12 de jun. de 2011

Domínio e reação? por Rafael Lopes

Sebastian Vettel
Circuito Gilles Villeneuve. Asfalto abrasivo, pouco usado durante o ano, de alta velocidade, com curvas travadas e muros próximos. Uma pista completamente atípica na temporada da Fórmula 1, acostumada nos últimos anos aos suntuosos e espaçosos (e monótonos) circuitos projetados por Hermann Tilke.
Entretanto, o treino classificatório para o GP do Canadá, que será disputado neste domingo, viu poucas diferenças em relação às outras corridas desta temporada: Sebastian Vettel chegou à sua sexta pole em sete corridas de 2011, ampliando ainda mais seu domínio nos sábados. Entretanto, a tarefa para o piloto da RBR não será fácil neste domingo. A previsão é de muita chuva para a corrida, o que poderá provocar um verdadeiro caos no GP.
Com chuva ou sem chuva, na realidade, é óbvio que o favoritismo é de Vettel. Entretanto, na largada, ele terá ao seu lado na primeira fila o espanhol Fernando Alonso, que ficou apenas 18 milésimos na frente do companheiro Felipe Massa, o terceiro. A Ferrari mostrou um bom poder de reação neste GP, já que a pista não é tão exigente em termos aerodinâmicos. Se dá melhor quem tem um motor melhor e freios mais eficientes, já que as reduções e as trocas de marcha são muito bruscas. Este é o ponto forte do 150º Italia e, com pista seca, diria que o espanhol e o brasileiro seriam ameaças fortes ao domínio do líder do campeonato. Com pista molhada, entretanto, não dá para saber como os carros vão se comportar na corrida.
Felipe Massa
Sobre Felipe Massa, é bom ver o brasileiro mostrando poder de reação. Com o uso dos pneus macios e supermacios no Circuito Gilles Villeneuve, a Ferrari teve minimizados seus problemas de aquecimento dos compostos. O brasileiro conseguiu andar bem com os dois tipos e deu azar no fim do treino classificatório, quando Alonso o superou por muito pouco. Não é nada, não é nada, mas é uma esperança para quem torce por ele, já que fazia tempo – desde o GP da Malásia, que ele não demonstrava tanto apetite assim na pista. Temos de ver na corrida se o ânimo do brasileiro vai continuar desta forma e, sobretudo, se o azar que o acompanhou vai abandoná-lo. É uma corrida com bom potencial de resultado para ele.
A Williams, por sua vez, deu um alarme falso na sexta-feira, quando parecia que teria carro para andar entre os dez primeiros colocados. Neste sábado, a carruagem voltou a ser abóbora. Rubens Barrichello e Pastor Maldonado sofreram muito com o desempenho pífio do carro, mesmo com as atualizações levadas para Montreal. O brasileiro, em especial, teve muitas dificuldades para levar os freios dianteiros à temperatura ideal, o que atrapalha muito no Canadá. Com certeza, a dupla da equipe inglesa está torcendo mais do que ninguém por um dilúvio neste domingo. Sem isso, é quase impossível pensar em pontos neste GP. A luz vermelha continua acesa e piscando para os engenheiros do time nesta temporada.

Fonte: voandobaixo
Disponível no(a):http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo/

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