8 de jun. de 2011

Bahrein perde alto dinheiro investido com cancelamento de GP

Bernie Ecclestone, que possui os direitos da F1, durante entrevista. Foto: AP
Ecclestone anunciou nesta quarta-feira que o Bahrein não terá condições de receber o GP
Foto: AP
O cancelamento do GP do Bahrein deste ano, determinado nesta quarta-feira, deve representar um duro e humilhante golpe para a pequena ilha árabe. Protestos contra o governo já haviam forçado o cancelamento da corrida de Fórmula 1 em março; no entanto, após o fim do estado de emergência no emirado, decretado na semana passada, autoridades do esporte haviam dito que a corrida aconteceria em 30 de outubro.

Entretanto, a falta de apoio das equipes deve inviabilizar a realização da prova, disse o principal dirigente da categoria, Bernie Ecclestone.
Não é surpresa o fato de a corrida ser divulgada na maioria dos cartazes nas ruas de Manama, a capital do Bahrein. Sediar um GP de F1 é parte da visão que o emirado adotou para si mesmo - a de um reino disposto a abraçar a modernidade ao mesmo tempo em que preserva sua herança cultural. É difícil ignorar o orgulho que os nativos sentem ao falar de como seu país se tornou o primeiro do Oriente Médio a sediar uma corrida da categoria mais prestigiada do automobilismo.
A corrida representa a satisfação de ter dado um passo na luta para colocar Bahrain no mapa. "Fale-me de qualquer outra coisa que dê ao Bahrein exposição imediata para 200 ou 300 milhões de pessoas em todo o mundo", diz o chefe-executivo do circuito, Salman bin Isa Al Khalifa.
"Imagine que ele nos dá a oportunidade estar no mesmo círculo de elite que outros 20 países, entre eles potências como China, Inglaterra e Alemanha", completou.
A exposição mundial gerada pela F1 é o que mais importa para o reino de 717 km² e população de 800 mil pessoas, mas isso não significa que o evento não tenha críticos dentro do país.
O circuito foi construído em prazo recorde de 16 meses e foi criticado por causa do custo. Bahrein não é tão rico como outros vizinhos produtores de petróleo.
o entanto, mesmo os críticos reconhecem que os ganhos financeiros valem o investimento. Segundo Al Khalifa, o retorno direto da F1 varia de US$ 130 milhões a US$ 200 milhões (de R$ 205 milhões a R$ 316 milhões) anualmente, sem contar os benefícios indiretos para a economia.
Isso em tempos normais. Nesta época de crise, é difícil imaginar como o reino poderá retomar a realização da prova sem o apoio dos pilotos e das escuderias.

Fonte: terra.com.br
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br

Nenhum comentário: