14 de jun. de 2012

Participação de carros importados do México segue em alta no mercado brasileiro

Fotos: Divulgação
Participação de carros importados do México segue em alta no mercado brasileiro
Restrições de importação sancionadas pelo governo não alteraram ritmo das vendas

Os limites impostos pelo governo brasileiro sobre as importações de veículos produzidos no México não parecem, a princípio, ter feito grandes mudanças. Segundo o site Automotive Business, em relatório divulgado pela consultoria Polk, as vendas de carros provenientes do país mexicano seguem crescendo e representam 6% do total de unidades comercializadas no Brasil. O relatório ainda revela que as vendas de veículos mexicanos no mercado brasileiro, registrados em abril e maio, cresceram mais de 100% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já os índices registrados em maio desse ano, sofreram uma retração quando comparados aos números de abril. Segundo o estudo, esse movimento pode ser creditado à redução das importações de modelos em fim de ciclo de vida, citando a perua Volkswagen Jetta Variant (queda de 18,5% entre abril e maio) e o sedã Ford Fusion – querda 4,9%. Em contrapartida, novos modelos estão em alta, caso do crossover Honda CR-V, cujas vendas avançaram 61% de um mês para outro.

Segundo José Augusto Amorim, analista da Polk responsável pelas projeções de mercado para a América do Sul, as vendas em abril e maio mostraram que o resultado das restrições aos carros mexicanos pode ser diferente do que o governo brasileiro desejava. Vale lembrar que as fabricantes podem importar além do limite. O que muda é que, se isso ocorrer, automóveis mexicanos pagarão Imposto de Importação (de zero para 35%) e o IPI majorado em 30 pontos porcentuais, assim como paga um veículo importado de outros países.

Quem deve sofrer com esse limite é a Nissan, que ultrapassou a Volkswagen, Renault e Ford e assumiu o posto de fabricante com a maior cota de importação entre as marcas que trazem veículos do México. A empresa japonesa registrou 36,7 mil unidades importadas no ano passado. Por causa do sucesso de vendas do hatch March e do sedã Versa – que são trazidos do país mexicano, a marca aumentou sua participação no mercado brasileiro de 1,6% em janeiro e para 3,47% em maio. E para cumprir a promessa de abocanhar 5% da fatia de mercado até 2014, a Nissan deverá assumir parte dos custos de importar veículos que ultrapassarem sua cota no acordo, considerando que a restrição deve permitir a importação de apenas 100 mil carros no primeiro ano, e que esse montante terá que ser dividido com outras marcas. A situação pode melhorar quando a Nissan inaugurar sua fábrica em Resende, no Rio de Janeiro, onde produzirá o March e o Versa.

Outra montadora que deve assumir os custos é a Fiat. O modelo 500, que antes era importado da Polônia, começou a ser trazido do México e as vendas subiram 2.820% em maio deste ano. A Chevrolet, através do Sonic, lançado esse mês, também deve ter sua parcela de importação do México. Atualmente o modelo é feito na Coreia do Sul, mas deve mudar de país até o fim de 2012.
Fonte: motordream
Disponível no(a): motordream.uol.com.br
Comente está postagem.

Nenhum comentário: