9 de jun. de 2011

As dez últimas voltas mais idiotas do automobilismo



Errar é humano, então quando os pilotos super-humanos erram, são geralmente nas horas super-ruins. Esta lista serve para lembrar que até ultrapassar a bandeira quadriculada você não venceu.



500 milhas de Indianápolis de 2011
O responsável: JR Hildebrand
O carro: Dallara IR-05/Honda Indy V8
O resultado: o novato JR Hildebrand liderava o maior evento automobilístico dos Estados Unidos em sua última volta. Ao ver retardatários à frente e com o veloz Dan Wheldon atrás, ele optou por não contornar a curva 4 de maneira segura rumo à linha de tijolos, ao invés disso continuou acelerando, ultrapassando pela parte de cima da curva. Ele foi um pouco alto demais no traçado e foi cumprimentar o muro, destruindo o carro, mas ao menos conseguiu cruzar mancando a linha de chegada para ficar com o segundo lugar.

Petit Le Mans 2010
O responsável: Toni Villander
O carro: Risi Competizione Ferrari F430 GTE
O resultado: nas últimas voltas da prova, a Risi tentou trazer Villander aos pits para um rápido reabastecimento. Infelizmente, ele entendeu o “rápido” mas não o “reabastecimento”, e na última volta o combustível acabou, parando no meio da pista de Road Atlanta. Não só foi ultrapassado por um Corvette, mas no meio tempo ele entregou de bandeja o campeonato de construtores para a BMW. O carro terminou em 12⁰ lugar, o 3⁰ de sua categoria.

Indy Lights 2008 em Mid Ohio
O responsável: Johnny Reid
O carro: Indy Lights
O resultado: Reid liderava sob bandeira amarela na penúltima volta, quando o safety car entrou nos boxes para deixar os carros receberem a bandeira quadriculada na última volta. Reid, pensando que a prova havia terminado, seguiu para os pits na volta seguinte. Ao fazer isso, ele entregou a vitória a James Davison, sua primeira vitória na categoria.

500 milhas de Daytona de 1991
O responsável: Ernie Irvan
O carro: Morgan-McLure Kodak Chevrolet
O resultado: nós incluímos este final não porque Ernie Irvan fez uma burrada, mas por causa da sua sorte. Faltando duas voltas, o segundo e terceiro colocados Dale Earnhardt e Davey Allison brigavam por posição quando Earnhardt perdeu o controle ao lado de Allison e mandou ambos para fora da pista. No meio da confusão, Kyle Petty também se acidentou e a corrida ficou sob bandeira amarela. Ernie Irvan liderava, mas estava com muito pouco combustível, tanto que quando o pace car saiu, ele parecia se arrastar pela pista. Cruzou a linha em primeiro lugar com o motor seco, e o carro morreu antes de chegar ao pódio. Se não fosse a bandeira amarela no final, ele não teria combustível suficiente para completar as duas voltas e vencer.

Grande Prêmio da Áustria de 2002
O responsável: Michael Schumacher, Rubens Barrichello
O carro: Ferrari F2002
O resultado: na última curva da última volta antes da última reta antes da bandeirada final, Barrichello finalmente abre passagem para a vitória de Michael Schumacher, trazendo à tona todo o tipo de polêmica. A Ferrari foi multada em um milhão de dólares pela tentativa de Schumacher em mostrar humildade ao dar o degrau mais alto do pódio a Barrichello, e a FIA anunciou na corrida seguinte que ordens de equipe que afetem o resultado de uma prova estavam proibidas. Tarde demais.

Grande Prêmio dos Estados Unidos de 2005
O responsável: Michelin
O carro: todo o grid, exceto os seis carros com pneus Bridgestone
O resultado: o GP norte-americano de 2005 será lembrado como uma piada. Uma farsa. Uma ofensa ao público pagante e aos fãs da Fórmula 1 em todo o mundo. A Michelin chegou à prova com pneus que não suportavam as forças neles aplicadas na curva 13 em Indianápolis (curva 1 na configuração tradicional). Depois de alguns acidentes durante os treinos e a classificação, eles clamaram às equipes com os seus pneus que não participassem da corrida. As equipes ouviram (apesar das ameaças de multas e outras retaliações da FIA) e apenas Ferrari, Minardi e Jordan correram a prova. A Ferrari logo sumiu na liderança (apesar de praticamente se eliminarem da prova em certo ponto) fazendo da prova uma bizonha volta olímpica para a equipe. O que se seguiu foi um constrangimento que demorou a passar.

F3000 em Mônaco, 2003
O responsável: Bjorn Wirdheim
O carro: Lola B02/50 – Zytek/Judd KV
O resultado: embriagado com a ideia de vencer em Mônaco, Bjorn desacelerou até quase parar na pista, bem em frente ao seu Box para parabenizar a equipe, acreditando que já tinha recebido a bandeirada. Infelizmente, a linha de chegada estava alguns metros à sua frente. Nicolas Kiesa, até então em segundo lugar, o ultrapassou para faturar a vitória. Apesar da trapalhada, ele levaria o campeonato da Fórmula 3000 naquele ano.

Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1998
O responsável: Michael Schumacher
O carro: Ferrari F300
O resultado: faltando duas voltas, Schumacher foi punido com um stop & go por uma ultrapassagem sob bandeira amarela. A FIA lhe aplicou a penalidade depois do prazo (até 25 minutos após o incidente) o que deixou a Ferrari com muito pouco tempo para fazer seu piloto cumpri-la. Schumacher entrou no pit lane na última volta, cruzou a linha de chegada por ali mesmo e venceu a prova antes mesmo de alcançar seu box, parou, cumpriu a punição e então foi fazer a volta olímpica. Mais tarde, a FIA decidiu que pelo fato dos comissários terem perdido o prazo, a penalidade de Schumacher deveria ser anulada, e os resultados permaneceram. A McLaren protestou, a FIA os ignorou, e os três comissários que pisaram na bola pediram demissão.

500 milhas de Daytona de 1976
O responsável: Richard Petty, David Pearson
O carro: STP Dodge, Wood Brothers Mercury
O resultado: Petty liderava a prova na última volta quando foi ultrapassado na reta oposta por Pearson. Ele tentou recuperar a liderança na última curva, mas acabou atingindo o carro de Pearson, mandando ambos rodando para o gramado. Pearson conseguiu manter seu carro andando, Petty não. Atolado na terra com o motor afogado, o “Rei” teve seu carro empurrado pela equipe para ficar com o segundo lugar, depois que Pearson conseguiu cruzar a linha de chegada antes.

Grande Prêmio do Canadá de 1991

O responsável: Nigel Mansell

O carro: William FW14

O resultado: Nigel Mansell, com uma grande vantagem na última volta da corrida, reduziu drasticamente para acenar para a galera. O giro no motor em seu Williams caiu demais no hairpin e o motor parou em meio a uma vantagem de 57 segundos sobre o segundo colocado, Nelson Piquet. Mansell havia liderado as 68 voltas anteriores da prova de 69 voltas, mas entregou a vitória de bandeja para Piquet. A ação começa aos nove minutos do vídeo.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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