27 de jun. de 2013

Coleção de clássicos de Detroit pode ser vendida para salvar a cidade da falência


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A prefeitura de Detroit ainda sofre com as sequelas da crise financeira de 2008. São cerca de US$ 18,5 bilhões em dívidas (R$ 40 bilhões) e, para evitar que a cidade vá à falência, as autoridades cogitariam a venda do patrimônio da cidade. Incluído nas contas está um acervo fantástico de veículos antigos.

Detroit é considerada o berço da indústria automotiva moderna, e é natural que a coleção de carros mantida pela administração da cidade seja de tirar o fôlego. O acervo começou com a doação do Cadillac Osceola 1905 pela família de Henry M. Leland, gerente geral da Cadillac, que encomendou o carro, o primeiro modelo fechado da Cadillac, para dirigir em dias de chuva. Ele usa um motor de um cilindro e funciona com fluido de isqueiro ou gasolina.
Grande parte da coleção está guardada em um armazém da época da Segunda Guerra. Os carros são cuidadosamente envoltos em uma bolha de plástico — você já deve ter visto fotos deles por aí — em um ambiente refrigerado. Outra parte dos carros está no Museu Histórico de Detroit e outros, ainda, foram emprestados para exposição em outras cidades.
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O patrimônio sobre rodas está avaliado em US$ 12 milhões, (ou cerca de R$ 26,2 milhões). É apenas uma fração do valor da dívida, mas caso o plano fosse colocado em prática, outros itens de valor histórico para a cidade serão leiloados, como quadros de Van Gogh e Matisse, entre outras obras de arte.
Ainda que o dinheiro obtido com a venda fosse destinado a saldar a dívida da cidade e evitar que sua administração vá parar em um tribunal de falência, os moradores entusiastas — tenha em mente que estamos falando da Motor City, ou seja, não são poucos — não estão nada contentes com a possibilidade.
“Os carros representam para nós a expressão de milhares de pessoas que trabalham duro para produzir a história da indústria nos Estados Unidos”, diz Jerry Herron historiador da cidade. “Seria muito triste para Detroit e para o país.”
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O curador do Museu Histórico de Detroit, Adam Lovell, descarta a possibilidade. “Esta coleção não tem preço. Nem mesmo com todo dinheiro do mundo conseguiríamos reunir uma coleção como esta.”
Além disso, não se sabe ao certo quanto dinheiro seria conseguido com um eventual leilão da coleção. E, se lembrarmos que há carros no mundo que, sozinhos, valem mais do que a coleção inteira (o Bugatti de R$ 80 milhões de Ralph Lauren é o maior exemplo), talvez seja melhor para Detroit preservar sua história do que sacrificar algo tão valioso para tentar conseguir uma quantia incerta.
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