Nova geração do Linea retoma linhagem aposentada com o Marea

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Sedã italiano deixará dimensões compactas para ganhar aspecto de modelo médio

por Túlio Moreira

A Fiat aproveitará a incorporação do grupo Chrysler para retomar sua presença no segmento dos sedãs médios, do qual está longe desde o fim do Marea, em 2007. Apesar de ser vendido como médio, o atual Linea é um três volumes derivado do compacto Grande Punto, vendido na Europa. Os dois últimos modelos verdadeiramente médios da marca italiana – Stilo (2001) e Bravo (2007) – não tiveram derivações com carroceria sedã. Flagras da imprensa europeia sugerem que a nova geração do Linea, que será apresentada no Salão de Detroit, em janeiro de 2012, abandonará a base do Punto para subir de segmento, aproveitando a plataforma do futuro Dodge Hornet, que por sua vez é construída a partir do Alfa Romeo Giulietta.


Lançado por aqui em 2008, o atual Linea já contabiliza 29.744 unidades vendidas até 2010. No segmento em que realmente compete – o de sedãs compactos premium, dominado por Honda City e Kia Cerato –, o modelo da Fiat soma 10.239 unidades comercializadas nos dez primeiros meses deste ano, atrás do Volkswagen Polo Sedan, que emplacou 10.759 unidades de janeiro a outubro deste ano. O futuro Linea, que já será lançado como modelo 2013, deve ser equipado com o conceituado motor Multi-Air de 1.4 litro. Se as especulações da imprensa europeia se concretizarem em Detroit, será o primeiro sedã médio da Fiat em cinco anos, já que a marca italiana tem se concentrado nos lançamentos compactos, tanto na Europa quanto no Brasil.

O Tempra foi lançado no Brasil em 1991 com o propósito de melhorar a imagem da Fiat em relação ao acabamento e desempenho de seus carros. O sedã médio de linhas retilíneas era derivado do hatch Tipo e foi o primeiro modelo produzido no país com motor de 16 válvulas. O carro italiano competia com rivais menos modernos, como Chevrolet Monza e Volkswagen Santana, e caiu no gosto do consumidor brasileiro. O Fiat emplacou 204.994 unidades entre 1991 e 1998, atingindo seu ápice de popularidade em 1994, quando alcançou 41.427 unidades.

A boa receptividade ao Tempra não se repetiu com o seu sucessor, o Marea. Presente no mercado nacional entre 1998 e 2007, o modelo vendeu bem menos que o Tempra: 53.270 unidades. A versão três volumes do Brava se tornou um dos micos da Fiat no Brasil, por causa de sua manutenção cara e complicada e dos casos reincidentes de motores problemáticos. Nem mesmo a reestilização das linhas elegantes, que tiveram contribuição do renomado design Giorgetto Giugiaro, conseguiu levantar a bola do Marea no mercado brasileiro – ainda que a linha 2006 tivesse também o preço 13% menor como apelo comercial.




Fonte: motordream
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