1 de fev. de 2013

Uma aula com Batistinha no autódromo da Capuava! (Oktane Track Day)

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Quem viu a lista de tempos da edição mais recente do Oktane Track Day, realizado no último final de semana no autódromo da Capuava, se surpreendeu com a presença de um estranho entre caras do calibre de Lamborghini Supertrofeo, Corvette ZR1 e Porsche 911 GT2 e GT3: um Mustang GT aspirado, sem modificações extremas – nada de sobrealimentação ou de gaiola, com interior praticamente intacto!
E o mais chocante: este carro conquistou o terceiro melhor tempo. É hora de pegarmos uma carona e tentarmos entender esta façanha.

A primeira coisa que precisamos dizer é que o seu piloto, o Batistinha (Fernando Baptista), é um dos melhores do País nesta categoria de carro. Quem já viu ele debulhando na antiga Subida da Montanha do Pico do Jaraguá (a prova que inspirou o Dart Games) ou no Campeonato Paulista com seus Ford Maverick, sabe que o bicho tem pé pesado e talento de sobra. Isso dito, assista ao vídeo abaixo.

Ei, tirem esses fuscas do caminho! Agora, o que será que esse carro tem pra andar tanto assim? É difícil de apontar o que foi modificado, mas para brigar com carros do nível de Porsche GT2 RS e Corvette ZR1 preparados pra pista, arriscaria dizer que não foi pouca coisa.
De acordo com a página da Batistinha Garage no Facebook, o BTS 302 está com 500 cv. Hoje, pode ser mais. No vídeo, já dá pra perceber que os pesados bancos originais foram pro saco e deram lugar a um par de Kirkeys de alumínio – conchas levíssimos usados em quase todas as categorias de turismo dos EUA. E na foto abaixo, concluímos que o carro já não é mais o mesmo que foi apresentado há alguns meses: fora os pneus slick, note o splitter (aerofólio) dianteiro e os respiros no capô – será que ele não está usando painéis de fibra de vidro ou de carbono ali, nos para-lamas e nas portas?
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No vídeo, dá pra perceber o trambulador short throw (mais curto) e que praticamente não há rolagem de carroceria – mesmo com toda a aderência dos pneus slick -, abrindo a certeza para modificações na suspensão. A forma agressiva como o carro aponta nas curvas também é um indicativo de bastante cáster na regulagem. Não preciso dizer que os freios – no mínimo, fluido e pastilhas – não são mais os originais.
O mais bacana é justamente essa confusão: o carro está tão bem feito que parece totalmente original. O fato de seu piloto ter conseguido o terceiro tempo, deixando pra trás um Lamborghini Supertrofeo e uma série de Nissan GTR e Porsche GT2 e GT3 modificados mostra duas coisas: ao contrário do que os haters gostam de dizer, o Mustang é um carro com bastante potencial de pista (bem, nós já sabíamos há uns dois anos) e, claro, o Batistinha pilota pacas.

Fonte: Jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br/
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