Número reverte tendência de queda e é o quarto maior desde 2002; defeitos no sistema de fechamento puxaram número para cima
Quando adiciona-se à conta atual outros segmentos de veículos, como motos, caminhões e até barcos, o número chega a 554.146 unidades.
Os defeitos que levaram mais carros e utilitários leves às oficinas foram detectados nos sistemas de fechamento das portas, vidros, capô, capota e teto solar dos veículos. No total, 258.584 carros tiveram problemas como este, ou cerca de 46% do total de veículos convocados ao longo do ano. Apesar disso, defeitos no sistema de combustível e nos airbags foram os responsáveis pela maior quantidade de campanhas de recall. Cada um desses sistemas foi responsável por 9 (cerca de 15%) dos 57 chamados que envolveram todos os segmentos de veículos (incluindo motos e caminhões, por exemplo).
Queda de qualidade
Segundo Maria Inês Dolci, coordenadora institucional do Proteste, os números mostram que há problemas na linha de produção das montadoras, mas também pode ser reflexo de uma atuação mais forte do consumidor em busca dos seus direitos e maior transparência por parte das empresas quando uma falha é detectada. “O que nós percebemos é que o controle de qualidade da linha de produção tem que ser revisto. Se a quantidade de produção aumenta, evidentemente tem que ter maior atenção na linha de produção. Muitos dos recalls partem do consumidor, que reclama do problema e praticamente obriga a indústria a abrir recall”, explica. “Uma vez que sabemos que houve aumento na produção, as montadoras tem que focar no controle de qualidade. A indústria não pode relaxar”, completa.
Apesar de analisar o número oficial do Procon como “considerável”, a especialista pondera que a quantidade de carros com defeito pode ser ainda maior. Isso porque parte da indústria ainda realiza o chamado recall branco. A prática, considerada ilegal, consiste em reparar um defeito que gera risco à saúde ou vida da população paulatinamente, sem que haja ampla comunicação ao público, como prevê o Código de Defesa do Consumidor. O número de veículos que passam por esse tipo de serviço, no entanto, não pode ser calculado oficialmente.
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