É possível personalizar com classe e cultura um simples Fuscão? Se você seguir o estilo da escola german look e se inspirar em seu primo mais forte, o Porsche, a resposta é sim. E como!
O Fusca é daqueles carros que qualquer pessoa consegue identificar de longe, mesmo que não entenda absolutamente nada de automóveis. Mais de vinte milhões foram produzidos, e boa parte ainda sobrevive. Resistência de tanque, versatilidade e durabilidade. Ontem mesmo vi um deles levando no bagageiro improvisado nada menos do que duas escadas e mais um carrinho de mão. E o valente Volkswagen seguiu subindo a rua com destreza.
Mas o simpático modelo acabou por se tornar uma referência de customização de um estilo próprio, o german look, surgido na década de 70 (se alguém tiver informações sobre a época exata basta escrever aí embaixo). A inspiração veio do primo rico de Stuttgart: o Porsche 911.
A receita é simples e transforma – literalmente – o sedã (deve ser o único que recebe essa designação com duas portas) em algo muito interessante. Rodas, faróis, bancos e, em casos extremos, um transplante de motores. Isso tudo faz com que o carro do povo adquira mais personalidade e estilo de sobra.
Esse é o caso do exemplar 1976 bege-alabastro do Ronaldo Franco. O jogo de rodas Fuchs de dezesseis polegadas chama a atenção logo de cara. Particularmente acho a versão pintada de preto muito estilosa. Enquanto estávamos fazendo as fotos duas ou três pessoas que praticavam cooper por ali teceram elogios à máquina.
Vamos aos detalhes. Além do já citado jogo de rodas, ele traz os piscas dianteiros e lanternas traseiras (vermelhas) da Hella, além da charmosa luz de ré no pára-choque. Na parte da frente faróis Cibié e os auxiliares também da Hella. Esse conjunto ótico provoca um efeito incrível. A cereja do bolo é o teto-solar que abre completamente, dando um toque único de esportividade ao modelo.
A idéia de deixar o carro com estilo europeu se estende ao interior. No painel o volante do Super Beetle se destaca, além de ter uma boa pegada. O painel de instrumentos traz o conta-giros em posição central e foi doado por um Porsche 914.
Originalmente o besouro tinha a sigla 1300 na tampa do motor. Pode esquecer. Levado à Concept Car, ele recebeu um coração novo, de 1,6 litro, dupla carburação e 90 cv. Ao girar a chave o ronco saudável de motor boxer toma conta do ambiente. Créditos para o pessoal da German, no bairro da Mooca.
Confesso que gosto de dirigir o Fusca e seus derivados. Muita gente acha o carro duro e demasiadamente rústico. Mas um exemplar acertado como esse e com um pouco de cavalaria é diversão na dose certa. O câmbio tem quatro marchas e o som do escape tomou conta da rua quase vazia.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
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