Aquilo que parecia impossível nesta temporada aconteceu no GP de Abu Dhabi. Bicampeão antecipado, recordista de poles em uma temporada (ao lado de Nigel Mansell em 1992) e há 19 provas seguidas na zona de pontuação (18 no pódio). Sebastian Vettel finalmente abandonou uma corrida.
E aconteceu da forma mais inusitada possível: ainda na primeira volta, o pneu traseiro direito do alemão da RBR simplesmente furou sem um motivo aparente. Ele rodou, se recuperou, voltou à pista e se arrastou até os boxes. Lá, a equipe detectou uma falha na suspensão afetada e ordenou a desistência. Vettel, então, resolveu fazer um “estágio” no pit wall com o chefe Christian Horner. E ficou se divertindo com o rádio e o computador da equipe austríaca.
Enquanto isso, na pista, acontecia mais uma daquelas corridas típicas de Abu Dhabi, sem nenhum brilho na briga pela vitória. Méritos de Lewis Hamilton, que foi o principal beneficiado pelo problema de Vettel. O inglês da McLaren assumiu a ponta na primeira volta e não mais largou. Com um desempenho daqueles espetaculares, que não mostrava há tempos, ele controlou a diferença para Fernando Alonso durante toda a corrida. Sem riscos, cruzou a linha de chegada na frente pela terceira vez no ano. Uma corrida brilhante, que pode ser o ponto de partida para uma reação em sua carreira. Após a prova, ele dedicou a vitória à sua mãe Carmen Lockhart, que fez aniversário neste fim de semana. E aproveitou para agradecer à equipe pelo rádio do carro.
- Grande trabalho, grande trabalho, amigos, como sempre! Quero dedicar esta vitória à minha mãe. Feliz aniversário e obrigado por ter vindo à corrida – disse Hamilton.
Outro desempenho espetacular foi o de Fernando Alonso. O espanhol, aliás, vem dando show nesta temporada. Na quinta-feira, ele disse que este é seu melhor ano na Fórmula 1. Não concordo, mas acho que é um dos melhores sim. Com um carro visivelmente abaixo das expectativas, ele tem tirado coelhos da cartola em quase todas as corridas. Em Abu Dhabi, o piloto da Ferrari foi constante com os pneus macios e soube minimizar a perda de desempenho do carro com os médios. A diferença para Felipe Massa é enorme.
Por falar em Massa, ele até fazia uma boa corrida, mas esbarrou mais uma vez no desempenho dos pneus em seu carro. O brasileiro perdeu muito tempo sem conseguir tentar um ataque a Jenson Button após o primeiro pit stop. O inglês acabou conseguindo a tranquilidade para assegurar o terceiro lugar do pódio graças à disputa entre Mark Webber, que teve problemas na parada, e o piloto da Ferrari. Massa até conseguiria terminar em quarto, mas cometeu um erro nas últimas voltas e caiu para quinto. O australiano da RBR ganhou a posição.
Após uma boa largada saindo da última posição, quando ganhou várias posições, Rubens Barrichello, da Williams, acabou em 12º. Ele tinha chance de marcar pontos, mas acabou superado no último pit stop por Kamui Kobayashi e Sergio Pérez, a dupla da Sauber, com carros melhores que o seu. Ele até tirou vantagem no fim, mas o tempo não era suficiente. Já Bruno Senna, da Renault-Lotus, precisou fazer um pit stop precoce, recebeu uma punição por ignorar bandeiras azuis na corrida e ficou apenas em 16º, com um carro com um ritmo ruim.
Fonte: voandobaixo
Disponível no(a):http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo/
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