Quando criança, ele sonhava em ser engenheiro mecânico. O tempo passou, os caminhos da vida mudaram. Mas a rotina do jornalista Celso Cardoso, 42, ainda segue o velocímetro do carro do avô, que tanto o fascinava na infância. Acelerada. Celso acorda às 5 horas da manhã todos os dias para praticar esportes. Corre, vai à academia. Futebol também é com ele, mas só no resto dia, quando está na redação da TV Gazeta, em São Paulo. Há 20 anos, Celso é um dos protagonistas da cobertura esportiva do canal, além de apresentador de telejornais.
Nas horas vagas? Celso canta. Há dois anos, ele seguiu sua outra paixão, o rock’n roll. Gravou seu primeiro álbum em 2009, ao lado de músicos consagrados, como o guitarrista Marcos Kleine, da banda Ultraje a Rigor, e já prepara o próximo. Fora isso, ainda ministra cursos de locução para jovens universitários. Entre um compromisso e outro, Celso arranjou um tempinho para bater um papo com o blog Automaníacos:
Você sempre gostou de carros?
Ah, desde criança. Eu brincava muito desde pequeno. Criava meus carrinhos, aqueles de montar, sabe? Dava para transformar em sedãs, peruas…
De onde surgiu essa paixão pelos automóveis?
Bom, meu pai não era muito ligado a isso. Acho que tive influência do meu avô, ele era apaixonado por automóveis. Com três ou quatro anos eu já conhecia os carros pelo ronco do motor. DKW, Impala, Opala, Aerowillys… Meu avô teve um Aerowillys, lindo, com motor de Maverick. Inesquecível. Depois trocou por uma Veraneio e, mais tarde, por um Opala quatro portas, com motor 4.1. Meu avô me colocava no colo, e eu achava que estava dirigindo (risos)…
Então você deve ter sido um daqueles adolescentes que aprendeu a dirigir bem cedo, não? Antes mesmo de tirar a carta?
Não, não… Na minha casa não tinha disso. Fui para a autoescola e aprendi a dirigir com um Fusca. Só depois tive meu primeiro carro, aos 20 anos. Era uma Brasília azul 77. Uma Brasília azul marinho.
O que você fazia na época?
Eu já era locutor, estava no começo de carreira. Trabalhava em uma rádio em Ribeirão Preto. Nossa, tenho tanta história com essa primeira Brasília… Acredita que quase fui preso por causa dela? (risos)
Sério?
Pois é. Explico. Na época eu fazia faculdade e trabalhava em uma rádio de madrugada, da meia-noite às três da manhã. Era uma correria. A Brasília estava com problema na partida, e meu pai me ensinou a fazer a ligação pelo motor, aquela “gambiarra”. Um dia estava lá, agachado, tentando ligar a Brasília, de madrugada. Não deu outra: os policiais viram e acharam que eu estava tentando roubar meu próprio carro! Até explicar… (risos). Depois de muita conversa, ligaram na minha casa, perguntando se eu tinha mesmo uma Brasília azul…
Que fim teve a Brasília?
Resolvi vender depois de dois ou três anos. Ah! Tem outra! Eu já tinha fechado negócio, mas estava rodando com a Brasília e fiquei sem gasolina. Encostei o carro para ir até o posto e, adivinhe: bateram no meu carro! Tive que mandar consertar, expliquei tudo para o rapaz que tinha comprado.
E ele?
Nem ligou! Queria a Brasília de qualquer jeito! Depois tive uma Belina 78, que era do meu pai. Mais tarde um Monza SR hatch. Nossa, esse carro era minha paixão, lembro que estava terminando a faculdade. Aí fui para um Kadett GSI vermelho, depois com Celta, Corsa. Hoje tenho um jipinho, o Tracker.
E qual será o próximo?
Há tempos estou de olho em um Mini Cooper… penso em tê-lo como meu segundo carro. Um azul com faixas brancas!
Gosta de azul, hein?
Muito! Ih! Depois dessa vão falar definitivamente que sou argentino (risos)….
Pois é, já que você falou nisso… Tem até comunidade no Orkut falando que você é argentino, Celso! Como começou essa história?
É, pois é… Olha, nunca escondi minha admiração pelos argentinos no futebol. A maneira que eles torcem, enfim, admiro muito o povo argentino… Aí surgem as lendas. Tem gente que realmente acha que sou argentino, acredita? Já disseram que eu tenho um irmão que trabalha lá, e por aí vai…
E… qual time você torce?
Mogi Mirim, já não disse? (risos) Não adianta, isso você não vai saber…
Tudo bem, pelo menos tentei! Qual é o carro dos sonhos, além do Mini Cooper?
Quando eu puder, vou comprar um Fusca. Aprendi a dirigir com ele, ainda vou ter um. Sou fã do Dodge Charger RT, Maverick V8…Se eu pudesse, teria muitos carros. Um para viajar, outro para a cidade. Gosto muito de dirigir.
Das miniaturas que estão aqui, tem algum xodó?
Humm… o Opala. Já está velhinho, olha só, mas até que consegui conservar, né? É o que mais gosto. O Karmann-Ghia vermelho também, lembro da minha infância.
Carina Mazarotto
Fonte:automaniacos
Disponível no(a):http://colunas.autoesporte.globo.com/automaniacos/
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