8 de mar. de 2011

Mustang Mach 1: o último musculoso da Ford



A crise mundial do petróleo de 1973 realmente freou a indústria automotiva norte-americana. Os V8 matadores da época perderam seu valor, muitos foram abandonados nas ruas, e o pior, deram lugar a alguns modelos horríveis, tais como Ford Pinto e outras aberrações. O Mustang Mach 1 foi um desses gigantes forçados a adormecer, mas antes faria bonito nas ruas.


O Mach 1 surgiu em 1969, no auge da popularidade das versões envenenadas do Mustang. Apenas para este pony car, haviam três opções básicas  de preparo de fábrica, em ordem crescente: os Mach 1, os Shelby e os Boss. Em 1971 a marca lançou uma carroceria atualizada para o Mustang. Nessa época, os Mach 1 tinham à disposição no catálogo desde o V8 302 Windsor até o intimidador 429 Super Cobra Jet. O modelo ficou famoso em uma cena do filme “Os Diamantes são eternos”, onde James Bond dá um baile noturno em alguns carros de polícia.

Entre os pacotes de customização, havia o famoso kit ram-air, que adicionava scoops funcionais controlados à vácuo capazes de induzir ar fresco para o carburador. Diante do sucesso, a Ford logo tratou de oferecer uma versão fake – apenas visual – das aberturas sobre o capô.
Dois anos mais tarde, no limiar da crise que elevou o preço do combustível e restringiu as emissões de poluentes, ele recebeu o que costumamos chamar hoje de face lift. Os faróis da grade dianteira foram reposicionados da horizontal para a vertical, e essa seria a última vez em muitos anos que os apaixonados pelo modelo veriam algo interessante no showroom das concessionárias Ford.
O exemplar das fotos tem uma história curiosa. Datado de 1973, marca pouco mais de 30 mil milhas no odômetro. O primeiro dono ficou sem usar a máquina por longos 25 anos! Parece incrível? Sei de alguns esportivos das décadas de 80 e 90 que passaram pelo mesmo processo.
O carro custava apenas alguns milhares de dólares e a única escolha de motor para a versão mais envenenada recaía sobre a opção com carburador duplo, com 177 cv brutos, ou o quádruplo, com 266 cv. Como dá pra perceber, foi o fim de um dos grandes mitos.

De qualquer modo ele carrega o pedigree da marca e ostenta com orgulho o logotipo da versão. O V8 ronrona pela rua e chama atenção durante o caminho. Vale salientar a visão do motorista, com o enorme capô à sua frente. Em contrapartida, pelo retrovisor a única coisa que se vê é um pedaço do vidro traseiro. Ou seja, quase nada.
Mas se a idéia é se sentir na sala de estar, com espaço e conforto de sobra, esse é o carro. Não dá pra negar que os americanos entendem mesmo do assunto. Basta colocar a alavanca do câmbio automático no “Drive” e queimar gasolina à vontade…

Fonte: .jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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