Land Rover Freelander 2 HSE mistura tecnologias off-road e bastante conforto no uso urbano
por Marcelo Cosentino e Igor Macário
Quando a Land Rover lançou o Freelander, em 1997, alguns puristas torceram o nariz. Era o primeiro veículo da marca britânica com estrutura monobloco. Mas o fato é que o utilitário “urbanizado” logo se tornou um sucesso de vendas e hoje, 14 anos depois, atingiu a respeitável marca de 250 mil unidades produzidas em todo o mundo.
No Brasil, o cenário também é favorável. Por aqui, a Land Rover obteve um crescimento de 54% de suas vendas no primeiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado. Resultado bastante impulsionado pelo Freelander 2, que somou 609 das 1.479 Land Rover comercializadas no país 41,1% das vendas. Para se manter atualizado, o Freelander 2 ganhou em agosto do ano passado uma leve reestilização, que trouxe novos para-choques, grade do radiador e lanternas
O Freelander 2 segue com precisão a filosofia do segmento de modelos off-road premium, que pede carros com muito conforto, aparato tecnológico de primeira e motores potentes. E isso tudo sem abrir mão da tradição fora de estrada da marca. As vendas no Brasil são boas, é verdade, mas por trás da média de 203 unidades somada no primeiro trimestre deste ano está o fator preço. É que o Freelander 2 é o modelo mais barato da Land Rover. Sua configuração inicial S parte de R$ 122 mil e a intermediária SE sai por R$ 143.900. Já o modelo a topo de linha HSE atinge R$ 169.900. Uma versão ainda mais cara e limitada a 300 unidades, a Freelander 2 Sport Limited, ainda vai desembarcar no Brasil, provavelmente em julho, com mais luxo e sofisticação.
Apesar da diferença de até R$ 47,9 mil entre as versões à venda no Brasil, todas trazem sob o capô o mesmo motor 3.2 litros a gasolina com seis cilindros em linha, 24 válvulas e bloco e cabeçotes em alumínio. Esta unidade de força gera 233 cv de potência a 6.300 rotações e tem torque máximo de 32,2 kgfm aos 3.200 giros. A caixa de marchas também é uma só para todas as configurações: a transmissão CommandShift, com seis velocidades e opção de trocas manuais sequenciais.
Como se espera de qualquer Land Rover, o Freelander é dotado de vocação off-road e de tração integral embora na Europa exista desde o ano passado uma versão 4X2 do modelo. O responsável por administrar o Freelander nos pisos mais variados é o sistema Terrain Response, que oferece cinco modos de tração: “situações gerais”, “areia”, “lama”, “grama/neve” e “pedras”. Habitual nos Land Rover, o sistema pode ser operado através de um botão giratório no console central. O Freelander ainda conta com o HDC, controle de descida em declives.
Em relação ao design, o Freelander apresenta um visual sóbrio e conservador, como todos os carros da marca. O rasgo de ousadia estilística da fabricante inglesa ficará por conta do “fashionista” Range Rover Evoque, que estreia na Europa em setembro e desembarca no Brasil no segundo semestre. Quanto ao Freelander, sua dianteira traz faróis retangulares e nova grade com barras cromadas paralelas, onde o símbolo da marca inglesa é ostentado do lado esquerdo. O capô conta com vincos bem marcados e a assinatura “Land Rover” na ponta. Na lateral, a volumosa caixa de rodas realça a robustez e a linha de cintura acima das maçanetas corta o carro de ponta a ponta. Na traseira, há abundância de cortes retos. Sob o vidro posterior se destaca uma barra cromada que transmite algum requinte e, acima dele, um pequeno aerofólio garante um suspiro de esportividade ao modelo. As lanternas quadradinhas com dupla parábola seguem o estilo dos faróis.
Oferecido no Brasil por R$ 169.900, Freelander 2 HSE acaba disputando consumidores abonados com modelos maiores e equipados com motores diesel. É o caso do Toyota Hilux SW4 4.0 V6, Jeep Grand Cherokee e do Pajero Dakar 3.2. Estes partem respectivamente de R$ 149 mil, R$ 154.900 e R$ 155 mil. Em sua versão mais cara, a Freelander é, logicamente, mais “recheada”. Nela estão sensores de obstáculos dianteiros e traseiros, tela central de sete polegadas sensível ao toque com informações do GPS, rádio/CD/MP3 e Bluetooth, faróis bixênon autodirecionais e teto solar duplo, entre outros. Apesar de se sentir muito à vontade no asfalto, o Freelander 2 felizmente não perde de vista a vocação “lameira” que tornou a Land Rover conhecida em todo mundo.
Instantâneas
# A segunda geração do Freelander, lançada em 2007, é fabricada na Inglaterra e montada em CKD na Jordânia e na Índia.
# A Land Rover atualmente pertence à indiana Tata Motors. Antes, a marca britânica passou pelas mãos da BMW e da Ford.
# Uma possível falha no conector do airbag do motorista levou 2.019 unidades do Freelander 2 às concessionárias da marca para um recall em dezembro de 2010.
# A Land Rover confirmou que terá veículos híbridos até 2013. Os modelos cotados para receber a tecnologia “verde” são o Range Rover e o Discovery. O Evoque e o Freelander ainda não estão nos planos híbridos da marca.
Ficha técnica
Land Rover Freelander 2 HSE
Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 3.192 cm³, seis cilindros em linha e quatro válvulas por cilindro com comando duplo de válvulas variável. Bloco e cabeçote em alumínio. Injeção eletrônica multiponto sequencial.
Transmissão: Câmbio automático com seis velocidades à frente e uma a ré com modo manual sequencial na alavanca. Tração integral com sistema eletrônico Terrain Response de tração variável sob demanda, de acordo com o tipo de terreno. Controles eletrônico de tração e de auxílio em declives.
Potência máxima: 233 cv a 6.300 rpm.
Torque máximo: 32,3 kgfm a 3.200 rpm.
Diâmetro e curso: 84 mm X 96 mm. Taxa de compressão: 18,8:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços triangulares transversais, amortecedores hidráulicos, molas helicoidais e barra estabilizadora. Traseira independente, com braços longitudinais, triangulares e transversais, amortecedores hidráulicos, molas helicoidais e barra estabilizadora. Controle eletrônico de estabilidade.
Freios: Discos ventilados na frente e atrás. ABS, EBD e controle de frenagem em curvas.
Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,50 metros de comprimento, 1,91 metro de largura, 1,74 metro de altura e 2,66 metros de distância entre-eixos. Oferece airbags duplos frontais, laterais dianteiros e traseiros, do tipo cortina e de joelho de série.
Peso: 1.775 kg em ordem de marcha, com 550 kg de carga útil.
Capacidade do porta-malas: 755 litros.
Tanque de combustível: 70 litros.
Capacidades off-road: Ângulo de ataque de 31º, ângulo de saída de 34º. Capacidade de submersão de 50 cm.
Lançamento desta geração: 2006.
Lançamento no Brasil: 2006.
por Marcelo Cosentino e Igor Macário
Quando a Land Rover lançou o Freelander, em 1997, alguns puristas torceram o nariz. Era o primeiro veículo da marca britânica com estrutura monobloco. Mas o fato é que o utilitário “urbanizado” logo se tornou um sucesso de vendas e hoje, 14 anos depois, atingiu a respeitável marca de 250 mil unidades produzidas em todo o mundo.
No Brasil, o cenário também é favorável. Por aqui, a Land Rover obteve um crescimento de 54% de suas vendas no primeiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado. Resultado bastante impulsionado pelo Freelander 2, que somou 609 das 1.479 Land Rover comercializadas no país 41,1% das vendas. Para se manter atualizado, o Freelander 2 ganhou em agosto do ano passado uma leve reestilização, que trouxe novos para-choques, grade do radiador e lanternas
O Freelander 2 segue com precisão a filosofia do segmento de modelos off-road premium, que pede carros com muito conforto, aparato tecnológico de primeira e motores potentes. E isso tudo sem abrir mão da tradição fora de estrada da marca. As vendas no Brasil são boas, é verdade, mas por trás da média de 203 unidades somada no primeiro trimestre deste ano está o fator preço. É que o Freelander 2 é o modelo mais barato da Land Rover. Sua configuração inicial S parte de R$ 122 mil e a intermediária SE sai por R$ 143.900. Já o modelo a topo de linha HSE atinge R$ 169.900. Uma versão ainda mais cara e limitada a 300 unidades, a Freelander 2 Sport Limited, ainda vai desembarcar no Brasil, provavelmente em julho, com mais luxo e sofisticação.
Apesar da diferença de até R$ 47,9 mil entre as versões à venda no Brasil, todas trazem sob o capô o mesmo motor 3.2 litros a gasolina com seis cilindros em linha, 24 válvulas e bloco e cabeçotes em alumínio. Esta unidade de força gera 233 cv de potência a 6.300 rotações e tem torque máximo de 32,2 kgfm aos 3.200 giros. A caixa de marchas também é uma só para todas as configurações: a transmissão CommandShift, com seis velocidades e opção de trocas manuais sequenciais.
Como se espera de qualquer Land Rover, o Freelander é dotado de vocação off-road e de tração integral embora na Europa exista desde o ano passado uma versão 4X2 do modelo. O responsável por administrar o Freelander nos pisos mais variados é o sistema Terrain Response, que oferece cinco modos de tração: “situações gerais”, “areia”, “lama”, “grama/neve” e “pedras”. Habitual nos Land Rover, o sistema pode ser operado através de um botão giratório no console central. O Freelander ainda conta com o HDC, controle de descida em declives.
Em relação ao design, o Freelander apresenta um visual sóbrio e conservador, como todos os carros da marca. O rasgo de ousadia estilística da fabricante inglesa ficará por conta do “fashionista” Range Rover Evoque, que estreia na Europa em setembro e desembarca no Brasil no segundo semestre. Quanto ao Freelander, sua dianteira traz faróis retangulares e nova grade com barras cromadas paralelas, onde o símbolo da marca inglesa é ostentado do lado esquerdo. O capô conta com vincos bem marcados e a assinatura “Land Rover” na ponta. Na lateral, a volumosa caixa de rodas realça a robustez e a linha de cintura acima das maçanetas corta o carro de ponta a ponta. Na traseira, há abundância de cortes retos. Sob o vidro posterior se destaca uma barra cromada que transmite algum requinte e, acima dele, um pequeno aerofólio garante um suspiro de esportividade ao modelo. As lanternas quadradinhas com dupla parábola seguem o estilo dos faróis.
Oferecido no Brasil por R$ 169.900, Freelander 2 HSE acaba disputando consumidores abonados com modelos maiores e equipados com motores diesel. É o caso do Toyota Hilux SW4 4.0 V6, Jeep Grand Cherokee e do Pajero Dakar 3.2. Estes partem respectivamente de R$ 149 mil, R$ 154.900 e R$ 155 mil. Em sua versão mais cara, a Freelander é, logicamente, mais “recheada”. Nela estão sensores de obstáculos dianteiros e traseiros, tela central de sete polegadas sensível ao toque com informações do GPS, rádio/CD/MP3 e Bluetooth, faróis bixênon autodirecionais e teto solar duplo, entre outros. Apesar de se sentir muito à vontade no asfalto, o Freelander 2 felizmente não perde de vista a vocação “lameira” que tornou a Land Rover conhecida em todo mundo.
Instantâneas
# A segunda geração do Freelander, lançada em 2007, é fabricada na Inglaterra e montada em CKD na Jordânia e na Índia.
# A Land Rover atualmente pertence à indiana Tata Motors. Antes, a marca britânica passou pelas mãos da BMW e da Ford.
# Uma possível falha no conector do airbag do motorista levou 2.019 unidades do Freelander 2 às concessionárias da marca para um recall em dezembro de 2010.
# A Land Rover confirmou que terá veículos híbridos até 2013. Os modelos cotados para receber a tecnologia “verde” são o Range Rover e o Discovery. O Evoque e o Freelander ainda não estão nos planos híbridos da marca.
Ficha técnica
Land Rover Freelander 2 HSE
Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 3.192 cm³, seis cilindros em linha e quatro válvulas por cilindro com comando duplo de válvulas variável. Bloco e cabeçote em alumínio. Injeção eletrônica multiponto sequencial.
Transmissão: Câmbio automático com seis velocidades à frente e uma a ré com modo manual sequencial na alavanca. Tração integral com sistema eletrônico Terrain Response de tração variável sob demanda, de acordo com o tipo de terreno. Controles eletrônico de tração e de auxílio em declives.
Potência máxima: 233 cv a 6.300 rpm.
Torque máximo: 32,3 kgfm a 3.200 rpm.
Diâmetro e curso: 84 mm X 96 mm. Taxa de compressão: 18,8:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços triangulares transversais, amortecedores hidráulicos, molas helicoidais e barra estabilizadora. Traseira independente, com braços longitudinais, triangulares e transversais, amortecedores hidráulicos, molas helicoidais e barra estabilizadora. Controle eletrônico de estabilidade.
Freios: Discos ventilados na frente e atrás. ABS, EBD e controle de frenagem em curvas.
Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,50 metros de comprimento, 1,91 metro de largura, 1,74 metro de altura e 2,66 metros de distância entre-eixos. Oferece airbags duplos frontais, laterais dianteiros e traseiros, do tipo cortina e de joelho de série.
Peso: 1.775 kg em ordem de marcha, com 550 kg de carga útil.
Capacidade do porta-malas: 755 litros.
Tanque de combustível: 70 litros.
Capacidades off-road: Ângulo de ataque de 31º, ângulo de saída de 34º. Capacidade de submersão de 50 cm.
Lançamento desta geração: 2006.
Lançamento no Brasil: 2006.
Ponto a ponto
Desempenho: Os 233 cv do motor demoram um pouco a aparecer. A primeira marcha é longa e o câmbio leva tempo na hora de efetuar as trocas, o que passa a impressão de fraqueza inicial, apesar dos bons 32,2 kgfm de torque do seis cilindros. O resultado é que, no trânsito, o carro tem respostas mais lentas que o esperado. No entanto, quando é possível pisar fundo, o Freelander desperta e avança com decisão e vigor. Conforme as marchas se sucedem, o carro se mostra bom de estrada e sempre pronto para ultrapassagens rápidas. Nota 8.
Estabilidade: As rodas de 19 polegadas com pneus de perfil baixo podem não combinar com as capacidades off-road do carro, mas aderem bem no asfalto. Sempre grudado no chão, é difícil fazer o Freelander sair da trajetória se o motorista abusar, ainda há o ESP para possíveis correções. A direção é precisa e rápida, e se mantém comunicativa até os 160 km/h. A partir desta velocidade são necessárias pequenas correções no volante. Nota 8.
Interatividade: Todos os comandos são bem posicionados e estão ao alcance do motorista. Apesar de ter grande quantidade de botões no console, a operação é fácil e intuitiva. A tela sensível ao toque só conta com o GPS, e poderia incluir mais funções, como o rádio, para reduzir a poluição visual no interior. A posição de dirigir é boa e os bancos com regulagens elétricas acomodam bem os passageiros da frente. O painel de instrumentos é simples, mas muito eficiente e de fácil visualização. O volante tem botões que acionam o rádio e controle de velocidade de cruzeiro. Nota 9.
Consumo: A unidade testada não conseguiu mais de 5,2 km/l em percurso 2/3 na cidade. Apesar do tanque de 70 litros, a autonomia é reduzida pela sede do motor. Nota 5.
Tecnologia: Estão presentes sistemas de controle de estabilidade, de tração e ABS. O Terrain Response dá um show no fora de estrada e torna o Freelander apto a acompanhar até o mais rústico dos 4X4 em terrenos difíceis. A atual geração é de 2006 e ainda tem alguns anos de mercado. A tela sensível ao toque é fácil de usar e mantém as informações visíveis mesmo sob sol forte, mas poderia ter outras funções além do GPS fácil de usar e preciso e de um relógio digital. O sistema de som é de ótima qualidade e oferece conexão Bluetooth e para iPods. A ignição não é keyless e a chave precisa ser usada para dar a partida no carro. Nota 8.
Conforto: O espaço interno é bom para quatro adultos, mas um eventual quinto ocupante provoca algum aperto no banco traseiro. O túnel central alto rouba espaço para as pernas e o encosto traseiro do meio é duro e desconfortável. Entretanto, o isolamento acústico é de ótima qualidade e a suspensão absorve bem os buracos e solavancos. Trancos mais fortes são sentidos apenas devido aos pneus de perfil mais baixo da versão HSE. Nota 8.
Habitabilidade: O acesso é dificultado apenas pela altura do chão do carro, mas as portas têm bom vão de abertura. O porta-malas de 755 litros tem ótimo volume disponível para a categoria e traz ganchos para fixação de redes. Na frente, até uma garrafa d’água de 1,5 litro tem espaço nas portas. Nota 8.
Acabamento: Os materiais usados no revestimento interno são de qualidade, como esperado para um carro de quase R$ 170 mil. O couro é macio e o painel tem acabamento acolchoado. As portas fecham com um som abafado, sinal de bom isolamento acústico, que garante a serenidade a bordo. Os plásticos são bons e os encaixes e costuras não deixam a desejar. Nota 9.
Design: A Land Rover manteve a discrição e apostou no tradicionalismo no desenho do Freelander 2. O carro ganhou uma leve reestilização que garante novos para-choques, grade do radiador e lanternas com um visual quadrado. O utilitário esportivo inglês inspira robustez e confiança. Os detalhes cromados da versão topo de linha dão o toque de sofisticação necessário. A frente alta, com o capô quase na horizontal, impõe respeito. Nota 8.
Custo/benefício: A versão topo de linha traz itens exclusivos, mas luta para justificar os R$ 47.900 de diferença entre a versão mais barata, que traz o mesmo conjunto mecânico e a boa qualidade construtiva. O preço de R$ 169.900 parece demais pelo conjunto que o Freelander 2 HSE oferece. Nota 6.
Total: O Freelander 2 HSE somou 77 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Cresça e apareça
O emblema da Land Rover estampado no alto do capô impressiona e avisa do potencial do Freelander como veículo off-road. Em se tratando da marca inglesa, é fácil visualizar seus modelos, mesmo o menor deles, em um cenário de lama e caminhos difíceis. Entretanto, as dimensões mais enxutas que as do Discovery 4 e o vão livre do solo também tornam o SUV inglês figura fácil nos grandes centros urbanos. O Freelander se mostra muito à vontade no trânsito e o interior confortável e com materias de boa qualidade tornam tranquila a vida nos engarrafamentos.
O motor de seis cilindros em linha com 233 cv de potência e 32,2 kgfm de torque promete boas arrancadas e agilidade na maior parte das situações, mesmo com as quase duas toneladas do modelo. O problema é o câmbio, que parece “amarrar” o motor nas três primeiras marchas, e passa a falsa impressão de que a força não é suficiente para empurrar o SUV com a disposição prometida. Apesar dos bons números precisou de apenas 9 segundos para arrancar da imobilidade aos 100 km/h e conseguir imprimir ritmos mais elevados em estrada, a sensação inicial é de pouca disposição.
Por dentro do Freelander, o acabamento é de primeira. O teto solar panorâmico ajuda a iluminar o ambiente até demais, pois o forro é transparente e não barra a luz ou o calor por completo quando fechado. A Land Rover instalou nas versões mais caras uma tela sensível ao toque no painel, mas que apresenta informações apenas do navegador por GPS. Todas as outras funções são comandadas por botões convencionais espalhados pelo console central. Ainda que grandes, elespoluem o visual. Os sensores de estacionamento na frente e atrás ajudam muito na hora de estacionar, mas ao se levar em conta os R$ 169.900 que a Land Rover pede pela versão mais cara, a HSE, uma câmara de ré poderia estar na lista de equipamentos.
Já o Terrain Response é uma atração à parte. O sofisticado sistema patenteado pela Land Rover que permite o motorista configurar o carro para situações de asfalto, areia, pedras soltas ou pisos escorregadios por meio de um botão no console central. O dispositivo possibilita ajustar eletronicamente a rigidez da suspensão e da direção e também a distribuição do torque entre os dois eixos para rodar em diferentes tipos de terreno. A operação é simples. Por meio de um botão giratório no console central, o motorista seleciona o comportamento desejável para o carro.
No Freelander, o Terrain Response tem cinco modos: um para situações gerais, que otimiza o carro para o asfalto, mas também pode ser usado no off-road leve, quando o terreno não puder ser especificado pelo motorista. As demais configurações da suspensão devem ser operadas manualmente. No modo para cascalho, neve ou grama, o sistema é capaz de bloquear os diferenciais para evitar ao máximo que as rodas girem em falso. As respostas ao acelerador são mais lentas e o controle de estabilidade DSC pode ser desligado temporariamente. A terceira opção configura o carro para a lama e terrenos íngremes com baixa aderência, com um comportamento semelhante à seleção para neve. No modo para areia, o carro se comporta de maneira mais agressiva, o câmbio retém marchas menores para mais rotação do motor e a resposta ao acelerador é mais direta para permitir o Freelander encarar terrenos arenosos e desertos com disposição.
Ainda há o controle de velocidade para declives, que segura o carro nas descidas mais acentuadas e garante uma ajuda considerável na hora de sair da inércia em ladeiras. Mas, para carregar toda essa parafernália, o modelo cobra seu preço no consumo, que não passou dos 5,2 km/l em uso primordialmente urbano. É certo que os predicados do Freelander são muitos, mas em tempos de preocupação global com a redução do uso de combustíveis, um tanque de combustível de 70 litros durar menos de 400 km na cidade parece realmente pouco.
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
2 comentários:
Sou apaixonado pela marca Land Rover. Achei seu artigo sobre o Freelander muito informativo. Consegui tirar várias dúvidas. Só uma curiosidade, no seu artigo o valor está em torno de R$ 169,00. Encontrei esse link na internet que menciona R$ 132,00. É isso mesmo? Obrigado
Ja tenho bastante kilômetros rodados com todas as SUVs e não SUVs premium existentes. Sinceramente essa Freelander 2 hse diesel, me surpreendeu com uma performance irrepreensível. Um nível de ruído quase zerado, uma dirigibilidade fantástica, assim como sua estabilidade igualada a um sedã.Ésse carro é um show de tecnologia e sofisticação. Mudou muito.
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