Com 308, Peugeot procura resgatar o sucesso entre os hatches médios
por Rodrigo Machado
Auto Press
O último ano foi dominado pelos sedãs médios. Nada menos que seis modelos novos chegaram ao mercado brasileiro em 2011 – Renault Fluence, Peugeot 408, Volkswagen Jetta, Chevrolet Cruze, Hyundai Elantra e Honda Civic. Do lado dos hatches médios, a situação não é tão boa. Os representantes são relativamente velhos e o segmento carece de novidades. Mas, ao que parece, 2012 vai marcar uma virada para os dois volumes. Diversos lançamentos estão marcados para este ano e devem acirrar a disputa. E o primeiro a mexer no marasmo dos hatches é o Peugeot 308, nova geração do modelo que tenta finalmente fazer a marca ter alguma representação nesse mercado. Com visual requintado, acabamento luxuoso, motorização e plataforma atualizadas e uma boa estratégia de preços, a chance de ampliar o sucesso da Peugeot no segmento é consideravelmente maior.
por Rodrigo Machado
Auto Press
O último ano foi dominado pelos sedãs médios. Nada menos que seis modelos novos chegaram ao mercado brasileiro em 2011 – Renault Fluence, Peugeot 408, Volkswagen Jetta, Chevrolet Cruze, Hyundai Elantra e Honda Civic. Do lado dos hatches médios, a situação não é tão boa. Os representantes são relativamente velhos e o segmento carece de novidades. Mas, ao que parece, 2012 vai marcar uma virada para os dois volumes. Diversos lançamentos estão marcados para este ano e devem acirrar a disputa. E o primeiro a mexer no marasmo dos hatches é o Peugeot 308, nova geração do modelo que tenta finalmente fazer a marca ter alguma representação nesse mercado. Com visual requintado, acabamento luxuoso, motorização e plataforma atualizadas e uma boa estratégia de preços, a chance de ampliar o sucesso da Peugeot no segmento é consideravelmente maior.
Um dos problemas que o 308 irá enfrentar por aqui é, ironicamente, o inexplicável atraso na sua chegada ao Brasil. Já são cinco anos de defasagem em relação à Europa, onde o carro foi lançado em 2007. Nesse meio tempo o hatch sofreu até uma reestilização – que, ao menos, chega junto por aqui. História bastante diferente do que aconteceu com o 307, que começou a ser vendido aqui logo no ano seguinte ao lançamento europeu. A demora foi tão grande que até sucessor ele já tem. Já existem flagras de protótipos do 301 – o futuro hatch médio da Peugeot – rodando na Europa e seu lançamento deve acontecer no próximo ano. Ou seja, apesar de ser novidade para os brasileiros, o 308 já é um modelo praticamente em final de carreira na Europa.
De qualquer forma, isso não diminui
muitas das qualidades do carro. O design, por exemplo, que sofreu um
leve "tapa" em 2011, é um dos destaques. Ele lembra muito o 307, mas
parece mais refinado, além de ter porte superior ao antigo modelo. Por
dentro, tudo bem semelhante ao sedã 408 – uma das referências do
segmento em relação ao acabamento. Por sinal, a Peugeot resolveu
inverter a estratégia de lançamento aqui no Brasil. Primeiro veio o
sedã, no ano passado, e agora chega o dois volumes – o 307 sedã chegou
ao Brasil apenas em 2006, quatro anos após o hatch.
Em termos de plataforma, o 308 traz também o que já foi antecipado pelo 408. Em essência, é a mesma arquitetura que o 307 ainda usa, mas repaginada e mais moderna. E maior também. Ele é 6,4 cm mais comprido, 5,3 cm mais largo e 2,2 cm mais baixo. Seu porta-malas se beneficiou das medidas extras e oferece 430 litros de espaço.
A motorização, no entanto, tem novidades. No topo da linha continua o 2.0 flex, de 151 cv com etanol. O de entrada agora é o 1.6 16V EC5. É um novo motor de concepção semelhante ao antigo. Ganhou comando variável de válvulas, taxa de compressão ligeiramente ajustada e dispensa o uso do tanquinho de partida a frio. A potência sobe em 9 cv e atinge os 122 cv com etanol. O torque é de 16,4 kgfm a 4 mil giros. O câmbio que não é dos mais modernos. Além do tradicional manual de cinco velocidades, equipa o 308 o antigo automático Tiptronic de apenas quatro relações.
Em termos de preço, o 308 chega com uma estratégia até interessante para um lançamento. A versão de entrada parte de R$ 53.990 e vem bem equipada. Chamada de Active, ela vem com ar-condicionado, direção assistida, airbag duplo, ABS, computador de bordo, trio elétrico, rodas de liga leve de 16 polegadas e rádio com entradas auxiliares. Por mais R$ 3 mil, aparece a Allure, que ainda adiciona ar-condicionado automático, rádio mais completo e retrovisor interno eletrocrômico. A Allure também pode receber o motor mais forte por R$ 59.990 – com o câmbio automático, a conta sobe para R$ 63.990. No topo da gama está a Feline – só disponível sem o pedal da embreagem – e custa R$ 70.990. É nela que alguns dos itens mais interessantes aparecem, como o teto solar panorâmico, as luzes diurnas de led, os airbags laterais e de cortina e o controle de estabilidade.
Ponto a ponto
Desempenho – O novo motor 1.6 apresenta um comportamento agradável e casa muito bem com o câmbio manual. Em altas rotações, o propulsor se anima e move com dignidade os mais de 1.300 kg do hatch. Entretanto, abaixo dos 2.500 giros, o desempenho é mais comedido. Apesar de a Peugeot garantir que 80% da força está disponível aos 1.500 giros, a realidade é que falta força nessas situações. Ao menos, o cambio é bem escalonado e as trocas são suaves e precisas. Nota 7.
Estabilidade – A boa rigidez torcional do 308 permite até uma tocada mais esportiva no hatch médio argentino. Em curvas, a largura maior também ajuda a manter o carro em uma trajetória correta, quase sem desvios. É verdade que a carroceria rola um pouco – resultado da suspensão calibrada em um meio termo entre conforto e esportividade –, mas, há bastante aderência nas situações mais corriqueiras. Em frenagens e acelerações, o carro pouco embica ou empina e mantém a compostura. Nota 8.
Interatividade – A imensa área envidraçada melhora a visibilidade dianteira. As versões com o grande teto solar ainda dão mais charme ao veículo. Os comandos do 308 são bem simples. Assim como em quase todos os carros da Peugeot, o funcionamento dos sistemas é bastante intuitivo. O rádio pode ser controlado na coluna de direção, outro artifício que ajuda a vida do motorista. Nas versões topo, destaque também para o vistoso GPS com tela retrátil no topo do painel. Nota 8.
Consumo – Na versão 1.6, o computador de bordo marcou 9,2 km/l com gasolina . Nota 7.
Conforto – O isolamento acústico do 308 é elogiável. Mesmo em rotações elevadas, há pouco ruído interno, tanto do motor, quanto aerodinâmico. O rodar é macio e contribui para o conforto no interior. Em pisos muito esburacados, a suspensão do modelo “reclama” um pouco, mas em situações mais comuns, o resultado é bom. Nota 8.
Em termos de plataforma, o 308 traz também o que já foi antecipado pelo 408. Em essência, é a mesma arquitetura que o 307 ainda usa, mas repaginada e mais moderna. E maior também. Ele é 6,4 cm mais comprido, 5,3 cm mais largo e 2,2 cm mais baixo. Seu porta-malas se beneficiou das medidas extras e oferece 430 litros de espaço.
A motorização, no entanto, tem novidades. No topo da linha continua o 2.0 flex, de 151 cv com etanol. O de entrada agora é o 1.6 16V EC5. É um novo motor de concepção semelhante ao antigo. Ganhou comando variável de válvulas, taxa de compressão ligeiramente ajustada e dispensa o uso do tanquinho de partida a frio. A potência sobe em 9 cv e atinge os 122 cv com etanol. O torque é de 16,4 kgfm a 4 mil giros. O câmbio que não é dos mais modernos. Além do tradicional manual de cinco velocidades, equipa o 308 o antigo automático Tiptronic de apenas quatro relações.
Em termos de preço, o 308 chega com uma estratégia até interessante para um lançamento. A versão de entrada parte de R$ 53.990 e vem bem equipada. Chamada de Active, ela vem com ar-condicionado, direção assistida, airbag duplo, ABS, computador de bordo, trio elétrico, rodas de liga leve de 16 polegadas e rádio com entradas auxiliares. Por mais R$ 3 mil, aparece a Allure, que ainda adiciona ar-condicionado automático, rádio mais completo e retrovisor interno eletrocrômico. A Allure também pode receber o motor mais forte por R$ 59.990 – com o câmbio automático, a conta sobe para R$ 63.990. No topo da gama está a Feline – só disponível sem o pedal da embreagem – e custa R$ 70.990. É nela que alguns dos itens mais interessantes aparecem, como o teto solar panorâmico, as luzes diurnas de led, os airbags laterais e de cortina e o controle de estabilidade.
Ponto a ponto
Desempenho – O novo motor 1.6 apresenta um comportamento agradável e casa muito bem com o câmbio manual. Em altas rotações, o propulsor se anima e move com dignidade os mais de 1.300 kg do hatch. Entretanto, abaixo dos 2.500 giros, o desempenho é mais comedido. Apesar de a Peugeot garantir que 80% da força está disponível aos 1.500 giros, a realidade é que falta força nessas situações. Ao menos, o cambio é bem escalonado e as trocas são suaves e precisas. Nota 7.
Estabilidade – A boa rigidez torcional do 308 permite até uma tocada mais esportiva no hatch médio argentino. Em curvas, a largura maior também ajuda a manter o carro em uma trajetória correta, quase sem desvios. É verdade que a carroceria rola um pouco – resultado da suspensão calibrada em um meio termo entre conforto e esportividade –, mas, há bastante aderência nas situações mais corriqueiras. Em frenagens e acelerações, o carro pouco embica ou empina e mantém a compostura. Nota 8.
Interatividade – A imensa área envidraçada melhora a visibilidade dianteira. As versões com o grande teto solar ainda dão mais charme ao veículo. Os comandos do 308 são bem simples. Assim como em quase todos os carros da Peugeot, o funcionamento dos sistemas é bastante intuitivo. O rádio pode ser controlado na coluna de direção, outro artifício que ajuda a vida do motorista. Nas versões topo, destaque também para o vistoso GPS com tela retrátil no topo do painel. Nota 8.
Consumo – Na versão 1.6, o computador de bordo marcou 9,2 km/l com gasolina . Nota 7.
Conforto – O isolamento acústico do 308 é elogiável. Mesmo em rotações elevadas, há pouco ruído interno, tanto do motor, quanto aerodinâmico. O rodar é macio e contribui para o conforto no interior. Em pisos muito esburacados, a suspensão do modelo “reclama” um pouco, mas em situações mais comuns, o resultado é bom. Nota 8.
Tecnologia – A plataforma é a mesma do 408 que, na verdade, é uma evolução da que o 307 já empregava. Em uso na Europa desde 2007, ela não é tão antiga, mas em comparação com os concorrentes que vão chegar ao mercado brasileiro nos próximos meses, não chega a esbanjar modernidade. Ao menos, a lista de equipamentos é farta. Desde a configuração de entrada, airbag duplo, ABS, ar-condicionado e sistema de som com entradas auxiliares já estão disponíveis. Nota 6.
Habitalidade – Um dos grande destaques do 408, perdeu força na versão hatch. Não é que o interior do 308 seja apertado, mas a comparação com o sedã é inevitável. A diferença de 11 cm de distância entre-eixos é considerável. Entrar e sair no carro de origem francesa é uma tarefa bem simples. As portas são grandes e os acessos são fartos. O porta-malas é um dos maiores do segmento, com 430 litros. Existem bons vãos no interior para guardar objetos variados. Nota 7.
Acabamento – É um dos principais apelos deste hatch médio. Todo o painel é revestido com um material emborrachado, macio ao toque e agradável aos olhos. Os encaixes são precisos. Os bancos de couro também são de boa qualidade. Nota 9.
Design – A impressão que se tem é que o 308 é um 307 melhorado. E isso não é algo ruim. O novo hatch médio da Peugeot mantém a proposta visual do antecessor, mas é mais bonito. Transmite a sensação de que se trata de um carro até de um segmento superior. Nota 8.
Custo/benefício – Diferentemente do que ocorre com muitos lançamentos, o 308 chega com preço similar ao da concorrência. A versão de entrada, por exemplo, tem valor bem semelhante ao Ford Focus 1.6 e abaixo do Fiat Bravo inicial. A lista de equipamentos bem completa é outra que joga a favor do modelo da Peugeot. Nota 7.
Total – O Peugeot 308 somou 75 pontos em 100 possíveis.
Primeiras impressões
Atraso e modernidade
Ouro Preto/Minas Gerais – A Peugeot escolheu um caminho bem variado para apresentar aos jornalistas o novo hatch médio da marca. O trajeto entre o aeroporto de Confins, próximo a Belo Horizonte, e a cidade de Ouro Preto, está ligado por estradas sinuosas com curvas em alta velocidade, um trecho urbano rodeando a Lagoa da Pampulha e as íngremes ladeiras do centro histórico mineiro.
A principal inovação mecânica apresentada no 308 está exatamente no motor. A Peugeot garante que esse é o 1.6 mais potente do Brasil, com 122 cv. Mas a verdade é que a potência é apenas razoável para mover o pesado hatch fabricado na Argentina. Acima das 3.500 rotações o desempenho é até interessante, com boas respostas às investidas no pedal do acelerador, Entretanto, em faixas de uso mais constante, perto dos 2.500 giros, o comportamento é lamentavelmente comedido. São necessárias algumas reduções de marcha para manter o carro “animado”.
O rodar do 308 é convincente. Em movimento, tanto em velocidades baixas ou mais elevadas, o médio se mostra confortável e estável. O isolamento acústico é dos melhores, e mesmo com o motor “gritando” acima dos 5 mil giros, é possível manter uma conversa tranquila, sem gritarias. A suspensão também parece bem calibrada para as estradas brasileiras, apesar de algumas pancadas mais fortes serem sentidas no interior. O bom acerto dinâmico também aparece nas curvas. A carroceria rola ligeiramente em mudanças de direção mais bruscas, mas a sensação de segurança permanece. Se necessário, o controle de estabilidade – disponível de série na configuração Feline – ajuda o carro a retomar a trajetória.
O acabamento interno é dos melhores da categoria. Há muito plástico emborrachado espalhado pelo interior e encaixes bem feitos. Outras soluções bacanas aparecem, como o apoio de braço central individual para motorista e passageiro e a alavanca do freio de mão, que sobe no formato do número “7”. Alguns itens mereciam mais atenção, como os círculos prateados na saída de ar, que parecem descascar com facilidade, mas a impressão geral é boa. Com tudo isso, só fica a dúvida de por que a Peugeot demorou tanto tempo para trazer o bom 308 para o Brasil. E com novos concorrentes chegando nos próximos meses, o atraso pode acabar custando muito caro à marca francesa.
Ficha técnica
Peugeot 308
Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.587 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando variável de válvulas. Injeção multiponto sequencial.
Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Potência máxima: 122 cv a 5.800 rpm e 115 cv a 6 mil rpm com etanol e gasolina.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,2 segundos e 11,0 s com etanol e gasolina.
Velocidade máxima: 196 km/h e 191 km/h com gasolina e etanol.
Torque máximo: 16,4 kgfm e 15,5 kgfm a 4 mil rpm.
Diâmetro e curso: 78,5 mm X 82,0 mm. Taxa de compressão: 12,5:1.
Suspensão: Dianteira do tipo McPherson, com rodas independentes, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidraulicos pressurizados. Traseira com rodas independentes, travessa deformavel e amortecedores hidráulicos pressurizados.
Pneus: 205/55 R16.
Freios: Dianteiros a disco ventilados e traseiros a discos sólidos. Oferece ABS de série.
Carroceria: Hatchback em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,27 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,49 m de altura e 2,60 m de entre-eixos. Airbags frontais de série.
Peso: 1.318 kg.
Capacidade do porta-malas: 430 litros.
Tanque de combustível: 60 litros.
Produção: El Palomar, Argentina.
Lançamento: 2012.
Lançamento na Europa: 2008.
Itens de série:
Active: Airbag duplo, ABS, ar-condicionado manual, banco do motorista com regulagem de altura, volante com regulagem de altura e profundidade, computador de bordo, direção eletro-hidráulica, pára-brisa acústico, trio elétrico, rádio/CD/MP3 com 6 alto-falantes e rodas de liga leve de 16 polegadas.
Preço: R$ 53.990.
Allure: Adiciona faróis de neblina dianteiros, sensor de luminosidade, apoios de braço centrais, ar-condicionado automático, sensor de chuva, retrovisor interno eletrocrômico e rádio/CD/MP3/USB/iPod/Aux.
Preço:
1.6 manual: R$ 56.990.
2.0 manual: R$ 59.990.
2.0 automático: R$ 63.990.
Feline: Adiciona câmbio automático, airbags laterais e de cortina, controle de estabilidade e de tração, luzes diurnas de led, sensor de estacionamento traseiro, retrovisores externos rebatíveis eletricamente, teto panorâmico de vidro, bancos de couro e rodas de 17 polegadas.
Preço: R$ 70.990.
Ouro Preto/Minas Gerais – A Peugeot escolheu um caminho bem variado para apresentar aos jornalistas o novo hatch médio da marca. O trajeto entre o aeroporto de Confins, próximo a Belo Horizonte, e a cidade de Ouro Preto, está ligado por estradas sinuosas com curvas em alta velocidade, um trecho urbano rodeando a Lagoa da Pampulha e as íngremes ladeiras do centro histórico mineiro.
A principal inovação mecânica apresentada no 308 está exatamente no motor. A Peugeot garante que esse é o 1.6 mais potente do Brasil, com 122 cv. Mas a verdade é que a potência é apenas razoável para mover o pesado hatch fabricado na Argentina. Acima das 3.500 rotações o desempenho é até interessante, com boas respostas às investidas no pedal do acelerador, Entretanto, em faixas de uso mais constante, perto dos 2.500 giros, o comportamento é lamentavelmente comedido. São necessárias algumas reduções de marcha para manter o carro “animado”.
O rodar do 308 é convincente. Em movimento, tanto em velocidades baixas ou mais elevadas, o médio se mostra confortável e estável. O isolamento acústico é dos melhores, e mesmo com o motor “gritando” acima dos 5 mil giros, é possível manter uma conversa tranquila, sem gritarias. A suspensão também parece bem calibrada para as estradas brasileiras, apesar de algumas pancadas mais fortes serem sentidas no interior. O bom acerto dinâmico também aparece nas curvas. A carroceria rola ligeiramente em mudanças de direção mais bruscas, mas a sensação de segurança permanece. Se necessário, o controle de estabilidade – disponível de série na configuração Feline – ajuda o carro a retomar a trajetória.
O acabamento interno é dos melhores da categoria. Há muito plástico emborrachado espalhado pelo interior e encaixes bem feitos. Outras soluções bacanas aparecem, como o apoio de braço central individual para motorista e passageiro e a alavanca do freio de mão, que sobe no formato do número “7”. Alguns itens mereciam mais atenção, como os círculos prateados na saída de ar, que parecem descascar com facilidade, mas a impressão geral é boa. Com tudo isso, só fica a dúvida de por que a Peugeot demorou tanto tempo para trazer o bom 308 para o Brasil. E com novos concorrentes chegando nos próximos meses, o atraso pode acabar custando muito caro à marca francesa.
Ficha técnica
Peugeot 308
Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.587 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando variável de válvulas. Injeção multiponto sequencial.
Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Potência máxima: 122 cv a 5.800 rpm e 115 cv a 6 mil rpm com etanol e gasolina.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,2 segundos e 11,0 s com etanol e gasolina.
Velocidade máxima: 196 km/h e 191 km/h com gasolina e etanol.
Torque máximo: 16,4 kgfm e 15,5 kgfm a 4 mil rpm.
Diâmetro e curso: 78,5 mm X 82,0 mm. Taxa de compressão: 12,5:1.
Suspensão: Dianteira do tipo McPherson, com rodas independentes, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidraulicos pressurizados. Traseira com rodas independentes, travessa deformavel e amortecedores hidráulicos pressurizados.
Pneus: 205/55 R16.
Freios: Dianteiros a disco ventilados e traseiros a discos sólidos. Oferece ABS de série.
Carroceria: Hatchback em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,27 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,49 m de altura e 2,60 m de entre-eixos. Airbags frontais de série.
Peso: 1.318 kg.
Capacidade do porta-malas: 430 litros.
Tanque de combustível: 60 litros.
Produção: El Palomar, Argentina.
Lançamento: 2012.
Lançamento na Europa: 2008.
Itens de série:
Active: Airbag duplo, ABS, ar-condicionado manual, banco do motorista com regulagem de altura, volante com regulagem de altura e profundidade, computador de bordo, direção eletro-hidráulica, pára-brisa acústico, trio elétrico, rádio/CD/MP3 com 6 alto-falantes e rodas de liga leve de 16 polegadas.
Preço: R$ 53.990.
Allure: Adiciona faróis de neblina dianteiros, sensor de luminosidade, apoios de braço centrais, ar-condicionado automático, sensor de chuva, retrovisor interno eletrocrômico e rádio/CD/MP3/USB/iPod/Aux.
Preço:
1.6 manual: R$ 56.990.
2.0 manual: R$ 59.990.
2.0 automático: R$ 63.990.
Feline: Adiciona câmbio automático, airbags laterais e de cortina, controle de estabilidade e de tração, luzes diurnas de led, sensor de estacionamento traseiro, retrovisores externos rebatíveis eletricamente, teto panorâmico de vidro, bancos de couro e rodas de 17 polegadas.
Preço: R$ 70.990.
Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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