Ao Tazio, Zequinha Giaffone explicou que tentou negociar a reexportação dos carros, mas não obteve sucesso e teria ficado sem alternativas
Depois da BMW,
foi a vez da JL Racing Products, responsável pela importação e
manutenção dos veículos Mini Cooper que foram destruídos na última
semana, conforme vídeo flagrado por um cinegrafista amador e amplamente divulgado nas redes sociais, explicar por que os carros que compunham o grid do extinto Mini Challenge tiveram de ter tão triste destino.
Em entrevista exclusiva ao Tazio, o diretor da empresa, Zequinha Giaffone, afirmou que tentou negociar a reexportação dos automóveis, conforme estabelecido pela Receita Federal, mas não obteve sucesso nas negociações e, com o fim da licença para a permanência das 24 unidades no país, não teve escolha se não levá-los para a destruição total (o que significa que nenhuma parte ou peça foi salva). O procedimento ocorreu no pátio da filial da Gerdau em São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo.
Segundo ele, a importação dos Mini tinha a exata duração dos três anos em que a categoria existiu, o que significa que, mesmo que ela não tivesse sido encerrada, os organizadores teriam de buscar outros veículos para mantê-la em funcionamento. “Quando nós importamos os carros, há três anos, já sabíamos que essa seria a duração da categoria. Ela poderia durar mais, porém com novos carros. Quando você importa qualquer coisa em regime temporário, tem duas opções: ou manda embora do país [quando termina o prazo], ou destrói. Nós tentamos [reexportá-los] de todas as formas. A última coisa que queríamos era destruir os carros”, frisou.
“Tentamos vendê-los para uma empresa da Alemanha. Quase conseguimos. Eles vieram aqui e até arrumamos os veículos, porque houve um acidente forte envolvendo vários carros na última etapa [em Curitiba, uma batida múltipa entre cinco competidores: José Ricardo Viana, Vitor Genz, Cristian Mohr, Marcelo Wolfart e Alexis Vilela]. Mostramos todos os carros, eles ficaram uns três ou quatro dias aqui, mas acabou não dando negócio. Aí ficamos sem opção, pois estava vencendo o regime e, infelizmente, é o que prevê a lei. Ou você paga um valor muito caro, ou destrói. Mas o procedimento é feito todo dentro da lei. Um fiscal da Receita Federal acompanha e tudo”, acrescentou.
Questionado sobre quanto custaria para providenciar a importação definitiva dos automóveis, Giaffone não quis entrar em detalhes sobre quantias, mas informou que os impostos representariam “de 100 a 110%” em relação ao valor dos próprios veículos. “É algo inviável. Por mais que a gente tenha paixão pelo negócio, somos uma empresa e não podemos fazer tudo [movidos] pela paixão”, argumentou.
De acordo com o diretor da JL, a importação em regime definitivo representaria não apenas um grande impacto financeiro para a companhia, como também inviabilizaria o preço do próprio campeonato para os competidores. “Ia ficar mais caro para os pilotos. E aí você sabe que, quanto mais caro fica, menos pilotos você consegue arrumar para participar”, ressaltou.
Procedimento comum
Conforme afirmou Zequinha Giaffone ao Tazio, o procedimento de importação temporária é adotado comumente não apenas por organizadores de competições automobilísticas, como também por montadoras que trazem veículos do exterior para fazer demonstrações, exibições, feiras e eventos como o Salão do Automóvel. E, segundo ele, quase todas as unidades acabam tendo o mesmo fim: a destruição.
“Qualquer categoria que use carros importados adota a importação temporária. A lei permite e isso é usado por vários meios. No Salão do Automóvel, por exemplo, que você vê aqueles lançamentos internacionais que as montadoras trazem para cá, todos esses carros estão aqui em regime temporário e todos acabam destruídos depois de passar seis meses, um ano nas exibições e demonstrações. É muito mais barato destruir do que mandar para fora”, apontou.
Perguntado se era favor ou contra a atual legislação, que permite tais discrepâncias, Giaffone declarou que sua empresa acaba sendo, ao mesmo tempo, beneficiada e prejudicada nesta seara. “No mesmo momento em que ela me favorece na importação dos Mini, por exemplo, me prejudica na construção de carros nacionais, porque eu tenho que pagar os impostos daqui para fabricar um veículo e, muitas vezes, os organizadores preferem importar em regime temporário, onde não se paga imposto nenhum, a encomendar com uma empresa daqui”, relatou.
Conforme prevê a Receita Federal, qualquer mercadoria importada temporariamente para uso de natureza cultural, artística, científica, comercial, esportiva, assistência e salvamento, acondicionamento e transporte de outros bens, ensaios e testes, ou mesmo mercadorias destinadas a operações de aperfeiçoamento possuem isenção total de tributos. No caso de de máquinas e equipamentos para utilização econômica, como no caso de arrendamentos, aluguéis ou empréstimos, a isenção é parcial.
Em entrevista exclusiva ao Tazio, o diretor da empresa, Zequinha Giaffone, afirmou que tentou negociar a reexportação dos automóveis, conforme estabelecido pela Receita Federal, mas não obteve sucesso nas negociações e, com o fim da licença para a permanência das 24 unidades no país, não teve escolha se não levá-los para a destruição total (o que significa que nenhuma parte ou peça foi salva). O procedimento ocorreu no pátio da filial da Gerdau em São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo.
Segundo ele, a importação dos Mini tinha a exata duração dos três anos em que a categoria existiu, o que significa que, mesmo que ela não tivesse sido encerrada, os organizadores teriam de buscar outros veículos para mantê-la em funcionamento. “Quando nós importamos os carros, há três anos, já sabíamos que essa seria a duração da categoria. Ela poderia durar mais, porém com novos carros. Quando você importa qualquer coisa em regime temporário, tem duas opções: ou manda embora do país [quando termina o prazo], ou destrói. Nós tentamos [reexportá-los] de todas as formas. A última coisa que queríamos era destruir os carros”, frisou.
“Tentamos vendê-los para uma empresa da Alemanha. Quase conseguimos. Eles vieram aqui e até arrumamos os veículos, porque houve um acidente forte envolvendo vários carros na última etapa [em Curitiba, uma batida múltipa entre cinco competidores: José Ricardo Viana, Vitor Genz, Cristian Mohr, Marcelo Wolfart e Alexis Vilela]. Mostramos todos os carros, eles ficaram uns três ou quatro dias aqui, mas acabou não dando negócio. Aí ficamos sem opção, pois estava vencendo o regime e, infelizmente, é o que prevê a lei. Ou você paga um valor muito caro, ou destrói. Mas o procedimento é feito todo dentro da lei. Um fiscal da Receita Federal acompanha e tudo”, acrescentou.
Questionado sobre quanto custaria para providenciar a importação definitiva dos automóveis, Giaffone não quis entrar em detalhes sobre quantias, mas informou que os impostos representariam “de 100 a 110%” em relação ao valor dos próprios veículos. “É algo inviável. Por mais que a gente tenha paixão pelo negócio, somos uma empresa e não podemos fazer tudo [movidos] pela paixão”, argumentou.
De acordo com o diretor da JL, a importação em regime definitivo representaria não apenas um grande impacto financeiro para a companhia, como também inviabilizaria o preço do próprio campeonato para os competidores. “Ia ficar mais caro para os pilotos. E aí você sabe que, quanto mais caro fica, menos pilotos você consegue arrumar para participar”, ressaltou.
Procedimento comum
Conforme afirmou Zequinha Giaffone ao Tazio, o procedimento de importação temporária é adotado comumente não apenas por organizadores de competições automobilísticas, como também por montadoras que trazem veículos do exterior para fazer demonstrações, exibições, feiras e eventos como o Salão do Automóvel. E, segundo ele, quase todas as unidades acabam tendo o mesmo fim: a destruição.
“Qualquer categoria que use carros importados adota a importação temporária. A lei permite e isso é usado por vários meios. No Salão do Automóvel, por exemplo, que você vê aqueles lançamentos internacionais que as montadoras trazem para cá, todos esses carros estão aqui em regime temporário e todos acabam destruídos depois de passar seis meses, um ano nas exibições e demonstrações. É muito mais barato destruir do que mandar para fora”, apontou.
Perguntado se era favor ou contra a atual legislação, que permite tais discrepâncias, Giaffone declarou que sua empresa acaba sendo, ao mesmo tempo, beneficiada e prejudicada nesta seara. “No mesmo momento em que ela me favorece na importação dos Mini, por exemplo, me prejudica na construção de carros nacionais, porque eu tenho que pagar os impostos daqui para fabricar um veículo e, muitas vezes, os organizadores preferem importar em regime temporário, onde não se paga imposto nenhum, a encomendar com uma empresa daqui”, relatou.
Conforme prevê a Receita Federal, qualquer mercadoria importada temporariamente para uso de natureza cultural, artística, científica, comercial, esportiva, assistência e salvamento, acondicionamento e transporte de outros bens, ensaios e testes, ou mesmo mercadorias destinadas a operações de aperfeiçoamento possuem isenção total de tributos. No caso de de máquinas e equipamentos para utilização econômica, como no caso de arrendamentos, aluguéis ou empréstimos, a isenção é parcial.
Fonte: Tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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