Modelo será fabricado no Brasil a partir de 2015, mas vem antes ao país. Plataforma continua a mesma, mas ajustes melhoraram o compacto.
Nova geração do QQ teve visual atualizado (Foto: Bufalos/Divulgação)
Outra novidade revelada no evento é o sedã Alpha 7, que deve chegar ao Brasil até o fim de 2014. Já a nova geração do compacto QQ, também estreante no salão, vem em meados do ano que vem e será importado até 2015, quando começa a ser produzido na planta de Jacareí (SP). A convite da Chery, o G1 pôde conhecer a nova geração do compacto em circuito fechado na China.
No visual, como um todo, o design evoluiu bastante e foi inspirado não em um carro alemão ou norte-americano, mas sim nos próprios modelos chineses, como o concorrente JAC J2. O compacto, na verdade, está alinhado agora a uma nova fase da montadora 100% chinesa, com apenas 15 anos de mercado. A Chery quer criar sua independência tecnológica e estética, segundo o vice-presidente do grupo chinês, Biren Zhou. Para isso, desenvolve motores na Áustria, tem designers europeus e fábricas com sistemas próprios de manufatura. No caso da fábrica de Jacareí (SP), todo o projeto civil é feito na China e será aplicado por engenheiros chineses.
Interior do QQ também teve acabamento melhorado (Foto: Bufalos/Divulgação)
Evolução limitada
Apesar de ter o capital para investir e o objetivo de evoluir, ainda falta mais “know how” para as fabricantes chinesas como um todo, especialmente para aquelas que trabalham sem joint ventures com montadoras multinacionais. O que justifica o QQ ter mudado de geração sem ter ganhado nova plataforma. Assim, na pista, o modelo atualizado ainda é bem parecido com o QQ que roda no Brasil.
Chery investe em design e atualiza o compacto QQ (Foto: Bufalos/Divulgação)
O motor é o 1.1 a gasolina de quatro cilindros, que desenvolve 68
cavalos a 6.000 rpm e tem 9,1 kgfm de torque máximo a 4.000 rpm — no
caso do Brasil, ele será flex. A transmissão é manual ou automática de
cinco marchas. Para a proposta do carro, não decepciona e mostra
valentia. Ao acelerar, a trepidação no volante diminuiu bastante, mas
ainda não é um carro para andar acima de 90 km/h. No teste de
estabilidade, ele mostrou que continua o mesmo, não dá para brincar
muito. A suspensão para o mercado chinês, inclusive, é bem mole, o que
prejudica ainda mais o carro. Já a frenagem está mais esperta, dando ao
motorista melhor precisão do que a geração anterior.
Porta-malas do Chery QQ está menor, mas cabine aumentou (Foto: Bufalos/Divulgação)
Painel atualizado do Chery QQ (Foto: Bufalos/Divulgação)
Porta-malas maiorA posição de dirigir também continua a mesma. O motorista fica bem acomodado em relação ao volante e tem boa visibilidade. Mas quem ganhou mesmo com a nova geração foram os passageiros do banco traseiro. Ainda o carro só acomoda bem quatro pessoas, mas os dois que vão de carona atrás ganharam mais espaço. Como o modelo foi lançado no Salão de Xangai e ainda não está nas lojas, a Chery não divulgou a sua ficha técnica. Mas se observa maior espaço para as pernas dos passageiros e uma redução do tamanho do porta-malas, consequentemente.
O modelo vem de fábrica com ar-condicionado, direção hidráulica, freios ABS, airbags, vidros, travas e espelhos com acionamento elétricos, regulagem de altura do farol, brake light, alarme antifurto, travamento de portas à distância, fechamento automático dos vidros, luzes de neblina dianteira e traseira, CD player MP3 com entrada USB, entre outros itens.
Conclusão
A proposta do QQ de ser um carro barato e urbano limita bastante a sua evolução tecnológica, mas a nova geração já mostra o esforço no aperfeiçoamento tecnológico. Exemplo disso foram os outros modelos da marca que o G1 pôde conhecer, como o Tiggo com facelift, que teve o acabamento realmente melhorado; o sedã E5, que não virá para o Brasil, mas entre os automóveis disponíveis foi o que mostrou o melhor desempenho; e o ainda protótipo Alpha 7, que já esboça uma fase superior, com acabamento mais sofisticado e equipamentos mais modernos.
Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros
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