A Volvo era tão quadrada que, quando lançou o S60 em 2000, chamou aquele momento de “Revolvolução”. Talvez tenha sido mesmo, afinal, o carro realmente era mais descolado do que a média dos modelos da marca escandinava.
Menos na perua V70, uma verdadeira peruaça de 4,70 metros de comprimento, uns bons 12 centímetros a mais que o sedã. Isso mudou na segunda geração, que investe na contrarevolução, diminui dez números no seu nome e chega como V60 com seus enxutos 4,63 m e a proposta de ser uma Sportswagon.
A Volvo podia ser quadrada, mas experimentou muitas coisas nos seus 85 anos. Porém, criar uma Sportswagon teria sido uma experiência nunca antes levada a cabo – será que a P1800 ES Shooting Brake não teria sido a primeira? Como o nome indica, a V60 é uma perua de jeitinho mais esportivo. Para grifar esse apelo, a Volvo só vai importar modelos da linha R-Design, que traz suspensão mais esportiva, rodas aro 18 e kit aerodinâmico, além de bancos dianteiros mais envolventes e instrumentos com fundo azul.
Para convencer de vez, a Volvo decidiu engrossar a voz da perua, que não investe no 1.6 turbo como o sedã S60 T4 (questão de tempo), e parte do motor intermediário 2.0 sobrealimentado. É o conhecido EcoBoost, que tem turbo, injeção direta e mimosos 240 cv de potência a 5.500 rpm e 32,6 kgfm de torque entre 1.800 e 5.500 giros. Com tração dianteira e câmbio Powershift de dupla embreagem e seis marchas, a V60 T5 arranca aos 100 km/h em 7,7 segundos e chega aos 250 km/h.
O V60 T5 parte de R$ 130.900 na versão Comfort R-Design, que traz ar-condicionado digital, sistema de áudio com oito alto-falantes, bancos de couro, entre outros itens, além dos já esperados airbags frontais e laterais, freios ABS e controles eletrônicos de estabilidade e de tração. O V60 T5 Dynamic acrescenta sensores de luz e chuva, faróis de xênon adaptativos, banco do motorista com ajustes elétricos e memórias, teto-solar elétrico, entre outros, mais eleva a etiqueta para R$ 149.900. Dirigimos o V60 T5 Dynamic por mais de 100 km em São Paulo, amanhã teremos as impressões.
Os que desejam um Volvo com tração integral tem que partir direto para o V60 T6, que adiciona controle de cruzeiro adaptativo, som multimídia com tela de sete polegadas, DVD e GPS, bancos elétricos dianteiros com memória, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e câmera de ré. Mas isso pouco importa. Com o T6, a coisa fica mais séria. A começar pelo motor transversal seis em linha 3.0 também vitaminado por turbo e injeção direta. O 3 litros entrega 304 cv a 5.600 rotações e 44,9 kgfm de torque entre 2.100 e 4.200 giros. Mesmo diante dos 1.737 kg e do câmbio automático de seis marchas tradicional, o fôlego é de peso pluma. A arrancada aos 100 km/h é despachada em 6,2 s e a velocidade máxima fica nos mesmos 250 km/h. Depois disso, o espaço para bagagem de somente 430 litros nem parece tão importante.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br/
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