14 de abr. de 2011
A surpreendente história dos Mustang Shelby feitos no México
A proximidade entre México e Estados Unidos é muito mais que fronteiriça. Em meados da década de 60 surgiu uma parceria automotiva que é raramente explorada nos livros e sobre a qual se tem pouca informação até mesmo na internet.
Naquela época o empresário Eduardo Velasquez, apaixonado por corridas e carros envenenados, entrou em contato com Carroll Shelby para comprar algumas peças de reposição para seu GT 350. Coisas como pneus, filtros e outros itens. A idéia inicial era deixá-lo rápido para provas de fim de semana.
Mais do que simplesmente revender o material, porém, Carroll viu ali uma boa oportunidade de negócio. Quando o Velasquez entrou em seu escritório, a idéia de ampliar os negócios brilhou em sua mente. Nascia a Shelby de México, como ficou conhecida a logomarca da empresa.
Há vários anos escrevi sobre esse tema para uma revista e na época salientei um fato curioso: os modelos mexicanos, ao contrário dos produzidos nos EUA, não são fastbacks. Isso significa que um exemplar desses pode ser considerado tão raro quanto os originais. Além disso, em geral os hardtop como os mexicanos possuem rigidez estrutural melhor que os fastbacks.
Os clientes do outro lado da fronteira gostaram da novidade e a marca fez sucesso durante três anos. Os motores utilizados eram os conhecido 289 e 302 V8, devidamente customizados na aparência e na preparação. Os pacotes contavam também com detalhes estéticos e modificações na suspensão e sistema de freios.
Outra característica é que a oficina fazia a transformação de versões comuns em puro-sangues da Shelby. A produção desses carros foi bem limitada: apenas 678 unidades devidamente registradas através de plaqueta. As lanternas traseiras entregam o outro e conferem um visual bastante distinto e interessante ao esportivo.
No início da década de 70, Velasquez lançou outro trunfo, seu último na área. O Maverick Shelby trazia debaixo do capô o bloco 351 V8 com 302 cv de força. Além do motor, a versão recebia um belo kit de spoilers, incluindo a fantástica persiana traseira. A produção chegou a 300 unidades.
Fazendo uma pesquisa rápida, descobri a existência de pelo menos dois exemplares sobreviventes desses Shelbys mexicanos. Realmente uma raridade que merece um lugar especial em um acervo automotivo – e que nos faz pensar pela primeira vez em como seria dividir fronteira e acordos comerciais com os EUA.
Fonte:jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
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