21 de abr. de 2011
Primeiras impressões: Honda Civic Si 2012
O novo Civic não é exatamente um poço de novidades, mas a versão Si continua fazendo a diferença dentro da marca. Será que ele vai existir no Brasil? Será que vão se dignar a trazer essa versão cupê de duas portas, como a Kia deve fazer com o Koup? Não sabemos, mas demos uma volta no top de linha para contar como ele está.
O combustível escolhido por Soichiro Honda para embalar sua juventude foi saquê de alta qualidade. Ele comemorou seu casamento dançando nu e envolvendo seu carro cheio de gueixas em um acidente quase fatal ao cair de uma ponte (todos sobreviveram). Depois ele fundou a Honda e conquistou seu grande sucesso quebrando convenções.
Hoje temos aqui o Honda Civic Si, um carro que define mais convenções que o dicionário Oxford, um projeto de modificações discretas com um ano de atraso sem sequer um pedido de desculpas, um veículo que depende de uma incalculável lei de Newton para trazer compradores às concessionárias Honda de tempos em tempos por estarem precisando de porta-copos maiores. Com tantas novas forças atuando sobre esses compradores, a Honda não deveria ter contado tanto com a inércia.
Vamos dispensar os modelos não-Si dessa forma: se você for uma das milhares de pessoas que compram mais Civics que todos os Citroën juntos, precisará de uma lupa de joalheiro para notar as mudanças. Eu poderia escrever dez parágrafos sobre a redução de 9% na largura da coluna A para melhorar a visibilidade ou sobre o ponto revisado do motor, mas o resultado é o mesmo: a atualização mudou pouco só para dizer que mudou.
Da mesma forma que o resto dos novos Civics, o painel em dois “andares” agora tem uma tela de LCD de cinco polegadas que exibe várias informações, da capa do disco da música em reprodução a um medidor de potência, que indica quanto da potência do carro está disponível. Mas para aqueles que não se importam com tais detalhes, há também um medidor do i-VTEC agora, como nos Type-R: seis luzes que atuam como um mini-tacômetro e outra para indicar o limite de giros.
A mudança mais importante é a convocação do motor 2.4 do Acura TSX, aposentando o velho 2.0. A potência aumenta em 4 cv, chegando aos 201 cv a 7.000 RPM. É pouco, mas a maior mudança vem do torque de 23,5 kgfm, um aumento de 4,3 kgfm em relação ao anterior, disponíveis a partir de 1700 RPM.
A graciosa transmissão manual de seis marchas faz o Civic Si ter mais graça de dirigir. Em curvas fechadas onde seus pneus desistem antes da suspensão traseira multi-link, o Civic Si evoca brilhantemente a juventude de Soichiro Honda. O problema do Si é a embalagem do pacote. Embora os controles do volante tenham sido melhorados e os bancos ainda sejam bem feitos, os plásticos do painel têm uma aparência pior que uma reunião de adolescentes emo no estacionamento do shopping. Entrar em um Hyundai depois de sair de um Civic reforça ainda mais a sensação de solidez do interior do coreano.
E a existência abortada de uma potência ainda maior é um problema. O engenheiro-chefe do Civic 2012 anda de Civic Type R. Perguntei a ele por que não trazem o modelo de volta. A resposta: isso aumentaria o consumo médio da linha, que é nosso principal objetivo.
Soichiro Honda disse certa vez que “o valor da vida pode ser medido pela quantidade de vez que sua alma foi profundamente tocada”. O novo Civic é um pouco melhor em qualquer aspecto, mas se sua alma estiver descansando, ele não terá potência suficiente para despertá-la.
Fonte:jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
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