Quando o QQ foi lançado, em abril, previsão era de 25 mil carros. Hatch S18 chega em agosto com o primeiro motor flex da marca.
Chery investe em fábrica no Brasil e planeja lançar novos produtos (Foto: Raul Zito/ G1) |
"As vendas estão muito acima do que esperávamos. Metade do que esperamos será do QQ e 20% do Tiggo”, afirmou Curi durante evento organizado pela Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico (CBCDE) nesta terça-feira (21), em São Paulo. Segundo ele, mais dois modelos estão para chegar ao país, o S18 e o A13.
De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), de janeio a maio deste ano a Chery acumula 37% de participação no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves, com 5.012 unidades emplacadas. Os dados da entidade apontam ainda para o emplacamento de 748 unidades do modelo QQ (de abril a maio) e de 1.814 unidade do Face de janeiro a maio. Já o SUV Tiggo teve 1.479 unidades comercializadas no mesmo períiodo.
Os modelos A13 — hatch e sedã que concorrerão diretamente com o JAC J3 e J3 Turin — e hatch S18 também estão nos planos da fábrica brasileira, que será em Jacareí (SP). Enquanto a planta não ficar pronta, eles virão da China já com motor flex.
“O S18 chega em agosto deste ano. O A13 também virá antes da produção local; eles estão demorando por causa da adaptação do motor”, revelou Curi. O S18 é um hatch equipado com motor 1.3 de 90 cv de potência ao ser abastecido com etanol. Ele será o primeiro modelo da marca com propulsor bicombustível.
Chery QQ foi lançado em agosto (Foto: Priscila Dal Poggetto/G1) |
Por causa do rápido crescimento da Chery no país, a empresa, que está entre as maiores montadoras da China, virou propaganda para os chineses ampliarem a atuação no país. De acordo com o presidente da CBDE, Fernando Ou, a crise de 2008 que afetou fortemente os Estados Unidos e a Europa ajudou a fortalecer o Brasil e a China. “A parceria entre os dois países é muito importante e tem muito futuro. Precisamos atrair mais associados para a câmara, porque este conceito de que produto chinês é barato e de má qualidade já foi”, destacou Ou.
Embora o presidente da CBCDE ressalte que a falta de qualidade dos produtos chineses seja um problema do passado, a Chery do Brasil continua a ser questionada sobre o seu produto de maior volume em vendas, o compacto QQ. Sobre a principal característica negativa do modelo, a falta de estabilidade, Curi afirma que as críticas não atrapalharam as vendas porque o QQ é um carro urbano. “O QQ não foi feito para disputar velocidade, nem enduro. Tanto é que ele vende muito bem, é um sucesso há três anos no Chile”, argumentou.
Enquanto a China procura mais acordos com brasileiros, a Chery busca a consolidação no país. O plano que já tem mais de quatro anos começa agora a ser colocado em prática pela empresa, com a inauguração da pedra fundamental da fábrica de Jacareí marcada para 19 de julho. O investimento é de R$ 400 milhões e a produção está prevista para começar no segundo semestre de 2013, com capacidade instalada para a fabricação de 170 mil unidades por ano.
Guias de importação
Sobre as modificações do governo no processo de importação de veículos, que aumenta barreiras com a exigência de uma licença prévia para a liberação de guias, Curi afirma que nada está definido na prática. Segundo ele, 5 mil carros da Chery estão no aguardo da liberação das guias para serem importados. “Até agora, nada foi liberado. Temos entre três a quatro semanas para esta demora não atrapalhar nossos estoques”, diz.
Fonte: G1
Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros/
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