Alíquota subiu 30% em relação ao que era cobrado e terá reflexo direto no preço dos carros
por Igor Macário Costa
MotorDream
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O Ministério da Fazenda anunciou na noite desta quinta-feira (15) o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados, o famoso IPI, para carros importados de fora do Brasil, Mercosul e México (com os quais o país possui acordos comerciais). O súbito aumento de 30% prejudica diretamente os fabricantes que trazem seus carros de outros países, como China e Coreia. Justamente os que estavam começando a ameaçar nichos de mercado - como os compactos - tradicionalmente reservados às fabricantes de veículos instaladas no Brasil.
A medida tem exceções. Estão livres do aumento as fabricantes que investirem em tecnologia nacional e cujos produtos tenham 65% de nacionalização. Foi elaborada uma lista com 11 itens, como estamaparia e produção de motores, da qual as fabricantes precisam fazer no país ao menos seis para conseguir manter os preços atuais.A intenção alegada pelo Governo é incentivar a produção nacional, com a possibilidade de criação de mais empregos no setor ao barrar as importações. O IPI dos carros importados (fora Mercosul e México) com motor até 1.0 litro pula de 7% para 37%. Para os com motorização entre 1.001cm³ e 2.000cm³ - 2.0 litros - o imposto chega a 43%. A justificativa é a queda nas vendas dos carros nacionais - os estoques estão abarrotados - e o aumento exponencial dos emplacamentos de importados.
Não só chineses e coreanos serão afetados pela medida. As marcas premium que aos poucos voltavam a trazer novidades para o Brasil também sentirão os efeitos. As alemãs Audi, Mercedes e BMW poderão ficar praticamente sem opções abaixo do patamar entre R$ 100 mil e R$ 120 mil, faixa que cresceu substancialmente no país recentemente.
Entretanto, nenhuma ação foi tomada para de fato melhorar a qualidade dos carros nacionais, uma das maiores diferenças em relação aos importados. A preocupação é apenas com a produção e venda dos carros feitos aqui, mas não se questiona o porque os importados têm feito tanto sucesso no Brasil. É certo que existem muitos carros bons fabricados por aqui, mas dentre os segmentos mais disputados, as maiores queixas ainda vão para a falta de equipamentos, principalmente de segurança ativa e passiva.
Não só chineses e coreanos serão afetados pela medida. As marcas premium que aos poucos voltavam a trazer novidades para o Brasil também sentirão os efeitos. As alemãs Audi, Mercedes e BMW poderão ficar praticamente sem opções abaixo do patamar entre R$ 100 mil e R$ 120 mil, faixa que cresceu substancialmente no país recentemente.
Entretanto, nenhuma ação foi tomada para de fato melhorar a qualidade dos carros nacionais, uma das maiores diferenças em relação aos importados. A preocupação é apenas com a produção e venda dos carros feitos aqui, mas não se questiona o porque os importados têm feito tanto sucesso no Brasil. É certo que existem muitos carros bons fabricados por aqui, mas dentre os segmentos mais disputados, as maiores queixas ainda vão para a falta de equipamentos, principalmente de segurança ativa e passiva.
Com a abertura do mercado, e a descoberta de uma enorme demanda reprimida por produtos de qualidade por um preço minimamente acessível, todo o mundo se interessou pelo mercado brasileiro, o que certamente assustou aqueles que já produzem por aqui há décadas. A concorrência dos importados estava inclusive motivando as fábricas brasileiras a abaixarem o preço de alguns modelos. Com as novas barreiras tributárias criadas pelo Governo, tal motivação da competitividade não existirá mais e os preços tendem a retornar ao "normal". Será um efeito inexorável da lógica capitalista.
Fonte: motordream
Disponível no(a)http://motordream.uol.com.br
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