Aceleramos o Mini de competição

Carrinho inglês Challenge tem 211 cavalos e velocidade máxima de 240 km/h

Aline Magalhães

Esportivo é utilizado no Mini Challenge Cup, campeonato que integra a programação da Stock Car

Havia um tempo em que eu não via conexão entre a elegância retrô dos carros da Mini e as pistas de corrida, sedentas por esportivos de visual agressivo. Isso até ser convidada para queimar o asfalto com o Challenge. O modelo de competição é utilizado no Mini Challenge Cup, campeonato que integra a programação da Stock Car, um dos maiores eventos de automobilismo do país.
O calor de mais de 30 graus esquentava a pista construída em uma fazenda da cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo, enquanto o sol forte batia sobre os capôs dos Challenges estacionados em fila. A cena ficou ainda mais empolgante quando os mecânicos da montadora inglesa começaram a ligar os motores dos esportivos. Que belo ronco! Comecei a ficar ansiosa para acelerar de vez o “brinquedo”. Esta seria a minha primeira vez na condução de um carro de competição. Para não fazer feio, logo consultei alguns colegas que já haviam pilotado a máquina. Ouvi que a embreagem seria extremamente dura e a direção pesadíssima. “Pisa fundo na embreagem, hein”. Ok, anotado. Em seguida, conversei com os mecânicos da Mini, que já trataram de me deixar o mais confortável possível dentro da cabine apertada.

Challenge é equipado com transmissão manual de seis velocidades

A sensação, ao entrar no carro, foi de estranheza. O veículo fica muito próximo ao chão e a visibilidade parece ser menor. A balaclava e o capacete pareciam roubar meu ar. Tudo bobagem fruto da inexperiência da primeira vez. Ao fim desta tensa preliminar, o que se seguiu foi um prazer incrível de condução.

Engatei a primeira e saí de mansinho, sentindo a resposta do motor 1.6 turbo, capaz de entregar 211 cv de potência. A direção e a embreagem não são tão duras quanto imaginei. Pelo contrário, achei muito confortável e as trocas de marchas são fáceis. Na primeira reta, pisei fundo e o ponteiro de velocidade se deslocou em poucos segundos para mais de 150 km/h. O salto de velocidade, a cada troca de marcha, é extremamente rápido, acompanhado pelo ronco forte do motor turbo. Quando cheguei à sexta marcha, era como estar a bordo de um jato. A curva fechada que vinha adiante colocou à prova os freios ABS Racing com autofrenante mecânico. Eles são suficientes para parar o carro caso você perca o controle da direção. De acordo com dados da marca, a frenagem de 100 km/h a 0 ocorre em 3,1 segundos ou 31 metros. Falando nisso, inclusive, a condução em alta velocidade nas curvas fechadas do circuito é uma emoção e tanto. Ainda que a direção seja completamente precisa e obediente, senti um certo receio de que o carro saísse da pista (o que torna tudo mais divertido). A estabilidade do modelo também impressiona.

Foi apenas uma pena terem sido apenas três voltas em um circuito travado, com muitas curvas fechadas e poucos trechos de alta velocidade. Por conta disso e também por ter sido a minha estreia em um carro de competição, não pude alcançar a máxima de 240 km/h, prometida pela Mini. Mas a experiência a bordo do charmoso e potente Challenge me fez querer pisar cada vez mais fundo. Aguardo a próxima pista!

Mini Challenge

Motor: 1.6 litro a gasolina, quatro cilindros em linha com turbo compressor twin-scroll, injeção eletrônica de combustível
Potência: 211 cv
Torque: 26,5 kgfm
Câmbio: manual de seis marchas
Aceleração 0 a 100 km/h: 6,1 segundos
Frenagem 100 a 0 km/h: 3,1 segundos ou 31 metros
Velocidade Máxima: 240 km/h

Motorização é composta por um propulsor 1.6 turbo

Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com/