18 de jun. de 2011

Acelerando o BMW 1M na Fazenda Capuava



Na sexta-feira o despertador tocou como sempre faz. Olhei e o relógio marcava cinco horas. A manhã ainda nem havia nascido, mas eu tinha um motivo especial para levantar com disposição. No dia anterior, a assessoria de imprensa da BMW havia confirmado meu teste com o novo 1M no BMW M Power Tour.
Por volta das sete horas encontrei outros colegas na sede da empresa e partimos em direção à Fazenda Capuava, em Indaiatuba.

Chegando lá, a fila de modelos da linha M me fez esquecer do vento frio e pensar em algo divertido. Após uma breve apresentação, foi a vez do veterano Ingo Hoffmann dar as boas-vindas e passar orientações gerais sobre o traçado. O piloto Cesar Urnhani também fez algumas observações.
Pouco depois das nove mostrei minha credencial na saída do box e fui direto ao primeiro carro da fila. O pequeno 1M na cor Laranja Valencia, a mais bonita em minha opinião, me esperava, pronto para destilar seu veneno no asfalto. O canhãozinho traz um motor de seis cilindros em linha, 3,0 litros, biturbo e com 340 cv.
Abri a porta e me acomodei com facilidade. Tudo à mão. Ao invés da chave, um cartão deve ser inserido, e na seqüência basta pressionar o botão Start. Coloquei o cinto de segurança, arrumei os retrovisores e apertei o botão mágico. O ronco conhecido dos seis cilindros ecoou ainda tímido, mas imponente.
A transmissão é manual de seis velocidades e não existe opção de câmbio automático. Os puristas agradecem. Certamente já falei em outros posts que sou um entusiasta dos dois modos, o clássico e o moderno, com paddle shifts de sete ou oito marchas. Mas a idéia de controle, evidenciada também na apresentação do modelo, é inequivocamente verdadeira.
No primeiro trecho fui me acostumando com a máquina. Estudando suas reações e comportamento. As rodas de 19 polegadas seguram o carro no chão e o bloqueio do diferencial garante estabilidade sob qualquer circunstância. O motor parece ignorar os 1.570 kg da carroceria.

(escolha a opção 720 para qualidade máxima)
Na segunda volta, antes de entrar na reta, decidi apimentar o passeio. Redução de marcha e pé embaixo. Uma característica da pista é o tamanho reduzido, mas a sensação de pisar fundo até a faixa vermelha dispensa outras coisas.
Mais uma redução e contornei a curva com precisão germânica. O ponteiro do conta-giros seguiu espetando as altas rotações, as turbinas em conjunto com a injeção direta de combustível alimentam as seis bocas, que engolem a gasolina e o asfalto com voracidade.
Seqüência de S. Corpo colado no banco. O 1M parece um kart e segue, usando um velho chavão, como se rodasse sobre trilhos. Os engates do câmbio são curtos e diretos, com funcionamento perfeito. O carro veste o motorista e comecei a fazer parte do cenário. Uma experiência única.
Logo à frente estacionei ao lado da pista e chegou a vez de mudar de modelo. Dessa vez o X6 M me aguardava. De um carro pequeno para uma SUV diferente do convencional. Nessa havia a opção de trocas no volante, algo que, particularmente, prefiro fazer depois de conhecer um pouco mais do veículo. O tempo era curto e preferi colocar em Drive.
Mudança total de patamar. A visão de cima é bem diferente. O ronco também. O modelo traz sob o capô um bloco de 4,4 litros, V8, biturbo, com 555 cv e 68 kgfm de torque. A transmissão esportiva é de seis marchas e percebe o estado de espírito do motorista.
Algumas coisas devem ser ditas sobre o carro. A tração integral estimula uma tocada mais agressiva e o Adaptive Drive não permite o excesso natural de torção da carroceria nas curvas. O que é ótimo. No miolo da pista os pneus cantam levemente, mas basta apontar a máquina que ela obedece prontamente.

As três voltas passaram rápido. Esse foi o único problema. Ainda foi possível acompanhar a evolução dos modelos M expostos e, se alguém teve tempo, disputar uma corrida de autorama. Na saída virei pra trás e troquei alguns olhares com o 1M. Em seguida ele partiu rasgando a reta. Vai deixar saudades.
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Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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