Não bastar ser um Challenger SRT8. Tem que ter supercharger - e 650 cavalos

Potência. Força bruta. Estilo. O Dodge Challenger chegou ao mercado no início dos anos 70 e, logo de cara, estrelou um filme que até hoje é cultuado por fãs de automóveis: Corrida contra o Destino. No caso do Challenger atual, o desenho esportivo e cheio de maldade encontrou sua expressão máxima na versão SRT8 com motor Hemi de 6.1 litros e 425 cv, além da opção da transmissão manual. Mas o que é bom pode ficar mais apimentado.

Essa era a ideia do proprietário desse bólido quando procurou o experiente Ricardo Malanga, da Brabo Motorsport, veterano de vários recordes de velocidade e campeões de subida de montanha no currículo e cuja oficina está localizada no bairro de Pinheiros, em São Paulo.
Com esse plano “maldoso” em mente, o preparador tratou de encomendar um kit completo da Kenne Bell, modelo 2.8L, para extrair mais de uma centena de cavalos do V8. Esses superchargers são famosos nos Estados Unidos, já que a tradicional oficina Mr. Norm monta seus Mopars com os kits da marca.

Abrindo o capô a visão é magnífica. E limpa. Nada de cabos, fios ou tubos passando pelo motor. Parece que veio de fábrica desse jeito. Após os devidos acertos e reprogramação da injeção eletrônica, a cavalaria chegou aos 650 cv no motor. F*%$@!

A grande vantagem desse tipo de compressor é trabalhar desde as baixas rotações, de modo que não existem aqueles trancos comuns nos turbinados, mesmo com o baixo turbo lag nos sistemas atuais. Basta pisar de leve no acelerador para sentir a força e o torque monstruoso em ação.
Outra coisa legal do sistema é, sem dúvida nenhuma, o assobio das correias trabalhando em alta rotação. O ruído começa baixo e vai ganhando uma proporção incrível, engrossando e tomando conta de tudo ao seu redor. A dois quarteirões é possível ouvi-lo quando se está fora do carro. Incrível.

O interior do Challenger é bem confortável e, antes que alguém pergunte, lembra mesmo o rival Camaro. Aliás, ambos utilizam a caixa de câmbio Tremec 6060, manual de seis marchas, e também os freios da Brembo. As rodas, outra semelhança, são de vinte polegadas.

E assim conhecemos de perto mais um muscle car moderno. Agora só falta o Mustang GT (ou Shelby) para fazer o melhor de três e, claro, agradar aos apaixonados pela marca do oval azul. Já estou trabalhando nisso.
Fonte: jalopnik
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