Às vezes os fabricantes – ou preparadores – acham que fazer um bom carro em uma categoria convencional é difícil demais, e em vez disso decidem criar um novo tipo de automóvel. Às vezes dá certo, mas quando tudo sai errado, você acaba com um carro que não faz sentido algum.
Neoclássico
Por que não faz sentido? Embora eles tenham sido criados com a intenção de ostentar um visual clássico e digno combinado com a confiabilidade de uma mecânica moderna, os carros neoclássicos como esse Mitsuoka da foto acima acabam sendo apenas bregas. Eles têm cheiro de falsificação e gosto questionável. A própria existência deles me leva a questionar a capacidade de discernimento de qualquer um que dirija uma dessas monstruosidades. Que fiquem restritos aos serviços de aluguel de carros para casamentos, bem longe da sua garagem, para o bem geral da nação. Crédito da foto: Fotopedia
Crossovers inflados
Por que não fazem sentido? Toda a conveniêcia de… alguma coisa, com um design… putz, a quem estamos enganando? Esses crossovers inflados são um saco. Eles não transportam tanta carga quanto uma picape, são mal projetados e têm visibilidade restrita para o seu tamanho. Eles também são baseados em carros menores, por isso você não pode pegar uma trilha com um desses. Além das mamães que ficam esperando seus filhos na escola, esses crossovers não servem para ninguém. Compre uma perua em vez disso.
Minivans
Por que não fazem sentido? São utilitários, claro. A maioria das minivans consegue engolir a família inteira e toda a bagagem para uma viagem de férias. Mas existem poucas maneiras de parecer mais careta e bobo que a bordo de uma minivan. Elas podem ser úteis em certas ocasiões, mas na maior parte do tempo sua família vai bem em uma perua. E se a perua tiver bancos retráteis no porta-malas, as crianças vão curtir andar acenando para os motoristas de trás.
Picapes e utilitários transformados em SUV
Por que não faz sentido? Acho que para algumas pessoas uma SUV não é grande o bastante. Não sei quem são, só sei que não quero nada com elas. Não vejo motivo algum para pegar um utilitário , instalar um interior mais confortável nele e vendê-lo como um Tropivan SUV gigante. Um Discovery 4 não é grande o bastante?
Picapes “executivas”
Por que não faz sentido? Ninguém bota muita fé automotiva num cara que dirige um Jetta, um Civic ou um Fusion e depois troca seu sedã por uma picape sem ter ido morar no meio do mato. Mas algumas marcas acham que sim. E muitos consumidores também. Por isso temos Amarok, L200 Triton e várias outras picapes que nunca vão trabalhar pesado.
SUV de luxo
Por que não faz sentido? Se o seu SUV nunca viu lama e não encara nada além de uns buracos no asfalto, você precisa trocá-lo por algo que tenha a estrela da Mercedes, o círculo da BMW ou quatro argolas entrelaçadas. Se você parar de comprar esses SUVs, as fábricas vão parar de fabricá-las e todos voltarão a comprar carros que não ignoram a segunda lei de Newton.
Aventureiros urbanos
Por que não faz sentido? Cross-isso e Adventure-aquilo cobram mais por um visual mais simples – incluindo aí os para-choques pretos – pelos mesmos itens de conforto que a versão base e nenhuma alteração mecânica além das suspensão mais alta (o que arruina a estabilidade). É meio como usar lentes de contato para mudar a cor dos olhos: você pagou caro para parecer algo que não é verdadeiro.
Esportivos híbridos
Por que não faz sentido? Veja bem, eu entendo que essas coisas são bem intencionadas. Qualquer tentativa de se divertir enquanto salva o mundo é um gesto bacana. Mas a tecnologia não resume tudo o que uma máquina deve ser, e o produto final é mais pesado e mais lento do que deveria ser.
SuperSUV
Por que não faz sentido? Vou deixar bem claro: a Aston Martin não precisa de um SUV. A Maserati não precisa de um SUV. A Spyker não precisa de um SUV. A DeTomaso não precisa de um SUV. Ouçam bem, seus executivos surdos, se esses russos excêntricos continuarem enchendo o saco de vocês pedindo um SUV, digam a eles para comprar um Land Rover Sport para cada dia da semana.
Crossovers esportivos
Por que não faz sentido? Uma das supostas vantagens dos crossovers é oferecer amplo espaço para os passageiros e/ou para bagagem, e quase sempre o preço a pagar por isso é um carro pesado e de comportamento dinâmico similar ao de um bêbado em uma bicicleta. Então você depara com o BMW X6M. O X6 é um crossover, mas ele trata mal os únicos dois passageiros que conseguem usar o banco de trás. Dirigir um desse como um esportivo é mais ou menos como se você estivesse sentado no teto de um M6. Mas ele é grande e caro e todos sabem disso. Essa é sua única função: mostrar para os outros que você é maior e mais rico. Que coisa mais besta…
Fonte:jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
Um comentário:
Muito bom.
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