6 de ago. de 2011

Especial: História dos automóveis elétricos

Foto: Divulgação
Especial: História dos automóveis elétricos
O despontar dos carros elétricos remonta do longínquo século XIX

por José Barros Rodrigues
do Automotor/Portugal

Em 1881, Charles Jeantaud, com a colaboração de Camile Faure (inventor da bateria de placas), construiu o primeiro veículo elétrico, na França. Esse veículo era uma simples charrete – adaptada com um eixo dianteiro giratório e uma cana de leme para apoio ao sistema de direção – com um motor Gramme e uma bateria Fulmen (que era uma patente de Faure).Este veículo serviu de laboratório móvel durante vários anos, e seus construtores ainda não tinham certeza quanto à possibilidade de explorar comercialmente o conceito. Os problemas típicos dos automóveis elétricos – autonomia e capacidade de subir grandes declives com carga – não estavam sendo resolvidos de forma satisfatória, e os dois homens dispunham de poucos recursos. Apesar disso, conseguiram divulgar os experimentos Europa adentro.

Primeiro, em 1887, abandonaram o motor Gramme e enveredaram por um motor inglês; mais tarde, em 1893, recorreram ao conjunto motor/baterias desenhado pelo suíço Tonate Thommasi. Em doze anos, o conceito estava definido, mas havia inúmeros problemas com a sua otimização.

Na realidade, a década de 80 do século XIX foi fértil na aparição de inúmeras experiências no domínio dos automóveis elétricos, tanto na Europa como nos Estados Unidos. No Reino Unido, desenvolveu-se um núcleo razoável de tentativas nesse campo. Os resultados das novas baterias propostas pela empresa Elwell-Parker foram animadores e Parker apresentou seu primeiro veículo elétrico em 1884. Mas, no outro lado do Atlântico, houve outros movimentos interessantes, graças aos trabalhos de Riker, Possons e Slattery.

Em 1890, William Morrison constrói o primeiro automóvel elétrico de quatro rodas, em Des Moines, nos Estados Unidos, utilizando baterias de chumbo. Este carro agregou inúmeras experiências e atingiu um grau de maturidade interessante.

É verdade que a autonomia não impressionou, mas a sua precisão e conforto no deslocamento de pequenas distâncias dentro da cidade deram uma imagem positiva ao modelo. Exibido na Exposição Mundial de Columbia, em 1893, a criação de Morrison gerou uma “onda tecnológica” capaz de seduzir novos empresários, mas também aqueles que, como Albert Pope, já haviam investido no automóvel com motor a combustão.

As características específicas da sociedade americana permitiram à indústria de automóveis elétricos alguma expansão. Aliás, um fenômeno idêntico aconteceria com o vapor, que teria maior volume e mais tempo de exposição no mercado norte-americano do que na Europa.

Para ilustrar melhor este momento, em 1900, dos 4.192 automóveis fabricados nos EUA, 1.681 eram a vapor, 1.575 eram elétricos e apenas 936 estavam equipados com motor a combustão. Este fator explica, em parte, porque a indústria recente dos automóveis elétricos está tão ligada aos Estados Unidos.
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

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