A vitória da RBR e de Mark Webber no GP de Mônaco esteve envolvida em uma polêmica. Dois orifícios colocados no assoalho, nas laterais do carro, à frente dos pneus traseiros, provocaram protestos das equipes rivais. Contudo, nenhuma delas resolveu fazer um protesto formal e o triunfo do australiano no principado não correu risco. Entretanto, a ameaça crescia para o GP do Canadá, no próximo fim de semana.
Por isso, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) resolveu agir. Apesar de não vetar explicitamente, a entidade emitiu um comunicado técnico para esclarecer a questão do assoalho. Segundo a explicação, orifícios fechados não poderão mais ser colocados na área além dos 650 milímetros a partir do eixo central do carro. O problema da solução da RBR é que os buracos não eram abertos e não estavam ligados às laterais do assoalho, mas isolados no assoalho. Além de Mônaco, a equipe usou a novidade na Espanha e no Bahrein.
Não entendeu? Pois é, a Sauber e a Ferrari usam soluções parecidas com a da RBR. Entretanto, as equipes suíça e italiana ligaram os orifícios ao limite do assoalho. De acordo com a FIA, este tipo de solução está dentro das regras. O Grupo de Trabalho Técnico (Technical Working Group – TWG, na sigla em inglês) optou por esclarecer a questão antes de um problema político na categoria. Os resultados do time austríaco com este assoalho, entretanto, não correm risco. Nenhum protesto formal foi feito nos GPs em questão.
E para que o orifício serve? Para disciplinar o fluxo de ar que se dirige ao difusor na traseira do carro. O furo é colocado à frente dos pneus para evitar que a turbulência criada pelo movimento deles seja enviada à peça. A intenção é melhorar a pressão aerodinâmica nesta área do carro, um dos problemas da RBR no início do ano. Agora é ver como a equipe vai se virar no Canadá. O ex-piloto Helmut Marko, consultor do time, disse que o uso deste assoalho com os orifícios não estava previsto para a corrida em Montreal. Será mesmo?
Fonte: voandobaixo
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