Ele também é pequeno o bastante para caber em um elevador de carga. Seu nome é Honda Z, e ele foi produzir entre 1998 e 2002. Pode não parecer, mas ele é sensacional. Veja por quê.
Fiquei fascinado por este carro porque ele é um dos raros exemplos de um tipo de carro que deveria ser mais popular: um modelo de motor central que não seja um exótico de dois lugares, mas sim um carro de quatro lugares para ser usado diariamente.
Quase não existem carros com essa configuração, com exceção do Tesla Model S, ou de algumas vans como o Toyota Previa, mas um carro convencional de passageiros com motor central é bem difícil de se ver. A Volkswagen quase substituiu o Fusca por um hatch fascinante de motor central, mas ele acabou nunca acontecendo. Na verdade, o Honda Z talvez seja o carro mais próximo do Volkswagen natimorto.
Ele é um hatchback que se enquadra na classe dos kei-cars, o que significa que as restrições legais japonesas limitavam o motor a 660 cm3 e a potência em 65 cv, e ele precisaria atender a certas dimensões máximas. A Honda atingiu esse limite de potência e cilindrada com seu motor de três cilindros turbo, e ainda conseguiu ligá-lo a um sistema de tração integral.
O mini hatchback com visual simples não é um urbanóide anêmico e sem graça, mas sim um pequeno utilitário para todas as horas e necessidades. Ele tem boa altura de rodagem, e graças ao motor encaixado sob o banco de trás, há uma bela abertura na traseira, enquanto na dianteira, onde normalmente ficaria o motor, você encontra o estepe dividindo o lar com uma caixa porta-objetos.
O que torna esse Hondinha tão fascinante é sua incrível e rara combinação de engenharia pouco convencional que não é estranha só por ser, mas por que foi a forma mais racional de fazer as coisas. Se você for projetar um carro restrições draconianas de tamanho, é seu dever como designer de automóveis fazer um carro com o maior espaço aproveitável possível. O Honda Z é exatamente isso.
E se toda essa engenharia hiper-eficiente não foi suficiente para te fazer gostar do carro, veja só isso: o jingle publicitário foi composto por ninguém menos que o trio de barbudos giradores de guitarras do ZZ Top (ZZ Top — Honda Z, sacaram?).
Eles atuaram como garotos-propaganda do carro no Japão. A campanha foi tão abrangente que eles conseguiram até um par de guitarra e baixo com a forma do logotipo do Honda Z.
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