Vettel não teve sustos: fez a pole position, uma excelente largada, liderou quase toda a prova, terminou com a melhor volta e não foi ameaçado. Apesar da facilidade neste domingo, o triunfo do alemão da RBR é um tapa com luva de pelica na Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que impôs a limitação no mapeamento dos motores a partir de Valência – as equipes não poderão mais mudar as configurações deles entre o treino classificatório e a corrida.
A medida, tomada claramente para frear o domínio da equipe austríaca, não teve o menor efeito no circuito espanhol. Nos momentos importantes do fim de semana, Vettel teve sobras de desempenho. O RB7 de Adrian Newey é, de longe, o melhor carro do ano e mesmo com as limitações continua a andar na frente.
Ainda na RBR, quem não consegue mesmo ameaçar Vettel é o companheiro Mark Webber. O australiano andou quase toda a corrida na segunda posição, mas nunca esteve em condições reais de ameaçar o alemão. O fato é que seu desempenho está bem distante do demonstrado na temporada do ano passado, quando ele chegou na última corrida do ano, em Abu Dhabi, como favorito ao título. Com a cabeça no lugar, Sebastian mostra, a cada corrida, que é bem superior ao veterano Webber. A persistir com este desempenho abaixo da média, duvido muito que ele emplaque mais uma temporada no time austríaco. O ex-piloto Helmut Marko, consultor da RBR, já demonstrou não ser seu fã. Para completar, ele ainda dá motivos para críticas.
Sobre as outras equipes, é bom ver a reação da Ferrari. É claro que as medidas da FIA deram uma ajudinha, mas o carro da equipe italiana deu um belo salto de desempenho após os GPs de Mônaco, do Canadá e da Europa. Em Valência, Fernando Alonso pressionou bastante Webber e, após a última rodada de pit stops, ganhou a segunda posição. Já Felipe Massa, após um problema em sua segunda parada nos boxes, ficou apenas em quinto, superado por Lewis Hamilton, da McLaren, que sofreu com o enorme desgaste dos pneus traseiros de sua McLaren. Apesar da falha da equipe, o brasileiro fez uma boa largada, mas ficou bem aquém do desempenho mostrado por seu companheiro espanhol. Já disse: a hora de reagir já passou há muito tempo.
A McLaren, por sua vez, teve um desempenho pífio se comparado aos resultados de Mônaco e do Canadá. Hamilton e Jenson Button estiveram longe de ameaçar os carros da RBR e da Ferrari na corrida. O vencedor da corrida em Montreal ainda teve problemas com o Kers e com o acionamento da asa móvel nesta corrida. Apesar disso, ainda se manteve na segunda posição do campeonato, mas agora empatado com Webber. A equipe inglesa terá um teste de fogo daqui a duas semanas, quando a Fórmula 1 chegar a Silverstone, para o GP da Inglaterra. Em sua corrida de casa, os carros prateados precisarão mostrar mais desempenho se ainda têm alguma esperança de enfrentar os touros austríacos nesta temporada da categoria.
A Williams, por sua vez, continua em seu inferno astral. Rubens Barrichello conseguiu uma 12ª posição, o máximo que poderia alcançar com o problemático carro da equipe inglesa. Já Pastor Maldonado, após alguns erros, ficou só em 18º. O mais bizarro deste fim de semana para o time, no entanto, foi a descoberta de um “buraco aerodinâmico” no carro do brasileiro. Isto na oitava corrida do ano! Para explicar: o chassi tem alguma deficiência que impede que o desempenho do modelo melhore ao longo do fim de semana. Por isso, a equipe nada tinha a fazer na pista. Agora é investigar a falha no túnel de vento de Grove, sede da Williams, para tentar resolver – ou ao menos minimizar – a crise antes da corrida na Inglaterra. É a decepção do ano.
Fonte: voandobaixo
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