Restrições de importação sancionadas pelo governo não alteraram ritmo das vendas
Os limites impostos pelo governo
brasileiro sobre as importações de veículos produzidos no México não
parecem, a princípio, ter feito grandes mudanças. Segundo o site
Automotive Business, em relatório divulgado pela consultoria Polk, as
vendas de carros provenientes do país mexicano seguem crescendo e
representam 6% do total de unidades comercializadas no Brasil. O
relatório ainda revela que as vendas de veículos mexicanos no mercado
brasileiro, registrados em abril e maio, cresceram mais de 100% em
relação ao mesmo período do ano passado.Já os índices registrados em maio desse ano, sofreram uma retração quando comparados aos números de abril. Segundo o estudo, esse movimento pode ser creditado à redução das importações de modelos em fim de ciclo de vida, citando a perua Volkswagen Jetta Variant (queda de 18,5% entre abril e maio) e o sedã Ford Fusion – querda 4,9%. Em contrapartida, novos modelos estão em alta, caso do crossover Honda CR-V, cujas vendas avançaram 61% de um mês para outro.
Segundo José Augusto Amorim, analista da Polk responsável pelas projeções de mercado para a América do Sul, as vendas em abril e maio mostraram que o resultado das restrições aos carros mexicanos pode ser diferente do que o governo brasileiro desejava. Vale lembrar que as fabricantes podem importar além do limite. O que muda é que, se isso ocorrer, automóveis mexicanos pagarão Imposto de Importação (de zero para 35%) e o IPI majorado em 30 pontos porcentuais, assim como paga um veículo importado de outros países.
Quem deve sofrer com esse limite é a Nissan, que ultrapassou a Volkswagen, Renault e Ford e assumiu o posto de fabricante com a maior cota de importação entre as marcas que trazem veículos do México. A empresa japonesa registrou 36,7 mil unidades importadas no ano passado. Por causa do sucesso de vendas do hatch March e do sedã Versa – que são trazidos do país mexicano, a marca aumentou sua participação no mercado brasileiro de 1,6% em janeiro e para 3,47% em maio. E para cumprir a promessa de abocanhar 5% da fatia de mercado até 2014, a Nissan deverá assumir parte dos custos de importar veículos que ultrapassarem sua cota no acordo, considerando que a restrição deve permitir a importação de apenas 100 mil carros no primeiro ano, e que esse montante terá que ser dividido com outras marcas. A situação pode melhorar quando a Nissan inaugurar sua fábrica em Resende, no Rio de Janeiro, onde produzirá o March e o Versa.
Outra montadora que deve assumir os custos é a Fiat. O modelo 500, que antes era importado da Polônia, começou a ser trazido do México e as vendas subiram 2.820% em maio deste ano. A Chevrolet, através do Sonic, lançado esse mês, também deve ter sua parcela de importação do México. Atualmente o modelo é feito na Coreia do Sul, mas deve mudar de país até o fim de 2012.
Fonte: motordream
Disponível no(a): motordream.uol.com.br
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