Piloto da Williams se livrou de pressão de Alonso para vencer de forma categórica na Espanha
Maldonado celebra sua primeira vitória na F1 (Steve Etherington/LAT)
No sábado, Pastor Maldonado já havia feito história ao
ser o primeiro venezuelano a marcar uma pole position na F1. Porém, a
conquista foi permeada por uma punição que tirou Lewis Hamilton da
posição de honra do grid.
Neste domingo, o venezuelano conquistou por si mesmo uma brilhante vitória no GP da Espanha, quinta etapa do campeonato, após vencer um intenso duelo na pista e na estratégia contra o bicampeão Fernando Alonso.
Aos 27 anos, o campeão de 2010 da GP2 levou a Williams a uma vitória que não acontecia desde 2004. Curiosamente, o último vencedor da escuderia inglesa antes de Maldonado também era sul-americano: Juan Pablo Montoya, colombiano que venceu no Brasil, última há oito anos.
Mais do que isso, o venezuelano foi o 105º piloto a terminar uma prova da categoria em primeiro, sendo o quinto diferente, da quinta equipe diferente, a vencer em 2012, repetindo algo que não ocorria desde 1983. Em outra coincidência, o vencedor da quinta etapa daquele ano, em Mônaco, também era da Williams, Keke Rosberg.
Alonso cruzou em segundo, com Kimi Raikkonen e Romain Grosjean colocando as Lotus em terceiro e quarto.
Sebastian Vettel terminou em sexto e manteve a liderança do campeonato, porém agora empatado com Alonso, com 61 pontos para cada.
Felipe Massa foi apenas um 15º, a uma volta dos primeiros colocados, e Bruno Senna abandonou após se envolver em um acidente com Michael Schumacher.
Alonso toma a ponta na largada, mas Maldonado dá o troco nos boxes
Mesmo partindo do lado sujo da pista, Alonso fez uma excelente largada a partir do segundo lugar e emparelhou com Maldonado na curva 1. Combativo, o venezuelano tentou se defender, mas o espanhol fez valer a preferência pela parte de dentro e assumiu a ponta.
Em poucas voltas, os dois primeiros abriram boa vantagem para Kimi Raikkonen, que tomou o terceiro lugar do companheiro Romain Grosjean.
Os pneus macios acabaram rapidamente e Mark Webber abriu a primeira janela de paradas na sexta volta, seguido pelo companheiro Vettel. Todos, desde então, passaram a usar os pneus duros.
Mesmo com o bom ritmo, Alonso não conseguia se distanciar convincentemente de Maldonado e precisou de uma ajuda da Ferrari para aumentar a vantagem. A equipe chamou o asturiano aos boxes um giro antes do rival e, com pneus novos, Fernando fez uma volta voadora que lhe deixou 2s8 à frente quando o venezuelano retornou de seu pit.
Porém, Maldonado voltou a tirar toda a distância e se reaproximou do líder no trecho seguinte. No momento da segunda parada, foi a Williams quem resolveu antecipar os trabalhos no carro do venezuelano, na volta 24. Alonso ficou na pista por mais duas passagens, erro crucial que o devolveu seis segundos atrás do adversário.
No entanto, o bicampeão tinha a borracha mais conservada e pouco a pouco encostou no novo líder, reacendendo a disputa.
Na terceira troca de pneus, Maldonado perdeu cerca de dois segundos em um pequeno erro da Williams e Alonso tirou o restante da diferença. O espanhol chegou a usar a asa móvel e mostrar o carro no retrovisor do venezuelano por algumas voltas, mas Pastor se mostrou indiferente à pressão.
Quando a corrida chegou às últimas voltas, Maldonado tinha mais pneus e se livrou de vez do perigo, conquistando uma inesperada vitória. Alonso ainda foi pressionado por Raikkonen nos instantes finais, mas sustentou o segundo lugar. O finlandês teve de se contentar com o terceiro.
Um pódio formado por Williams, Ferrari e Lotus não era visto desde o GP da Itália de 1987, quando Nelson Piquet, Ayrton Senna e Michele Alboreto formaram o grupo dos três primeiros.
Senna se enrosca com Schumacher e alemão o chama de “idiota”
Na 12ª volta do GP da Espanha, Bruno Senna se mantinha na pista com seu primeiro jogo de pneus, sendo pressionado por vários pilotos que já haviam parado. Depois de perder posição para Nico Rosberg e Romain Grosjean, o companheiro de Maldonado na Williams passou a se defender dos ataques de Michael Schumacher.
Quando entraram na reta principal, abrindo o giro seguinte, o alemão da Mercedes ativou o DRS e tentou mergulhar por fora na curva 1, já que Senna havia se movido para o meio do traçado. Mas Senna repentinamente voltou para a linha externa e acabou abalroado pelo heptacampeão, que, com mais aderência, havia freada bem depois.
Pelo rádio, Schumacher chamou Senna de “idiota” aos seus mecânicos, enquanto Bruno argumentou, em entrevista após a prova, que foi o alemão quem perdeu o ponto de frenagem.
Massa leva uma volta do companheiro e é o pior fora as nanicas
Enquanto Alonso disputava a vitória com Maldonado, Felipe Massa protagonizava mais um desempenho sofrível na temporada. Largando em 16º, o brasileiro pulou para 13º na primeira volta e chegou a flertar com as posições na zona de pontos.
Contudo, uma punição de passagem pelos boxes por ignorar bandeira amarela jogou o ferrarista para o fim do pelotão e ele não conseguiu de lá sair.
Sem conseguir ultrapassar carros mais lentos, Massa ficou preso atrás da Force India de Paul di Resta durante toda a parte final da prova, tomando uma volta do líder e do espanhol.
O brasileiro não completava um GP com volta de desvantagem em relação ao companheiro desde 2007, na Hungria, quando à época seu companheiro era Raikkonen.
Felipe recebeu a bandeira quadriculada em 15º, à frente apenas dos carros de Caterham, Marussia e HRT, repetindo o feito do GP da Malásia deste ano.
Kobayashi, Vettel e Hamilton ganham destaque pelas ultrapassagens
Em uma pista reconhecidamente difícil para as ultrapassagens, Kamui Kobayashi, Sebastian Vettel e Lewis Hamilton ganharam destaque pelas ultrapassagens.
Enquanto o japonês da Sauber fez manobras arriscadas contra Jenson Button e Nico Rosberg para alcançar o quinto lugar, o britânico da McLaren superou vários carros em pista para escalar o pelotão do 24º ao oitavo posto.
Nos minutos finais, foi Vettel quem chamou as atenções, ultrapassando Button, Rosberg e o próprio Hamilton, para cruzar em sexto. O alemão da Red Bull tomou a mesma punição de Massa no começo da prova, mas conseguiu se recuperar com mais eficiência.
A próxima etapa da F1 é o GP de Mônaco, marcado para 26 de maio.
Resultado final - Barcelona:
1º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault), 66 voltas
2º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 3s1
3º. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault), a 3s8
4º. Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault), a 14s7
5º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1min04s6
6º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 1min07s5
7º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1min17s9
8º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 1min18s1
9º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 1min25s2
10º. Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes), a 1 volta
11º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 1 volta
12º. Jean-Éric Vergne (FRA/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
13º. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
14º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1 volta
15º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 1 volta
16º. Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault), a 1 volta
17º. Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault), a 1 volta
18º. Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth), a 2 voltas
19º. Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth), a 3 voltas
Não completaram:
Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari)
Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth)
Narain Karthikeyan (IND/HRT-Cosworth)
Bruno Senna (BRA/Williams-Renault)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
Neste domingo, o venezuelano conquistou por si mesmo uma brilhante vitória no GP da Espanha, quinta etapa do campeonato, após vencer um intenso duelo na pista e na estratégia contra o bicampeão Fernando Alonso.
Aos 27 anos, o campeão de 2010 da GP2 levou a Williams a uma vitória que não acontecia desde 2004. Curiosamente, o último vencedor da escuderia inglesa antes de Maldonado também era sul-americano: Juan Pablo Montoya, colombiano que venceu no Brasil, última há oito anos.
Mais do que isso, o venezuelano foi o 105º piloto a terminar uma prova da categoria em primeiro, sendo o quinto diferente, da quinta equipe diferente, a vencer em 2012, repetindo algo que não ocorria desde 1983. Em outra coincidência, o vencedor da quinta etapa daquele ano, em Mônaco, também era da Williams, Keke Rosberg.
Alonso cruzou em segundo, com Kimi Raikkonen e Romain Grosjean colocando as Lotus em terceiro e quarto.
Sebastian Vettel terminou em sexto e manteve a liderança do campeonato, porém agora empatado com Alonso, com 61 pontos para cada.
Felipe Massa foi apenas um 15º, a uma volta dos primeiros colocados, e Bruno Senna abandonou após se envolver em um acidente com Michael Schumacher.
Alonso toma a ponta na largada, mas Maldonado dá o troco nos boxes
Mesmo partindo do lado sujo da pista, Alonso fez uma excelente largada a partir do segundo lugar e emparelhou com Maldonado na curva 1. Combativo, o venezuelano tentou se defender, mas o espanhol fez valer a preferência pela parte de dentro e assumiu a ponta.
Em poucas voltas, os dois primeiros abriram boa vantagem para Kimi Raikkonen, que tomou o terceiro lugar do companheiro Romain Grosjean.
Os pneus macios acabaram rapidamente e Mark Webber abriu a primeira janela de paradas na sexta volta, seguido pelo companheiro Vettel. Todos, desde então, passaram a usar os pneus duros.
Mesmo com o bom ritmo, Alonso não conseguia se distanciar convincentemente de Maldonado e precisou de uma ajuda da Ferrari para aumentar a vantagem. A equipe chamou o asturiano aos boxes um giro antes do rival e, com pneus novos, Fernando fez uma volta voadora que lhe deixou 2s8 à frente quando o venezuelano retornou de seu pit.
Porém, Maldonado voltou a tirar toda a distância e se reaproximou do líder no trecho seguinte. No momento da segunda parada, foi a Williams quem resolveu antecipar os trabalhos no carro do venezuelano, na volta 24. Alonso ficou na pista por mais duas passagens, erro crucial que o devolveu seis segundos atrás do adversário.
No entanto, o bicampeão tinha a borracha mais conservada e pouco a pouco encostou no novo líder, reacendendo a disputa.
Na terceira troca de pneus, Maldonado perdeu cerca de dois segundos em um pequeno erro da Williams e Alonso tirou o restante da diferença. O espanhol chegou a usar a asa móvel e mostrar o carro no retrovisor do venezuelano por algumas voltas, mas Pastor se mostrou indiferente à pressão.
Quando a corrida chegou às últimas voltas, Maldonado tinha mais pneus e se livrou de vez do perigo, conquistando uma inesperada vitória. Alonso ainda foi pressionado por Raikkonen nos instantes finais, mas sustentou o segundo lugar. O finlandês teve de se contentar com o terceiro.
Um pódio formado por Williams, Ferrari e Lotus não era visto desde o GP da Itália de 1987, quando Nelson Piquet, Ayrton Senna e Michele Alboreto formaram o grupo dos três primeiros.
Senna se enrosca com Schumacher e alemão o chama de “idiota”
Na 12ª volta do GP da Espanha, Bruno Senna se mantinha na pista com seu primeiro jogo de pneus, sendo pressionado por vários pilotos que já haviam parado. Depois de perder posição para Nico Rosberg e Romain Grosjean, o companheiro de Maldonado na Williams passou a se defender dos ataques de Michael Schumacher.
Quando entraram na reta principal, abrindo o giro seguinte, o alemão da Mercedes ativou o DRS e tentou mergulhar por fora na curva 1, já que Senna havia se movido para o meio do traçado. Mas Senna repentinamente voltou para a linha externa e acabou abalroado pelo heptacampeão, que, com mais aderência, havia freada bem depois.
Pelo rádio, Schumacher chamou Senna de “idiota” aos seus mecânicos, enquanto Bruno argumentou, em entrevista após a prova, que foi o alemão quem perdeu o ponto de frenagem.
Massa leva uma volta do companheiro e é o pior fora as nanicas
Enquanto Alonso disputava a vitória com Maldonado, Felipe Massa protagonizava mais um desempenho sofrível na temporada. Largando em 16º, o brasileiro pulou para 13º na primeira volta e chegou a flertar com as posições na zona de pontos.
Contudo, uma punição de passagem pelos boxes por ignorar bandeira amarela jogou o ferrarista para o fim do pelotão e ele não conseguiu de lá sair.
Sem conseguir ultrapassar carros mais lentos, Massa ficou preso atrás da Force India de Paul di Resta durante toda a parte final da prova, tomando uma volta do líder e do espanhol.
O brasileiro não completava um GP com volta de desvantagem em relação ao companheiro desde 2007, na Hungria, quando à época seu companheiro era Raikkonen.
Felipe recebeu a bandeira quadriculada em 15º, à frente apenas dos carros de Caterham, Marussia e HRT, repetindo o feito do GP da Malásia deste ano.
Kobayashi, Vettel e Hamilton ganham destaque pelas ultrapassagens
Em uma pista reconhecidamente difícil para as ultrapassagens, Kamui Kobayashi, Sebastian Vettel e Lewis Hamilton ganharam destaque pelas ultrapassagens.
Enquanto o japonês da Sauber fez manobras arriscadas contra Jenson Button e Nico Rosberg para alcançar o quinto lugar, o britânico da McLaren superou vários carros em pista para escalar o pelotão do 24º ao oitavo posto.
Nos minutos finais, foi Vettel quem chamou as atenções, ultrapassando Button, Rosberg e o próprio Hamilton, para cruzar em sexto. O alemão da Red Bull tomou a mesma punição de Massa no começo da prova, mas conseguiu se recuperar com mais eficiência.
A próxima etapa da F1 é o GP de Mônaco, marcado para 26 de maio.
Resultado final - Barcelona:
1º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault), 66 voltas
2º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 3s1
3º. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault), a 3s8
4º. Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault), a 14s7
5º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1min04s6
6º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 1min07s5
7º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1min17s9
8º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 1min18s1
9º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 1min25s2
10º. Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes), a 1 volta
11º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 1 volta
12º. Jean-Éric Vergne (FRA/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
13º. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
14º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1 volta
15º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 1 volta
16º. Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault), a 1 volta
17º. Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault), a 1 volta
18º. Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth), a 2 voltas
19º. Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth), a 3 voltas
Não completaram:
Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari)
Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth)
Narain Karthikeyan (IND/HRT-Cosworth)
Bruno Senna (BRA/Williams-Renault)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
Fonte: Tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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