a agilidade com que o Challenge contorna as curvas.
O carro passa aquela impressão de ser um "brinquedo grande". A ferocidade muitas vezes exagerada da versão de rua passou a fazer todo o sentido nas pistas. Apesar da óbvia proposta, mesmo o carro preparado se mostrou mais fácil de dirigir do que o esperado. A direção tem relação bem direta, com pouco mais de uma volta de batente a batente, e o câmbio tem os mesmos engates leves e precisos da versão de rua. Mas o ronco explosivo em altas rotações – com direito a pipocos no escapamento durante as desacelerações – nem parece que sai de um pequeno, mas nada modesto, 1.6 litro.
Ficha Técnica
Mini John Cooper Works Challenge
Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, turbocompressor, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, cabeçote com duplo comando de válvulas com tempo de abertura variável. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle de tração.
Potência máxima: 211 cv a 6 mil rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 6,1 segundos.
Velocidade máxima: 240 km/h.
Torque máximo: 26,5 kgfm entre 1.850 e 5.600 rpm.
Diâmetro e curso: 85,8 mm X 77 mm. Taxa de compressão: 10,0:1.
Suspensão: Suspensões independentes, conjuntos McPherson dianteiro e multibraço traseiro, com amortecedores ajustáveis na extensão e compressão. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 205/45 R17.
Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS.
Carroceria: Hatch em monobloco com duas portas e quatro lugares. Com 3,67 metros de comprimento, 1,68 m de largura, 1,41 m de altura e 2,47 m de distância entre-eixos.
Peso: 1.170 kg incluindo piloto e lastro para igualar o peso de todos os carros no grid.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: Cowley, Inglaterra.
Preparação: São Paulo, Brasil.
Lançamento mundial: 2009.
Lançamento no Brasil: 2010.
Itens de série: Kit Aerodinâmico John Cooper Works com novo splitter dianteiro, aerofólios traseiro ajustável, difusor traseiro. Sistema de macacos pneumáticos (Air Jack System), barra de segurança soldada e aprovada pela FIA. Assento para competição Recaro adaptado ao sistema HANS. Harness de 6 pontos. Extintor automático.
Preço: R$ 220 mil por temporada, excluídos gastos com pneus.
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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