20 de jun. de 2011

O Museu do Dodge no Brasil



No meio dos carros antigos, existem alguns caras cujo barato é colecionar os carros como vinhos antigos em uma adega. Já outros, preferem rodar com eles – de preferência, em uma bela estrada vazia. Alguns, encontram o prazer em um longo e criterioso processo de restauração; outros, preferem pesquisar e resgatar a história da marca em detalhes… E claro, não podemos esquecer daqueles que gostam de acelerar.
Alexandre Badolato é um cara que consegue ser tudo isso. Ele restaura, coleciona, acelera e tem um nível de conhecimento sobre os detalhes de acabamento e história dos Dodges nacionais que não caberiam em um livro – ainda que ele tenha escrito um muito bacana, e outro já esteja saindo do forno…
A paixão do cara chegou ao ponto dele idealizar – e construir – um espaço dedicado para a sua coleção, o que virou um dos mais preciosos registros de Dodges originais ou restaurados à condição máxima de originalidade. Esse lugar se chama Museu do Dodge, e é o que vocês vão conhecer neste post.

Impressionante, não? Neste espaço, temos aproximadamente 40 carros impecáveis – fora o enorme punhado que está em processo de restauração ou na fila de espera. São sedãs, cupês, carros únicos (como o último Dodge Dart fabricado no mundo, um modelo preto fabricado em 1981, chassi 93008) e raros – por exemplo, o Charger R/T 1977 branco com interior e teto bordô, da fotografia abaixo. Se o carro for raro, ele encara restaurações em um grau de dificuldade simplesmente épico – carcaças praticamente destruídas, após alguns meses, se tornam literalmente peças (itinerantes) de museu. Por essas e por outras (além de tudo, o cara é gente finíssima), ele é uma das lendas dos Dodges – se você tem contato com o meio, a chance de você ter ouvido falar dele é de uns… 150%.
Na verdade, eu não ia dizer isso, mas não resisto: o tal do R/T 77 branco com bordô, exatamente este, foi o meu primeiro Dodge. Não há a menor comparação entre o que ele já foi (ou o que ele poderia ter sido nas minhas mãos) e o que o Alexandre fez. Ele era quase um ferro velho perto do que é hoje: o nível de detalhamento chega ao ponto de se usar o mesmo vinil da época no teto – encontrado 0km, em um estoque antigo. Nem em 100 anos eu conseguiria levantar o carro desta forma, por isso digo que este carro não poderia ter tido um dono melhor do que ele. Bem, o meu atual Dart não terá esta sorte.
Por ser uma coleção privada, o Museu do Dodge não é um local aberto para visitação. Mas, vez ou outra, haverá visitações organizadas pelos clubes envolvidos com a marca (Chrysler Clube, Mopar Clube do Brasil, etc). Se você tiver a oportunidade, não deixe de ir. O site do Museu, com seção de histórias dos carros, classificados, blog e um fórum muito bacana, é outra dica imperdível.

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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