Imagem: Autocosmos/Argentina
Jogos de sedução, namoros, noivados, casamentos, divórcios e até traições... Os fabricantes de automóveis têm relacionamentos agitados nos dias de hoje
“Diga-me com quem andas e te direi quem és”. Este conhecido ditado popular também pode ser utilizado ao se referir às relações entre as inúmeras empresas na indústria automobilística. Casamentos e divórcios são comuns, mas podem afetar a imagem das marcas, se a crise não for solucionada com agilidade. A Volkswagen, por exemplo, esteve envolvida recentemente em dois imbróglios com outras marcas.
A japonesa Suzuki não está satisfeita com a parceria estabelecida em dezembro de 2009 e pediu a separação. A alemã parece não ter gostado e se recusou a concordar com o divórcio. O caso deve acabar no litigioso. A marca germânica também está pendente com a Porsche, com quem iria se unir até o fim deste ano. Por desconfianças em relação ao passado recente da fabricante de esportivos de Stuttgart, a Volkswagen pediu mais um tempo para pensar. E o casamento agora só deve sair em 2014.
Algumas uniões podem ser bastante vantajosas para as marcas – e até mesmo para os consumidores. O grupo Fiat, por exemplo, adquiriu participação majoritária na Chrysler, e agora está investindo na conversão de modelos da marca norte-americana em veículos para outras fabricantes que estão sob seu guarda-chuva, como a Lancia. A própria Fiat se beneficiou, entrando para o segmento dos utilitários esportivos a partir do Dodge Journey, que se transformou no Freemont sem maiores esforços.
O consumidor brasileiro se beneficiou de outra manobra estabelecida pela Fiat. A marca italiana decidiu passar a produzir o carrinho 500 na unidade industrial Chrysler em Toluca, no centro do México. Com isso, parou de importar o subcompacto da Polônia, que chegava por aqui por salgados R$ 59.360. Vindo do México, que possui acordo de isenção de impostos com o Brasil, o modelo passou a ser oferecido por R$ 39.990 – redução de 32%.
A fusão, a integração ou a criação de novas marcas também acabam sendo benéficas para os grandes grupos automobilísticos, que reduzem custos com o desenvolvimento e a produção de novos modelos, já que uma só plataforma dá origem a diversos veículos de diferentes marcas. Esse era o intuito do casamento entre Volkswagen e Ford no Brasil e na Argentina, que deu origem à Autolatina, em 1987.
O casamento das duas marcas gerou uma gama bem específica de modelos, que misturavam componentes de ambas e compartilhavam design semelhante. É o caso das duplas Ford Verona e Volkswagen Apollo e Volkswagen Santana e Ford Versailles. A união – que não chegou a constituir uma fusão, mas apenas um acordo operacional – foi se desgastando até que resultou em divórcio – amigável – em 1996.
Para facilitar a compreensão do panorama dos grupos e joint ventures, MotorDream detalhou abaixo o mapa mundi da indústria automobilística atual:
Grupo BMW (Alemanha):
BMW
Mini
Rolls Royce
Grupo General Motors (Estados Unidos):
Buick
Cadillac
Chevrolet
GMC
Holden
Opel
Vauxhall
Grupo Fiat (Itália):
Abarth
Alfa Romeo
Ferrari
Fiat
Iveco
Lancia
Maserati
+ Grupo Chrysler:
Chrysler
Dodge
Jeep
RAM Truks
Grupo Ford (Estados Unidos):
Ford
Lincoln
Troller
Mazda (A Ford já deteve 33,4% de participação na marca, mas possui apenas 3,5% atualmente. Diversos modelos da gama da Mazda ainda compartilham plataforma com equivalentes Ford, como Mazda2/Ford Fiesta e Mazda3/Ford Focus).
Grupo Honda (Japão):
Acura
Honda
Grupo Hyundai (Coreia do Sul):
Hyundai
Kia
Grupo Mercedes-Benz (Alemanha):
Maybach
Mercedes-Benz
Smart
Grupo PSA Peugeot Citroën (França):
Citroën
Peugeot
Grupo Renault-Nissan (França/Japão):
AvtoVAZ (na Rússia)
Dacia
Infiniti
Lada
Nissan
Renault
Samsung Motors
Grupo Shanghai Automotive (China):
MG
Roewe
SsangYong
Grupo Toyota (Japão):
Daihatsu
Lexus
Scion
Toyota
Subaru (parceria entre Fuji Heavy Industries e Toyota)
Grupo Tata Motors (Índia):
Jaguar
Land Rover
Tata
Grupo Volkswagen (Alemanha):
Audi
Bentley
Bugatti
Lamborghini
Seat
Škoda
Porsche (em processo de integração, prevista para ocorrer totalmente até 2014)
Volkswagen
Suzuki (a Volkswagen detém 19,9% das ações da marca japonesa)
Grupo Zhejiang Geely Holding (China):
Geely
Volvo
(com informações de Hernando Calaza, do Autocosmos.com/Argentina)
Fonte: motordream
Disponível no(a)http://motordream.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário