Desenho do sedã coreano poderia ser mais ousado, seguindo exemplo dos irmãos menores Elantra e Sonata
Sem preconceitos, procurei no Genesis algo parecido com o que encontrei quando assumi o volante do novo BMW Série 5 ou do Jaguar XF. Depois de duas voltas rápidas numa pista fechada no interior de São Paulo, ficou apenas a certeza de que os coreanos estão no caminho certo. Em pouco tempo eles chegarão ao mesmo nível dos melhores modelos do segmento. Ainda falta um tempero mais esportivo, tão apreciado pelo público exigente desses sedãs, sempre disposto a pagar caro não apenas pelo máximo de conforto e segurança, mas que valoriza bastante o prazer de dirigir. Faltam trocas de marchas mais rápidas, inclusive nas reduções, além de comandos do câmbio próximos do volante.
O motor 3.8 de 290 cavalos é moderno, tem comandos de válvulas variáveis e bons 36,5 kgfm de torque a 3.500 rpm. Contudo, ficou claro que o câmbio automático de seis marchas não tem pressa, e que sua prioridade é o conforto dos ocupantes, com um rodar silencioso e sem trancos. Não adianta tentar afobadamente ir de quarta para segunda antes de uma curva fechada e, depois de contorná-la, sair rapidamente com os seis cilindros cheios. É preciso diminuir bem a velocidade para conseguir fazer o V6 subir de giro. E se o ponteiro do contagiros chegar próximo do regime de potência máxima (6.000 rpm), a marcha seguinte é engatada, mesmo sem seu mestre (o motorista) mandar.
Interior tem bom nível de sofisticação, mas revestimento tem materiais sintéticos; instumentos são bem iluminados; console é de bom gosto, com botão giratório do sistema multimídia e uma série de outros comandos
Mas o visual do Genesis poderia ter parte da ousadia e personalidade dos irmãos menores Elantra e Sonata. E as rodas cromadas podem agradar o público americano, nem tanto o brasileiro. Esses detalhes devem ser decisivos no momento da escolha.
Fonte:revistaautoesporte
Disponivel em:http://revistaautoesporte.globo.com
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