O fim de semana do GP da Espanha começou de uma forma bem familiar para a Fórmula 1 em 2011: com a RBR na frente. Entretanto, não foi Sebastian Vettel que dominou a sexta-feira de treinos livres, e sim o australiano Mark Webber.
O veterano dominou os dois treinos livres e deixou o companheiro apenas na terceira posição, atrás ainda de Lewis Hamilton, da McLaren, o segundo colocado. Não sei se é um indício do que poderá acontecer neste sábado, mas me parece claro que os últimos resultados de Webber deram força a ele. De quebra, ele se dá muito bem com o circuito de Barcelona: venceu a corrida do ano passado.
Mas ainda acho arriscado apostar em alguém para a pole sem ser Sebastian Vettel. O alemão pareceu andar em um ritmo bem mais tranquilo nesta sexta, mais preocupado com o acerto de corrida. Na primeira sessão, sequer chegou a usar o Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers). Quanto às equipes, a RBR está sobrando, claramente. A equipe não costuma demonstrar todo seu potencial nos treinos livres, o que parece ter se repetido hoje. O circuito de Barcelona é conhecido por privilegiar os carros mais bem projetados, caso do RB7 de Adrian Newey deste ano. Acho que veremos mais um capítulo do domínio dos touros neste sábado.
A McLaren foi a equipe que mais se aproximou da RBR nesta sexta. Com um extenso pacote de atualizações, a equipe inglesa parece apta a manter, pelo menos, o patamar de segunda melhor equipe do ano. Hamilton foi o segundo e Jenson Button, o quarto. Os engenheiros da equipe disseram ter de 10 a 12 novidades no carro em Barcelona. Já a Ferrari apostou em um aerofólio traseiro no limite das regras, para tentar se aproveitar do espaço do acionamento da asa móvel – após uma inspeção, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) vai anunciar neste sábado se o time poderá usar a novidade no GP. De contrato aumentado até 2016, Fernando Alonso foi mais uma vez quinto, três posições à frente de Felipe Massa, o oitavo.
Aliás, a grande chave da corrida será o uso dos pneus superduros, levados pela primeira vez pela Pirelli para uma corrida. Nesta sexta-feira, quase todos os pilotos reclamaram da falta de desempenho e da durabilidade não tão grande do composto. Segundo eles, a diferença entre os desempenhos dos dois tipos chega a quase três segundos. Ou seja: a maior parte do grid terá de usar os macios também no Q1, onde eles costumam ser economizados. Na corrida, os superduros devem ser usados no menor trecho de prova. A grande questão é saber em qual. As equipes terão de jogar xadrez com a estratégia, o que aumenta a imprevisibilidade.
Para encerrar, a Williams. A equipe inglesa estreou várias novidades nesta sexta-feira, mas ainda assim ficou bem longe dos tempos marcados pelos primeiros colocados. Mas ainda é muito prematuro para uma análise. Cabe esperar neste sábado como será o desempenho do time no último treino livre e na classificação. Não dá para saber a carga de combustível dos dois carros. Rubens Barrichello disse que o objetivo para o fim de semana é minimizar os problemas. Diria que se a Williams conseguir marcar um pontinho já é motivo de festa.
Fonte: voandobaixo/
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